REDAÇÃO
XIX
TEMAS
DE VESTIBULAR:
“FUVEST – UNICAMP –UNESP –
CESPE –PUC-SP -MACKENZIE – ita -
Fundação
Getulio vargas – ufscar- unifesp – unip”
ALDRY
SUZUKI AMO VOCÊS!!!
2007
Em primeiro lugar (...), pode-se realmente
“viver a vida” sem conhecer a felicidade de encontrar num amigo os mesmos
sentimentos? Que haverá de mais doce que poder falar a alguém como falarias a
ti mesmo? De que nos valeria a felicidade se não tivéssemos quem com ele se
alegrasse tanto quanto nós próprios? Bem difícil te seria suportar
adversidades sem um companheiro que as sofresse mais ainda.
(...)
Os que suprimem a amizade da vida parecem-me
privar o mundo do sol: os deuses imortais nada nos deram de melhor, nem de
mais agradável.
(Cícero,
Da amizade)
Aprecio no mais alto grau a resposta daquele
jovem soldado, a quem Ciro perguntava quanto queria pelo cavalo com o qual
acabara de ganhar uma corrida, e se o trocaria por um reino: “Seguramente
não, senhor, e no entanto eu o daria de bom grado se com isso obtivesse a
amizade de um homem que eu considerasse digno de ser meu amigo”. E estava
certo ao dizer se, pois se
encontramos facilmente homens aptos a travar conosco relações superficiais, o
mesmo não acontece quando procuramos uma intimidade sem reservas. Nesse caso,
é preciso que tudo seja límpido e ofereça completa segurança.
(Montaigne,
Da amizade (adaptado))
Amigo é coisa pra se guardar,
Debaixo de sete chaves,
Dentro do coração...
Assim falava a canção
Que na América ouvi...
Mas quem cantava chorou,
Ao ver seu amigo partir...
Mas quem ficou,
No pensamento voou,
Com seu canto que o outro lembrou.
(...)
(Fernando Brant /Milton Nascimento, canção da
América)
(...)
E sei que
a poesia está para a prosa
Assim
como o amor está para a amizade.
E quem há
de negar que esta lhe é superior?
(...)
(Caetano Veloso, Língua)
Considere
os textos e a instrução abaixo:
INSTRUÇÃO: A amizade tem sido
objeto de reflexões e elogios de pensadores e artistas de todas as épocas.
Os
trechos sobre esse tema, aqui reproduzidos, pertencem a um pensador do século
XVI (Montaigne) e a compositores da música popular brasileira contemporânea.
Você considera adequadas as ideias neles expressas ? Elas são atuais, isto é,
você julga que elas têm validade no mundo de hoje? O que sua própria
experiência lhe diz sobre esse assunto? Tendo em conta tais questões, além de outras que você julgue
pertinentes, redija uma DISSERTAÇAO EM
PROSA, argumentando de modo a expor seu ponto de vista sobre o assunto.
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2008
Vigilância epistêmica* é a preocupação que
todos nós deveríamos ter com a relação a tudo o que lemos, ouvimos e
aprendemos de outros seres humanos, para não sermos enganados, para não
acreditarmos em tudo o que é escrito e dito por aí. É preciso vigiar o futuro
para sabermos separar o joio do trigo**.
Hoje boa parte dos sites de busca indexam tudo
o que encontram pela frente à internet, mesmo que se trate de uma grande
bobagem ou de evidente inverdade. Qualquer opinião emitida, vista como um
direito de todos, é divulgada aos quatro cantos do mundo. De fato, alguns
sites de busca deveriam colocar, nos primeiros lugares, páginas de renomadas
Universidades preocupadas com verdade.
Todos precisamos estar muito atentos a dois
aspectos com a relação a tudo o que ouvimos e lemos:
·
A quem nos fala ou
escreve conhece a fundo o assunto, se é um especialista comprovado, se sabe
do que está falando;
·
Se quem nos fala ou
escreve, na verdade, é um idiota que ouviu falar algo e simplesmente repassa,
aos outros, o que leu e ouviu, sem
acrescentar absolutamente nada de útil.
Aumentar nossa vigilância e preocupação com a
verdade é necessidade cada vez mais premente num tempo que todos os gurus
chamam de Era da Informação.
Discordo, profundamente, desses gurus. Estamos,
na realidade, na Era da Desinformação, de tanto lixo e ruído sem significado
que, na maior parte das vezes, nos são transmitidos, todos os dias,
eletronicamente, sem que exista o menor cuidado com a precisão e seriedade do
que se emite, por parte das fontes que colocam matérias na rede. É mais uma
consequência dessa ideia que a maioria das pessoas tem sobre a liberdade de
expressar o que bem quiser, de expressar qualquer opinião que seja, como se
opiniões não precisassem se basear no rigor científico, antes de serem
emitidas.
Stephen Knitz, Revista
Veja,03/10/2007. Adaptado.
·
Vigilância epistêmica*
= capacidade de ficar atento e perceber se uma afirmação tem ou não valor
científico.
·
Separar o joio do trigo
** = no contexto, capacidade de diferenciar observações equivocadas, mentiras
mesmo, de outras afirmações que contêm verdades.
Dom Pedro II
História – D. Pedro II
em viagem: fotografia na web
Países se unem em
projeto da ONU
Tesouros informativos de vários países estarão
disponíveis gratuitamente para qualquer internauta, a partir do mês, com a
formação da Biblioteca Digital Mundial, uma iniciativa da ONU. O portal terá, na primeira fase,
mapas, fotografias e manuscritos, com textos explicativos em sete línguas,
inclusive português.
Na
segunda fase, será possível consultar livros.
A Biblioteca Nacional brasileira é uma das
participantes.
O estado
de S. Paulo, 02/10/2007.Adaptado
O acesso à informação (em sua maioria,
eletrônica) se tornou o direito humano mais zelosamente defendido. E aquilo
sobre o que a informação mais informa é a fluidez do mundo habitado e a
flexibilidade dos habitantes. O noticiário – essa parte da informação
eletrônica que tem maior chance de ser confundida com a verdadeira representação
do mundo lá fora é dos mais perecíveis bens da eletrônica. Mas a
perecibilidade dos noticiários, como informação sobre o mundo real, é em si
mesma uma importante informação: a transmissão das notícias é a celebração
constante e diariamente repetida da enorme velocidade da mudança, do
acelerado envelhecimento e da perpetuidade dos novos começos.
( Zygmunt Bauman. Modernidade Líquida. Adpatado.)
Instrução: Os textos apresentados trazem
reflexões e notícias sobre o mundo digital. Com base nesses textos e em
outras informações e ideias que julgar pertinentes, redija uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, argumentando de
modo claro e coerente.
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2009
FRONTEIRA HOLANDA E BELGICA (BAARLE E NASSAU)
Fronteira
Substantivo
feminino
1.parte
extrema de uma área, região, etc., a parte limítrofe de um espaço em relação
a outro. Ex.: Havia patrulhas em toda a f.
2.o
marco, a raia, a linha divisória entre duas áreas, regiões, estados,
países,etc.
Ex.:
O rio servia de f. entre as duas fazenda ou
3 países .
3.Derivação: por extensão de sentido. o fim, o termo, o
limite,
especialmente do espaço. Ex., Para a ciência, o céu não tem f.
4.Derivação: sentido figurado. o limite, o fim de algo de cunho
abstrato.
Ex.:Havia
chegado à f. da decência.
Fonte: Dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa. Adaptado.
As
fronteiras geográficas são passíveis de contínua mobilidade, dependendo dos
movimentos sociais e políticos de um ou mais grupos de pessoas.
Além
do significado geográfico, físico, o termo “fronteira” é utilizado também em
sentido figurado, especialmente, quando se refere a diferentes campos do
conhecimento. Assim, existem fronteiras psicológicas, fronteiras do
pensamento, da ciência, da linguagem etc.
Com
base nas ideias sugeridas acima, escolha uma ou até duas delas, como tema, e
redija uma dissertação em prosa, utilizando informações e argumentos que deem
consistência a seu ponto de vista.
Procure seguir estas instruções:
-Lembre-se de que a situação de produção de
seu texto requer o uso da modalidade escrita culta da língua portuguesa.
-Dê
um título para sua redação, que deverá ter entre 20 e 30 linhas.
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2007
ORIENTAÇÃO GERAL: LEIA ATENTAMENTE
O
tema geral da prova da primeira fase é AGRICULTURA. A redação propõe três
recortes desse tema.
Propostas:
Cada
proposta apresenta um recorte temático a ser trabalhado de acordo com as
instruções específicas.
Escolha
uma das três propostas para a redação (dissertação,
narração ou carta) e assinale sua escolha no alto da página de resposta.
Coletânea:
A
coletânea é única e válida para as três propostas. Leia toda a coletânea e
selecione o que julgar pertinente para a realização da proposta escolhida.
Articule os elementos selecionados com sua experiência de leitura e reflexão.
O uso da coletânea é obrigatório.
Atenção – sua redação será
anulada se você fugir ao recorte temático da proposta escolhida ou
desconsiderar a coletânea ou não
atender ao tipo de texto da proposta escolhida.
Apresentação da coletânea:
A
produção agrícola afeta as relações de trabalho, o uso da terra, o comércio,
a pesquisa tecnológica, o meio ambiente.
Refletir
sobre a agricultura significa colocar em questão o próprio modo de
configuração de uma sociedade.
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2008
ORIENTAÇÃO GERAL:
LEIA ATENTAMENTE.
APRESENTAÇÃO DA
COLETÂNEA
O
tema geral da prova da primeira fase é SAÚDE.
A redação propõe três recortes desse tema.
Propostas:
Cada proposta apresenta um recorte temático
a ser trabalhado de acordo com as instruções específicas. Escolha uma das
três propostas para a redação (dissertação,
narração ou carta) e assinale sua escolha no alto da página de resposta.
Coletânea:
A
coletânea é única e válida para as três propostas. Leia toda a coletânea e
selecione o que julgar pertinente para a realização da proposta escolhida.
Articule os elementos selecionados com sua experiência de leitura e reflexão.
O uso da coletânea é obrigatório.
Atenção
– sua redação será anulada se você
desconsiderar a coletânea ou fugir
ao recorte temático ou não atender
ao tipo de texto da proposta
escolhida.
Um
dos desafios do Estado é a promoção da saúde pública, que envolve o
tratamento e também a prevenção de doenças. Nas discussões sobre saúde
pública, é crescente a preocupação com medidas preventivas. Refletir sobre
tais medidas significa pensar a responsabilidade do Estado, sem
desconsiderar, no entanto, o papel da sociedade e de cada indivíduo.
Coletânea
1-O
capítulo dedicado à saúde na Constituição Federal (1988) retrata o resultado de todo o processo desenvolvido
ao longo de duas décadas, criando o Sistema Único de Saúde (SUS) e
determinando que “a saúde é direito de todos e dever do Estado” (art. 196). A
constituição prevê o acesso universal e igualitário às ações e serviços de
saúde, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais. (Adaptado de “História do SUS” em www.Portal.sespa.pa.gov.br,
20/08/2007.)
2-Os
grandes problemas contemporâneos de saúde pública exigem a atuação eficiente
do Estado que, visando à proteção da saúde da população, emprega tanto os
mecanismos de persuasão (informação, fomento),quanto os meios materiais
(execução de serviços) e as tradicionais medidas de polícia administrativa
(condicionamento e limitação da liberdade individual).
Exemplar
na implementação de política pública é o caso da dengue, que se expandiu e
tem-se apresentado em algumas cidades brasileiras na forma epidêmica
clássica, com perspectiva de ocorrências hemorrágicas de elevada letalidade.
Um importante desafio no combate à dengue tem sido o acesso aos ambientes
particulares, pois os profissionais dos serviços de controle encontram,
muitas vezes, os imóveis fechados ou são impedidos pelos proprietários de
penetrarem nos recintos. Dada a grande capacidade dispersiva do mosquito
vetor, Aedes aegypti, todo o esforço de controle pode ser comprometido
caso os operadores de campo não tenham acesso às habitações.
(Adaptado de Programa Nacional de Controle
da Dengue. Brasília: Fundação Nacional de Saúde , 2002.)
3.
Com 800 mil habitantes, o Rio de Janeiro era
uma cidade perigosa. Espreitando a vida dos cariocas estavam diversos tipos
de doenças, bem como autoridades capazes de promover sem qualquer cerimônia
uma invasão de privacidade. A capital da Jovem República era uma vergonha
para a nação. As políticas de saneamento de Oswaldo Cruz mexeram com a vida
de todo mundo. Sobretudo dos pobres. A lei que tornou obrigatória a vacinação
foi aprovada pelo governo em 31 de outubro de 1904; sua regulamentação exigia
comprovantes de vacinação para matrículas em escolas, empregos, viagens,
hospedagens e casamentos. A reação popular, conhecida como Revolta da Vacina,
se distinguiu pelo trágico desencontro de boas intenções: as de Oswaldo Cruz
e as da população. Mas em nenhum momento podemos acusar o povo de falta de
clareza sobre o que acontecia à sua volta. Ele tinha noção clara dos limites
da ação do Estado.
(adaptado de José Murilo de Carvalho,
“abaixo a vacina!”. Revista Nossa História, ano 2, número 13, novembro de
2004,p.74.)
4.
Atribuir ao doente a culpa dos males que o
afligem é procedimento tradicional na história da humanidade. Na Idade Média,
a sociedade considerava a hanseníase um castigo de Deus para punir os ímpios.
No século XIX, quando a tuberculose adquiriu características epidêmicas,
dizia-se que a enfermidade acometia pessoas enfraquecidas pela vida devassa.
Com a epidemia de
Aids, a mesma história: apenas os promíscuos adquiriam o HIV. Coube à ciência demonstrar que são bactérias os agentes causadores de tuberculose e Hanseníase, que a Aids é transmitida por um vírus, e que esses organismos são alheios às virtudes e fraquezas humanas. O mesmo preconceito se repete agora com a obesidade, até aqui interpretada como condição patológica associada ao pecado da gula. No entanto, a elucidação dos mecanismos de controle da fome e da saciedade tem demonstrado que engordar ou emagrecer está longe de ser mera questão de vontade.
(Adaptado de Dráuzio Varela, “o gordo e o
magro”. Folha de São Paulo, Ilustrada, 12/11/2005.)
5.
“Nós temo uma capacidade razoável de atuar na
cura, recuperação da saúde e reabilitação, mas uma capacidade reduzida no
campo da promoção e prevenção”, disse o então secretário e hoje ministro da
Saúde, José Gomes Temporão. O objetivo do governo é aumentar a cobertura nas
áreas de promoção da saúde e medicina preventiva.
Temporão afirma que as doenças cardiovasculares
– como hipertensão arterial e diabetes – são a principal causa da
mortalidade, seguidas pelo câncer. Em ambos os casos, “o controle de peso,
tabagismo, ingestão de álcool, sedentarismo e hábitos alimentares têm um
papel extremamente importante”. Por isso, quando o Ministério atua “na
educação, informação, prevenção e promoção da saúde, está evitando que muitas
pessoas venham a adoecer”.
(Adaptado de Alessandra Bastos, ”Programas
assistenciais podem ‘desfinanciar’ saúde” em www.agenciabrasil.gov.br/notícias,15/09/2006.)
6.
Apesar das inúmeras campanhas, estima-se que
cerca de 30 milhões de brasileiros sejam fumantes. Segundo o Instituto
Nacional do Câncer, mais de 70 mil mortes por ano podem ser atribuídas ao
cigarro. O SUS gasta quase R$ 200 milhões anualmente apenas com casos de câncer
relacionados ao tabagismo. Diante desse quadro, a questão é saber se o cerco
ao fumo deveria ser ainda mais radical do que tem sido no Brasil. Ou seja, se
medidas como a proibição das propagandas e a colocação de imagens chocantes
em maços de cigarro são suficientes para conter o consumo.
(Adaptado de “o que você acha das campanhas
contra o fumo?” em www.bbc.co.uk/portuguese/forum,01/08/2002.)
7.
Um mundo com risco cada vez maior de surtos de
doenças, epidemias, acidentes industriais, desastres naturais e outras
emergências que podem rapidamente torna-se uma ameaça à saúde pública global:
é esse o cenário traçado pelo relatório anual da Organização Mundial de Saúde
(OMS). Segundo a OMS, desde 1967, terão sido identificadas mais trinta e nove
novas doenças, além do HIV, do Ebola, do Marburgo e da pneumonia atípica. Outras, como a malária e a
tuberculose, terão sofrido mutações e resistirão cada vez mais aos medicamentos . “Estas ameaças tornaram-se
um perigo muito grande para um mundo
caracterizado por grande mobilidade,
interdependência econômica e interligação eletrônica. As defesas tradicionais
nas fronteiras nacionais não protegem
das invasões de doenças ou de seus
portadores”, disse Margaret Chan, diretora geral da OMS. “A saúde pública
internacional é uma aspiração
coletiva, mas também uma responsabilidade mútua”, acrescentou. O
relatório deixa recomendações aos governos, entre as quais a implementação
definitiva do regulamento sanitário internacional e a promoção de campanhas
de prevenção e simulação de surtos epidêmicos, para garantir respostas
rápidas e eficazes.
(adaptado de “OMS prevê novas ameaças à
saúde pública e pede prevenção global” em
www.ultimahora.publico.clix.pt/sociedade,23/08/2007.)
8.
9.Na oitava
sessão da Comissão de Narcóticos e Drogas da ONU , os EUA encabeçaram
uma “coalizão” que rejeitou a proposta feita pelo Brasil de incluir os
programas de redução de danos no conceito de Saúde como um direito básico do
cidadão. A redução de danos é uma estratégia pragmática para lidar com
usuários de drogas injetáveis. Disponibiliza seringas descartáveis ou mesmo
drogas de forma controlada. Procura manter o viciado me contato com
especialistas no tratamento médico e tem o principal objetivo de conter o
avanço da Aids no grupo de risco,
evitando o uso de agulhas infectadas. Apesar de soar contraditório à primeira
vista, o programa é um sucesso comprovado pela classe científica. O Brasil é
um dos países mais bem-sucedidos na estratégia, assim como a Grã-Bretanha, o
Canadá e a Austrália. O Ministério da Saúde brasileiro, por exemplo, estima
que os programas de redução de danos foram capazes de diminuir em 49% os
casos de Aids em usuários de drogas injetáveis entre 1993 e 2002. A posição
norte-americana reflete as políticas da Casa Branca, que se preocupou, por
exemplo, em retirar a palavra “camisinha” de todos os sites do governo
federal. Essa mesma filosofia aloca recursos para organizações americanas de
combate à Aids que atuam fora do EUA, pregando a abstinência e a fidelidade
como remédios fundamentais na prevenção da doença.
(adaptado de Arthur Utuassu, “EUA atacam
programas de combate à AIDS”. Jornal do Brasil , 12/03/2005.)
PROPOSTA A
Trabalhe
sua dissertação a partir do seguinte recorte temático:
Segundo
o artigo 196 da Constituição, a saúde é direito de todos e dever do Estado,
devendo ser garantida mediante políticas públicas. Tal responsabilidade
permite ao Estado intervir no comportamento individual e coletivo com ações
preventivas, que podem gerar conflitos.
Instruções:
1-Discuta
os desafios que as ações preventivas lançam ao Estado na promoção da saúde
pública.
2-Trabalhe
seus argumentos no sentido de apontar as tensões geradas por essas ações
preventivas.
3-Explore
os argumentos de modo a justificar seu ponto de vista sobre tais desafios e
tensões.
PROPOSTA B
Trabalhe
sua narrativa a partir do seguinte recorte temático:
O
avanço da tecnologia e da ciência médica desmistifica muitos dos preconceitos
em torno das doenças. Entretanto, algumas delas, consideradas atualmente
problemas de saúde pública, como obesidade, alcoolismo, diabetes, AIDS, entre
outras, continuam a trazer dificuldades de autoaceitação e de relacionamento
social.
Instruções:
1-Imagine
uma personagem que receba o diagnóstico de uma doença que é tema de campanhas
preventivas.
2-Narre
as dificuldades vividas pela personagem no convívio com a doença.
3-Sua
história pode ser narrada em primeira ou terceira pessoa.
Proposta c
Trabalhe
sua carta a partir do seguinte recorte temático:
O
governo brasileiro tem promovido campanhas de alcance nacional, a fim de
combater o tabagismo, o uso de álcool e drogas, a proliferação da dengue, do
vírus da Aids e da gripe, entre outras doenças que comprometem a saúde
pública.
Instruções:
1-Escolha
uma campanha promovida pelo Ministério da Saúde que, na sua opinião, deva ser
mantida.
2-Argumente
no sentido de apontar aspectos positivos da estratégia dessa campanha.
3-Dirija
sua carta ao Ministro da Saúde, justificando a manutenção da campanha
escolhida.
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2009
Orientação
geral: leia atentamente
O
tema geral da prova da primeira fase é
O HOMEM E OS ANIMAIS. A
redação propõe três recortes desse tema.
Propostas:
Cada
proposta apresenta um recorte temático a ser trabalhado de acordo com as
instruções específicas.
Escolha
uma das três propostas para a redação (dissertação,
narração ou carta) e assinale sua escolha no alto da página de resposta.
Coletânea:
A
coletânea é única e válida para as três propostas. Leia toda a coletânea e
selecione o que julgar pertinente para a realização da proposta escolhida.
Articule os elementos selecionados com sua experiência de leitura e reflexão.
O uso da coletânea é obrigatório.
Atenção – sua redação será anulada se você desconsiderar a
coletânea ou fugir ao recorte temático ou não atender ao tipo de texto da proposta escolhida.
Apresentação da
coletânea
De
acordo com a época e a cultura, o homem se relaciona de diferentes formas com
os animais. Essa relação tem sido motivo de intenso debate principalmente no
que diz respeito à responsabilidade do
homem sobre a vida e o bem-estar das demais espécies do planeta.
Coletânea
1-O
fundamento jurídico para a proteção dos animais, no Brasil, está no artigo
22.5 da Constituição Federal, que incumbe o Poder Público de “proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as
práticas que coloquem em risco sua função ecológica, promovem a extinção das
espécies ou submetem os animais à crueldade”.
Apoiada
na Constituição, a Lei 9605, de 1998, conhecida como Lei de Crimes
Ambientais, criminaliza a conduta de quem “praticar
ato de abuso , maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos
ou domesticados, nativos ou exóticos”. Contudo,
perguntas inevitáveis surgem: como o Brasil ainda compactua, em meio a
vigência de leis ambientais avançadas, com tantas situações de crueldade com
os animais, por vezes aceitas e legitimada pelo próprio Estado? Rinhas, farra
do boi, carrocinha, rodeios, vaquejadas, circos, veículos de tração, gaiolas,
vivissecção(operações feitas em animais vivos para fins de ensino e
pesquisa), abate, etc. – por que se mostra tão difícil coibir a ação de
pessoas que agridem, exploram e matam animais?
(Adaptado de
Fernando Laerte Levai, Promotoria de Defesa de Animais. www.sentiens.net,04/2008.)
2-A
Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, no início de 2008, uma lei que,
se levada à prática, obstruiria uma parte significativa pesquisa científica
realizada na cidade por instituições como a fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz), as
universidades federal e estadual do Rio de Janeiro e o Instituto nacional do
Câncer (Inca). De autoria do vereador e ator Cláudio Cavalcanti, um destacado
militante na defesa dos direitos dos animais, a lei tornou ilegal o uso de
animais em experiências científicas na cidade. A comunidade acadêmica reagiu
e mobilizou a bancada de deputados federais do Estado para ajudar a aprovar o
projeto de lei conhecido como Lei Arouca. A lei municipal perderia efeito se
o projeto federal saísse do papel. Paralelamente, os pesquisadores também
decidiram partir para a desobediência e ignorar a lei municipal. “Continuaremos trabalhando cm animais em pesquisas cujos
protocolos foram aprovados pelos comitês de ética”, diz Marcelo
Morales, presidente da Sociedade Brasileira de Biofísica
(SBBF)
e Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos líderes
da reação dos cientistas.
A
interrupção do uso de animais geraria prejuízos imediatos com repercussão
nacional, como a falta de vacinas (hepatite B, raiva, meningite, BCG e febre
amarela), fabricadas , no Rio, pela Fiocruz, pois a inoculação em camundongos
atesta a qualidade dos antígenos antes que eles sejam aplicados nas pessoas.
“Também é fundamental esclarecer à população que, se essas experiências
forem proibidas, todos os nosso esforços recentes para descobrir vacinas
contra dengue, Aids, Malária e leishmaniose seriam jogados literalmente no
lixo”,
diz Renato Cordeiro, pesquisador do Departamento de Fisiologia e Farmacodinâmica
da Fiocruz. Marcelo Morales enumera
outros prejuízos: “pesquisa sobre
células-tronco no campo da cardiologia, da neurologia e da moléstias
pulmonares e renais, lideradas por pesquisadores da UFRJ, e de terapias contra câncer, realizadas pelo
Inca, teriam de ser interrompidas”.
(Adaptado de Fabrício Marques, sem eles não
há avanço. Revista Pesquisa Fapesp, número 144, 02/2008,pp.2-6)
3- O senado
aprovou , em 9 de setembro de 2008, o projeto da Lei Arouca, que estabelece
procedimentos para o uso científico de animais. A matéria vai agora à sanção presidencial. A lei cria o Conselho
Nacional de Controle de Experimentação Anima. (CONCEA), que será responsável
por credenciar instituições para criação e utilização de animais destinados a
fins científicos e estabelecer normas para o uso e cuidado dos animais. Além de credenciar as
instituições , o CONCEA terá a atribuição de monitorar e avaliar a introdução
de técnicas alternativas que substituam o uso de animais tanto no ensino quanto nas pesquisas
científicas. O CONCEA será presidido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia,
do Meio ambiente, da Saúde e da Agricultura. Dentre outros membros, integram
o CONCEA a Sociedade Brasileira para o Progresso Experimental (FeSBE), A Federação Nacional da Indústria
Farmacêutica e dois representantes de
sociedades protetoras dos animais legalmente estabelecidas no País.
(Adaptado de Daniela Oliveira e Carla
Ferenshitz, após 13 anos de tramitação Lei Arouca é aprovada. Jornal da
Ciência(SBPC),www.jornaldaciencia.org.br,
09/2008)
4-
Grande parte de nossa sociedade acredita na
necessidade incondicional das experiências com animais. Essa crença baseia-se
em mitos, não em fatos, e esses mitos precisam ser divulgados a fim de evitar
a consolidação de um sistema pseudo-científico. As experiências com animais
pertencem – assim como a tecnologia
genética ou o uso da energia atômica – a um
sistema de pesquisas e exploração que despreza a vida. Um desses mitos
é o de que tais experiências possibilitaram o combate às doenças e assim
permitiram aumentar a média de vida.
Esse aumento, entretanto, deve-se,
principalmente, ao declínio das doenças
infecciosas e à consequente diminuição da mortalidade infantil, cujas causas
foram as melhorias das condições de saneamento, a tomada de consciência em
questões de higiene e uma alimentação
mais saudável, e não a introdução constante de novos medicamentos e
vacinas.
Da mesma maneira, os elevados coeficientes de
mortalidade infantil no Terceiro Mundo podem ser atribuídos aos problemas
sociais, como a pobreza, a desnutrição, e não à falta de medicamentos ou
vacinas. Outro mito é o de que as experiências com animais não prejudicam a
humanidade. Na realidade , elas é que tornam as atuais doenças da civilização
ainda mais estáveis. A esperança da descoberta de um medicamento por meio de
pesquisas com animais destrói a motivação das pessoas para tomarem uma
iniciativa própria e mudarem significativamente seu estilo de vida. Enquanto
nos agarramos à esperança de um novo remédio contra o câncer ou contra as
doenças cardiovasculares, nós mesmos – e todo o sistema de saúde – não
estamos suficientemente motivados para abolir as causas dessas enfermidades,
ou seja, o fumo, as bebidas alcoólicas, a alimentação inadequada, o stress,
etc. Um último mito a ser destacado é o de e que leigos, por falta de
conhecimento especializado, não podem opinar sobre experiências com animais.
Esse mito proporcionou, durante dezenas de anos, um campo livre para os
vivisseccionistas. Deixar que os próprios pesquisadores julguem a necessidade
e a importância das experiências com animais é semelhante a deixar que
uma associação de açougueiros emita
parecer sobre alimentação vegetariana. Não serão justamente aqueles que estão
engajados no sistema de experiências com animais que irão questionar a
vivissecção!
(adaptado de Bernhard Rambeck, Mito das
Experiências em animais. União Internacional Protetora dos animais, www.uipa.com.br,04/2007.)
5.
A violência exercida contra os animais suscita uma reprovação crescente por parte das opiniões públicas ocidentais, que, frequentemente, se torna ainda mais vivaz à medida que diminui a familiaridade com as vítimas. Nascida da indignação com os maus-tratos infligidos aos animais domésticos e de estimação, em um a época na qual burros e cavalos de fiacre faziam parte do ambiente cotidiano, atualmente a compaixão nutre-se da crueldade a que estariam expostos seres com os quais os amigos dos animais, urbanos em sua maioria, não têm nenhuma proximidade física: o gado de corte, pequenos e grandes animais de caça, os touros das touradas, as cobaias de laboratório, os animais fornecedores de pele, as baleias e as focas, as espécies selvagens ameaçadas pela caça predatória ou pela deterioração do seu habitat, etc. As atitudes de simpatia para com os animais também variam, é claro, segundo as tradições culturais nacionais. Todavia, na prática, as manifestações de simpatia pelos animais são ordenadas em uma escala de valor cujo ápice é ocupado pelas espécies percebidas como as mais próximas do homem em função de seu comportamento, fisiologia, faculdades cognitivas, ou da capacidade que lhes é atribuída de sentir emoções, como os mamíferos. Ninguém, assim parece se preocupar com a sorte dos arenques ou dos bacalhaus, mas os golfinhos, que com eles são por vezes arrastados pelas redes de pesca, são estritamente protegidos pelas convenções internacionais. Com relação às medusas ou às tênias, nem mesmo os membros mais militantes dos movimentos de liberação animal parecem conceder-lhes uma dignidade tão elevada quanto à outorgada aos mamíferos e aos pássaros. O antropocentrismo, ou seja, a capacidade de se identificar com não-humanos em função de seu suposto grau de proximidade com a espécie humana, parece assim constituir a tendência espontânea das diversas sensibilidade ecológicas contemporâneas.
(Adaptação de Philippe Descola, Estrutura
ou sentimentos: a relação com o animal na Amazônia. Mana, vol.4, número 1,
Rio de janeiro, 04/1998.)
6.
Manifestação de militantes da ONG vegan staff na sexagésima Reunião Anual da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC), www.veganstaff.org,07/2008.)
Proposta A
Leia
a coletânea e elabore sua dissertação a partir do seguinte recorte temático:
O uso
de animais em experimentação científica tem sido muito debatido porque
envolve reinvindicações dos cientistas e dos movimentos organizados em defesa
dos animais, assim como mudanças na legislação vigente.
Instruções:
1-Discuta
o uso de animais em experimentação científica.
2-Trabalhe
seus argumentos no sentido de apontar as controvérsias a respeito desse uso.
3-Explore
os argumentos de modo a justificar seu ponto de vista sobre essas
controvérsias.
Proposta B
Leia a coletânea e elabore sua narrativa a partir
do seguinte recorte temático:
Os
movimentos organizados em defesa dos animais têm sensibilizado uma parcela da
sociedade, que busca adotar novas condutas, coerentes com princípios de
responsabilidade em relação às diversas espécies.
Instruções:
1-Imagine
uma personagem que decide mudar de hábitos para ser coerente com sua
militância em defesa dos animais.
2-Narre
os conflitos gerados por essa decisão.
3-Sua
história pode ser narrada em primeira ou terceira pessoa.
Proposta
C
Leia
a Coletânea e elabore sua carta a partir do seguinte recorte temático:
As
controvérsias sobre o uso de animais em experimentação científica não se
encerram com a recente aprovação, pelo Senado, da Lei Arouca, que cria a
CONCEA.
Instruções:
1-Escolha
um ponto de vista em relação ao uso de animais em experimentação científica.
2-Argumente
no sentido de solicitar que seu ponto de vista prevaleça na atuação do
CONCEA.
3-Dirija
sua carta a um membro do CONCEA que
possa apoiar sua solicitação.
|
2007
INSTRUÇÃO: LEIA
ATENTAMENTE AS FRASES SEGUINTES QUE PODEM SER ENCONTRADAS EM TEXTOS DE TODA A
MÍDIA.
Proposição
Os
textos focalizam o tema da beleza, particularmente da beleza das mulheres, em
diferentes épocas. As frases apresentadas como base para esta redação, todas
fundamentadas em matérias de revistas dirigidas para a cultura física, estética e emagrecimento
colocam a questão da busca da beleza
física, não apenas mulheres, mas também pelos homens nos dias atuais.
Estimulada intensamente pela mídia, a busca da saúde se confunde
frequentemente com a busca, do homem e pela mulher, de um corpo esbelto, bem composto e delineado, capaz de
causar inveja e de impressionar o sexo oposto. Para atingir esse objetivo ,
muitas pessoas fazem quaisquer tipos
de sacrifícios, não poucas vezes dando maior importância à aparência do que à
própria saúde física e mental. Com base neste comentário e, se julgar
necessário, nas frases que serviram como exemplo, faça uma redação em prosa ,
de gênero dissertativo, sobre o tema
A BUSCA DA BELEZA
DO CORPO NOS DIAS ATUAIS
|
2008
Instrução: Leia atentamente os seguintes
fragmentos de textos.
1.Fragmento
de conferência de Olavo Bilac (1865 -1918) sobre a obra do poeta Bocage (1765
-1805):
É tão
fácil ser popular! Terrível assassinos, exímios ladrões, grandes devassos
alcançam facilmente uma celebridade mais vasta do que a que logram os mais
altos benfeitores da humanidade e os mais claros servidores da arte. Nem é
preciso para ganhar notoriedade ser um chapado criminoso, nem um rematado
louco; para subir ao galarim, não é necessário ser Nero, nem Eróstrato; a
escalada para o fastígio não requer sublimidades de crueldade nem de
megalomania: nem a carnificina de cem mil cristãos, nem o incêndio do templo
de Diana. Par guindar um homem ao Capitólio, bastam tolices vulgares,
extravagâncias jocosas ou escandalosas, e pequeninas infâmias (...).
(Olavo Bilac. Últimas conferências e
discursos. Rio de janeiro: Livraria Francisco Alves, 1927,p.84.)
2-Fragmento
de entrevista do ator Pedro Cardoso (1962-( à revista IstoéGENTE:
IstoéGENTE-
Encontrou sucesso no teatro e ficou famoso na
tevê. É bom ser famoso?
Pedro
Cardoso –Gosto do sucesso, não da fama.
Quando
minha imagem está vinculada ao meu trabalho, não há problema. Do contrário, é
incômodo para a individualidade. Tenho horror a área vip. Você já viu em
algum lugar? Não, né? Eu não vou. Compro ingresso, entro na fila, vou onde
todos vão. É ridículo ir a lugares vip. Num país como o brasil. É falta de
educação.
3-Fragmento
de crônica de Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987):
Fama
Ninguém se espante com
o diálogo que mantive com um bebê
de 15 dias de existência. Hoje, a comunicação não conhece fronteiras
espaciais ou etárias. O bebê não fala o português de Portugal nem o português
brasileiro, ensinado pelo saudoso professor Stanislaw Ponte Preta. Mas fala a
seu modo, desde que se saiba interroga-lo, e eu, não é por me gabar, tenho
meus macetes. Perguntei-lhe de saída:
- Então, satisfeita de
vir ao mundo?
Respondeu-me com
rabugem, em termos que traduzirei assim:
- Como posso estar
satisfeita, se ainda bem não cheguei a este lugar, já me televisionaram e
estão me entrevistando?
-É a era
tecnológica-aldeiglobal-consumística, minha querida. Desde o primeiro minuto
de vida extrauterina você participa da sociedade eletrônico-difusoro-cósmica
ilimitada.
-É, estou vendo mas não
acho graça nenhuma.
-Não é para achar graça
nem desgraça, é para se integrar, entende? Você tem de aderir ao processo. O
processo é irreversível. Melhor você não dar uma de contestadora, e entrar na
jogada.
- Mas eu nem tive tempo
de contestar, me botaram diante das câmaras, fechei os oLhos para não me
ofuscar com aquelas luzes, chorei em sinal de protesto, riram de mim, e
agora, pelo que vejo, estou em todas.
-De fato. Seu índice de
publicidade é um dos mais altos. Em duas semanas você varou o Brasil, fez
concorrência a Elizabeth Taylor, aos terroristas palestinos e aos não
palestinos, governos que caem, governos que sobem , técnicas de exorcismo...
-E daí? Pensa que o meu Ibope me dá prazer?
-Ibope não dá prazer.
Dá dividendos. Você tem o futuro garantido se for sempre dócil às exigências
do sistema. Não deve bobear. Esteja sempre perto de uma objetiva, um
gravador, uma passarela.
-Preferia viver a vida,
com a sensação de ter uma vida realmente minha.
-Quem tem isso hoje em
dia, meus –encantos? Só os loucos, isso mesmo apenas certos loucos, não
marcados pela psicose de governar o mundo. Loucos mansos, vamos dizer assim.
São raros, a maioria é agitada, e não só recebe a influência da comunicação
delirante como, por sua vez, influi sobre esta, aumentando-lhe o delírio. De
sorte que é bom você renunciar ao ideal individualista e anacrônico. Vida
particular da gente já era. Agora vivemos a vida dos outros, em bloco, ou
melhor, a de ninguém.
(Carlos Drummond de
Andrade. De notícias &
Não notícias faz-se
a crônica – histórias, diálogos, divagações. 2 ed. Rio de Janeiro: José
Olympio Editora 1975,p.133-134.)
4-
Fragmento
de fala do velho do Restelo, do canto IV de Os Lusíadas de Luís de Camões (1525-1580):
“Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C’uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldade neles exp’rimentas!”
(Luís de Camões, Os Lusíadas, canto IV,95.)
PROPOSIÇÃO
Celebridade,
renome, nomeada, notoriedade, conceito, reputação, prestígio, glória, fama.
São numerosas as palavras para rotular um mesmo status social: ser conhecido,
ser reconhecido, ter nome, ter renome, ter nomeada, ter prestígio, ter
glória, ser célebre, ser famoso, ser glorioso, ser conhecido por todas as
pessoas no mundo todo. Os artistas antigos representam alegoricamente a Fama
como uma deusa dotada de cem bocas e cem orelhas, com olhos que surgiam por
baixo de suas asas. Consta que o obscuro efésio Eróstrato, no afã de
imortalizar seu nome, incendiou um 356 a.C. o grande templo de Ártemis,
considerado uma das maravilhas do mundo antigo. Mas é preciso buscar a fama a
qualquer custo? É vital para um homem ser conhecido/reconhecido por todos?
Artistas, atletas, escritores, pensadores, intelectuais de modo geral não têm
a mesma resposta para essas indagações. Tomando por base o texto das questões
01 a 03, bem como os fragmentos apresentados acima, tente dar a sua resposta,
fazendo uma redação em prosa, de gênero dissertativo, sobre o tema
É PRECISO SER
FAMOSO?
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2009
INSTRUÇÃO: Leia
atentamente os fragmentos de textos apresentados a seguir:
1.Fragmento de livro de Isaac Asimov:
Todas
as formas de vida diversas da humana só lidam com recursos renováveis.
Determinados organismos podem morrer por falta temporária de alimento e água
em determinado lugar, ou por causa de aberrações climáticas, ou por presença
e atividade de predadores, ou meramente por causa da idade avançada. Toda uma
espécie pode morrer devido a mudanças genéticas, à incapacidade de adaptar-se
a alterações ambientais, ou à substituição por outra espécie com melhores
possibilidade de sobrevivência. Entretanto, a vida continua, pois a Terra
segue sendo habitável, graças à eterna reciclagem de recursos renováveis.
Somente
o ser humano lida com recursos não renováveis e, portanto, só ele corre o
risco de estruturar um modo de vida cujos elementos essenciais podem faltar
repentinamente. Essa falta pode representar tamanha desarticulação que é
capaz de pôr fim à civilização humana. Aí , então, a terra poderá ainda
comportar a vida, mas não mais o avanço tecnológico.
(Issac Asimov.
Escolha a catástrofe. São Paulo:Círculo do Livro, 1979.p.305.)
2.Fragmento de livro de Gilberto Dupas:
Cientistas
renomados fazem-nos graves advertências sobrea a maneira como estamos
conduzindo nossos caminhos. Ao mesmo tempo, eles nos delegam
responsabilidades brutais. O filósofo Daniel Dennett acha quase certo não
sermos a espécie do planeta com maior chance de sobreviver. Perdemos para as
baratas e as criaturas mais simples. Possuímos uma grande vantagem: a
condição de olhar à frente e planejar. No entanto, apesar - e por causa – de todo o avanço
tecnológico de que fomos capazes, caminhamos em direção a uma barreira de escassez, não de minérios
ou energia, mas de água e alimentos. O sicobiologista Edward O. Wilson lembra
que nos transformamos na primeira espécie a se tornar uma força geofísica, capaz de alterar o
clima da Terra; e que temos sido os
maiores destruidores de vida desde o meteorito que caiu perto de Iucatã há 65
milhões de anos e encerrou o ciclo dos grandes répteis. Com a superpopulação
e o atual estilo de desenvolvimento , corremos o risco de esgotar nossas
reservas naturais – inclusive de água
doce – e eliminar para sempre numerosas espécies vegetais e animais. Ele nos
compara a uma família que dissipa
irrefletidamente seu parco patrimônio e que depende cada vez mais de novos
conhecimentos para se manter viva. De
fato, se hipoteticamente retiramos a eletricidade de uma tribo de aborígenes
australianos, quase nada acontecerá. Se o fizermos aos moradores da
Califórnia, milhões morrerão.
[...]
É
curioso como nossa maravilhosa capacidade de previsão tem evoluído menos que
nosso arsenal destrutivo e nossas aspirações de consumo. O homem primitivo
dava-se por satisfeito ao voltar para a caverna com algum alimento para sua
família e por ter sobrevivido mais um dia. Hoje, tentamos planejar a longo
prazo: mas é difícil avaliar as consequências de nossas ações para mais de
duas gerações. É o caso da degradação do meio ambiente. Ao cortarmos uma
árvore da floresta tropical, raramente assumimos que nossos bisnetos poderão
encontrar lá um deserto. E, embora saibamos ter de preservar a velha Mãe
Terra, o único lar capaz de sustentar a vida, continuamos a destruir seus
frágeis ecossistemas naturais, envenenar as águas e poluir o ar com o uso
irresponsável da tecnologia.
(Gilberto Dupas,
Ética e poder na sociedade da informação. São Paulo: Editora
Unesp,2000,p.63-65.)
3.
Fragmentos de um artigo
de Moacir Gadotti:
A
sensação de pertencimento ao universo não se inicia na idade adulta e nem por
um ato de razão. Desde a infância, sentimo-nos ligados com algo que é muito
maior do que nós. Desde crianças nos sentimos profundamente ligados ao
universo e nos colocamos diante dele num misto de espanto e de respeito. E,
durante toda a vida, buscamos respostas ao que somos, de onde viemos, para
onde vamos, enfim, qual o sentido da nossa existência. É uma busca incessante
e que jamais termina. A educação pode ter um papel nesse processo se
colocar questões filosóficas
fundamentais, mas também se souber trabalhar ao lado do conhecimento, essa
nossa capacidade de nos encantar com o universo.
Hoje,
tomamos consciência de que o sentido das nossas vidas não está separado do
sentido do próprio planeta. Diante da degradação das nossas vidas, no planeta
chegamos a uma verdadeira encruzilhada entre um caminho Tecnozoico, que coloca toda a fé na capacidade da
tecnologia de nos tirar da crise sem mudar nosso estilo de vida poluidor e
consumista, e um caminho Ecozoico, fundado numa nova relação saudável com o
planeta, reconhecendo que somos parte
do mundo natural, vivendo em harmonia
com o universo, caracterizado pelas atuais preocupações ecológicas.
Temos que fazer escolhas. Elas definirão o futuro que temos. Não me parece, realmente que
sejam caminhos totalmente opostos.
Tecnologia e humanismo não se
contrapõem. Mas, é claro, houve excessos no nosso estilo de vida poluidor e consumista e que não é fruto da
técnica, mas do modelo econômico. Este é que tem que ser posto em causa. E
esse é um dos papéis da educação sustentável ou ecológica.
[...]
Não
aprendemos a amar a Terra lendo livros sobre isso, nem livros de ecologia
integral. A experiência própria é o que conta. Plantar e seguir o crescimento
de uma árvore ou de uma plantinha, caminhando pelas ruas da cidade ou
aventurando-se numa floresta, sentindo o cantar dos pássaros nas manhãs
ensolaradas ou não, observando como o vento move as plantas, sentindo a areia
quente de nossas praias, olhando para as es trelas numa noite escura. Há
muitas formas de encantamento e de emoção frente às maravilhas que a natureza
nos reserva. É claro, existe a poluição, a degradação ambiental, para nos
lembrar de que podemos destruir essa maravilha e para formar nossa
consciência ecológica e nos mover à ação.
(Moacir
Godotti.Pedagogia da terra e cultura de sustentabilidade. Revista Lusófona de
educação,2005.vol.6,p.19-20.)
PROPOSIÇÃO
A personagem da peça de Millôr Fernandes, que serviu como uma das bases para as questões de números 04 a 07, afirma que “o homem é o câncer da Terra”, visão pessimista que poderia ser traduzida como: a civilização é o pior ou um dos piores males do planeta e conduzirá tudo para a destruição. Uma pessoa bastante otimista não concordaria com esse parecer e defenderia tese contrária: o homem é o maior do bens que já surgiram neste planeta e conseguirá não apenas sobreviver, mas também preservar as outras formas de vida. Entre esses extremos de pessimismo e de otimismo podem surgir inúmeras outras interpretações sobre a presença e as ações dos seres humanos na Terra. Releia os textos apresentados com base para as questões de números 04 a 07, bem com os três fragmentos acima transcritos e, a seguir, manifeste sua própria opinião, fazendo uma redação em prosa, de gênero dissertativo, sobre o tema:
O HOMEM : INIMIGO
DO PLANETA?
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2007
MITOS MODERNOS
O
homem moderno, tanto quanto o antigo, não é só razão,mas também afetividade e
emoção. Hoje em dia, os meios de comunicação de massa lidam com os desejos e
anseios que existem na nossa natureza inconsciente e primitiva. O mito
recuperado do cotidiano do homem contemporâneo nãos e apresenta com a
abrangência que se fazia sentir no homem primitivo.
Os
mitos modernos não abrangem mais a totalidade do real, como ocorria nos mitos
gregos, romanos ou indígenas. Podemos escolher um mito da sensualidade, outra
da maternidade, sem que tenham de ser coerentes entre si. Os super-heróis dos
desenhos animados e dos quadrinhos, bem como as personagens de filmes
(Super-homem, Homem-aranha, Mickey, Rambo e outros), passam a encarnar o bem
e a justiça, assumindo a nossa proteção imaginária.
A
própria ciência pode virar um mito , quando somos levados a acreditar que ela
é feita à margem da sociedade e de seus interesses, que mantém total
objetividade e que é neutra. Como mito e razão habitam o mesmo mundo, o
pensamento reflexivo pode rejeitar alguns mitos, principalmente os que
vinculam valores destrutivos ou que levam à desumanização da sociedade. Cabe
a cada um de nós escolher quais serão nossos modelos de vida.
(eu),Papa, Pele, Airton Senna, Carmem Miranda
CONTO DE FADAS PARA
AS MULHERES DO SÉCULO XXI
Era
uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa que, independente e
cheia de autoestima, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o
maravilhoso lago do seu castelo estava em conformidade ecológica, se deparou
com uma rã.
Então
, a rã pulou para o seu colo e disse:
-Linda
princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma
bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um
beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo em um belo príncipe e
poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia
vir morar conosco e tu poderias preparar o nosso jantar, lavarias as roupas,
criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
Naquela
noite, enquanto saboreava pernas de rã à milanesa, acompanhadas de um cremoso
molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorri e
pensava...Nem morta!
(Luís Fernando Veríssimo(com
adaptações).)
Exemplificando
com, pelo menos , um dos mitos apresentados nesta prova, discorra a respeito
do seguinte tema:
OS MITOS E SUA
INFLUÊNCIA NO MUNDO MODERNO
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2008
Uma onda
Nada do que foi será
De novo do jeito que
[já foi um dia
Tudo passa, tudo
[sempre passará
A vida vem em ondas
como o mar
Num indo e vindo
infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
no mundo
Não adianta fugir
Nem mentir para si
mesmo
Agora
Há tanta vida lá fora,
aqui dentro
Sempre como uma onda no
mar
Como uma onda no mar.
(Nelson Motta)
fênix
A simbologia da
fênix
A
crença na fênix, ave lendária que renasce das próprias cinzas, existiu em
vários povos da Antiguidade como gregos, egípcios e chineses. Na mitologia
desses povos, o significado é preservado: a perpetuação, a ressureição e a
esperança, que nunca têm fim. Para os gregos, há um paralelo da fênix com o
Sol, que morre todos os dias no horizonte para renascer no dia seguinte,
tornando-se o eterno símbolo da morte e do renascimento da natureza.
Ameaça ambiental
O
efeito estufa, o aquecimento global e as mudanças climáticas continuam no
foco das discussões dos ambientalistas. Em adição a esses temas, discute-se a
possibilidade e que fenômenos como inundações , derretimento de geleiras,
ondas de calor e desertificação estejam associados a impactos ambientais
causados pelo homem, o que já vinha sendo evidenciado nos relatórios
anteriores do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU
(IPCC) e foi confirmado nos quatro relatórios produzidos em 2007.
Informação em
tempos de globalização
A
sociedade vem passando por inúmeras
mudanças em todas as áreas do conhecimento. As informações veiculadas
pelos diversos meios de comunicação, como televisão, satélite, Internet, têm
modificado o estilo de conduta, atitudes, costumes e tendências das
populações mundiais. Todos tentam se adaptar a essas mudanças para se
estabelecerem no mercado de trabalho ou na vida de um modo geral.
Considerando
que os textos das provas objetivas e os apresentados acima tenham caráter
unicamente motivador, redija um texto
dissertativo, posicionando-se frente ao
tema a seguir.
Entre mudanças,
lentas ou rápidas, a humanidade vai construindo o futuro.
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2009
Atenção: Nesta prova, faça o que se pede,
utilizando, caso deseje, o espaço para rascunho no presente caderno. Em
seguida, transcreva o texto para a FOLHA DE TEXTO DEFINITIVO DA PROVA DE
REDAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA,no local apropriado, pois não será avaliado
fragmento de texto escrito em local indevido. Utilize, no máximo, trinta linhas.
Qualquer fragmento de
texto além dessa extensão máxima será desconsiderado.
Na FOLHA DE TEXTO
DEFINITIVO DA PROVA DE REDAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA, identifique-se apenas no
cabeçalho, pois será atribuída nota zero ao texto que tenha qualquer
assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado.
Como nosso pais
Belchior
(...)
Você
me pergunta
Pela
minha paixão
Digo
que estou encantado
Com
uma nova invenção
Eu
vou ficar nesta cidade
Não
vou voltar pro sertão
Pois
vejo vir vindo no tempo
Cheiro
da nova estação
Eu
sei de tudo na ferida viva
Do
meu coração...
(...)
Você
pode até dizer
Que
eu tô por fora
Ou
então
Que
eu tô inventando...
Mas
é você
Que
ama o passado
E
que não vê
É
você
Que
ama o passado
E
que não vê
Que
o novo sempre bem
(...)
Resposta ao tempo
Aldir Blanc e Cristóvão Bastos
Num
dia azul de verão
Sinto
o vento
Há
folhas no meu coração
É
o tempo
(...)
E
gira em volta de mim
Sussurra
que apaga os caminhos
(...)
Respondo
que ele aprisiona
Eu
liberto
Que
ele adormece as paixões
Eu
desperto
E
o tempo se rói
Com
inveja de mim
Me
vigia querendo aprender
Como
eu morro e amor
Pra
tentar reviver
Quino Mafalda
Considerando
que os textos das provas objetivas e os apresentados acima têm caráter
unicamente motivador, redija uma dissertação, apresentando argumentos que se
contraponham à seguinte concepção de tempo expressa pelo poeta clássico
Ovídio: o tempo, esse devorador de
coisas.
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2007
Você tem
duas opções para fazer sua redação. Escolha uma delas e siga as orientações
para elaborar o seu texto.
Opção 1 – Narração
Imagine a seguinte situação: um dia alguém
(personagem criado por você) tem a oportunidade de conversar longamente com
um destes moradores que estão aqui representados e resolve escrever a
história da vida dele, expondo os motivos que o levaram a se isolar de tudo e
de todos para viver num canto de uma rua qualquer. Crie um texto narrativo e
dê a ele um final surpreendente. Dê um título ao seu texto.
Opção 2 – Dissertação
A
partir das informações disponibilizadas aqui, construa um texto dissertativo
procurando argumentos para tentar solucionar esse problema social: o morador
de rua. Algumas autoridades defendem a chamada “operação limpeza”; outras
preferem ações voltadas para a cidadania. Como você se posiciona? Crie um
título adequado ao desenvolvimento que der ao tema.
Espalhados pelos canteiros da cidade, moradores
de rua formam uma massa silenciosa e invisível – “um elemento da paisagem
urbana do qual a sociedade se acostumou a desviar o olhar”.
(Veja, 30/11/2005)
Na invisibilidade que a grande maioria deles
vive, alguns se destacam e surgem como personagens (escritores, detetive
espacial, Lampião), criam um mundo pararelo, tornam-se visíveis e ocupam a
mídia.
Segundo o Censo do Instituto de Pesquisas
Econômicas – Fipe – 2003, é considerado morador de rua o segmento de
baixíssima renda que, por contingência temporária ou de forma permanente,
pernoita nos logradouros da cidade.
A área urbana da cidade de São Paulo é de
aproximadamente 1.500 Km2. Abrigava em 2003 uma população de quase 10,7
milhões e, desses habitantes, 6.405 eram moradores de rua (2.834 viviam na
ruas e 3.571 pernoitavam em albergues). Ainda segundo a mesma pesquisa,
predominavam pessoas do sexo masculino (83,60%), em idade ativa (18 a 55
anos, 70,06%) e residindo na rua há até um ano. Esses dados aumentaram em
torno de 30% desde a última pesquisa feita em 2001 pelo mesmo instituto.
Muitos desses moradores de rua não possuem
família e muitos consomem álcool e drogas. O mais importante apontado por
essa pesquisa é que 20% desses moradores possuem nível superior.
(Censo 2003,
Fipe)
No meio (ilha)da Av. Pedroso de Moraes, bairro
nobre da cidade, mora Raimundo Arruda Sobrinho, 68 anos. Seu último jornal
leu em junho de 1976, e ainda consegue se recordar dos donos do poder daquela
época: os presidentes da França e dos Estados Unidos, do Brasil, o governador
e o prefeito de São Paulo. Na cabeça, uma coroa de plástico – uma garrafa
cortada ao meio com papelão e metais colados nela.
O saco de lixo preto que atou com um nó no seu
pescoço ele usa como capa. Passa seus dias escrevendo. Curvado , ele se
dedica aos seus diários, pilhas de folhas soltas guardadas num caderno de
papelão. Ao lado, as notas dos anos passados, atadas por um cordão e
embrulhadas em sacos de plásticos transparentes. “O diário de uma mente
escravizada” ele as chama e então lê: “Dormi bem, acordei cedo, o tempo está
bom, falei com gente na rua...”
(Texto: Thomas Milz, Disponível em
http:www.caiman.de/brasil/raimundopt.shtml
Na Radial Leste, uma das maiores avenidas de
São Paulo, podemos encontrar o Luciano: com uma fita na cabeça segurando um
osso na vertical de sua testa, o corpo revestido por saquinhos de plástico,
remetendo quase que a uma espécie de traje espacial. Quando lhe perguntamos a
respeito de seu estranho equipamento, ele diz que é feito para viajar:
proteção antibombas, pois espera a nave que irá levá-lo para os Estados
Unidos.
O traje de Luciano constitui uma espécie de
aparelho corporal, como um equipamento de sobrevivência, num mundo onde as
explosões ameaçam.
Os diversos pesos pendurados ao seu corpo dão a
seus movimentos a lentidão dos gestos de um astronauta.
Os saquinhos pendurados em seus braços e suas
pernas estão recheados com cartelas da Mega Sena.
(Texto
adaptado para fins de vestibular. Disponível em
<http:/www.unicamp.br/unicamp/hoje/julho2006/ju330pag12.html>)
Importante: Passe o limpo, a
tinta, sua redação, no espaço e ela destinado. O rascunho não será
considerado. Seu trabalho será avaliado de acordo com os seguintes critérios:
Narração – adequação ao tema e às
características específicas do gênero narrativo. Título compatível com o
texto produzido.
Dissertação – espírito
crítico; padrão culto da língua; adequação de título e texto ao desenvolvimento
do tema; estrutura textual compatível com o tipo de texto proposto.
|
2008
Redação
Leonardo e o século
XXI
Desenho do embrião bovino. Feito por da
Vinci – 1506 - 1508
Escadas do Museu do vaticano projeto de
Leonardo da Vinci
Da Vinci propôs a ideia de um telescópio
refrator e, em 1490, fez a seguinte anotação: “Fazer lentes para ver a Lua
aumentada”.
Galáxia em espiral (M51) vista do
telescópio Hubble (Nasa)
Helicóptero de Da Vinci (1487 -1490).
Manuscrito B.
Artefatos de guerra de Da Vinci.
Código Atlântico.
Leonardo
da Vinci (1465 – 1519) é considerado por muitos estudiosos um home de visão
(que olhava para o futuro) e, por outros, um visionário (sonhador). Alguns
pesquisadores da História da Arte o consideram o maior Pintor da Renascença e
alguns pesquisadores da Ciência o consideram o primeiro cientista. Qualquer
uma dessas interpretações aponta para
alguém dotado de imaginação incomum e espírito investigativo.
“Os
seus desenhos, combinado uma precisão cientifica com um grande poder
imaginativo, refletem a enorme vastidão dos seus interesses, que iam desde à
biologia, à fisiologia, à hidráulica, à aeronáutica e à matemática.”
Renascimento:
um movimento que afetou todos os aspectos da cultura, da literatura e da
erudição, da pintura, da escultura e da arquitetura, e que conscientemente
quis recuperar e reviver os êxitos da Antiquidade Clássica. A palavra
“Renascimento” quer dizer “voltar a nascer”, e foi precisamente assim que eu
os sábios e os artistas dos séculos XV e XVI interpretaram o meio cultural no
qual viviam e trabalhavam: como o renascer da civilização clássica depois de
um longo período de degeneração.
Mann, Nicholas.
(coord.) Grandes Civilizações do passado Renascimento, trad. Alexandra
Martins. Barcelona. Folio, 2006.
PROPOSTA:
Considerando
as informações disponibilizadas aqui e articulando as informações da prova
como um todo com os seus conhecimentos da sociedade do século XXI, elabore um
texto dissertativo, respondendo a uma das questões abaixo. Dê um título ao
seu texto.
IMPORTANTE:
Passe
a sua redação a limpo, à tinta, no espaço e ela destinado. O rascunho não
será considerado. Seu trabalho será avaliado de acordo com os seguintes
critérios:
1.
Desenvolvimento do tema com espírito crítico.
2.
Adequação da língua de acordo com o padrão culto.
3.
Construção textual e escolha do título compatível com o
tipo de texto proposto. Sua redação será anulada. Se você fugir do tema da
prova.
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2009
PROPOSTA
a
O
século XXI começou com inúmeras discussões relacionadas às matrizes
energéticas.
Enquanto
essas discussões estão acontecendo, os problemas estão aparecendo em todas as
partes do mundo.
Há
muitas questões para serem respondidas. Por que tudo isso está acontecendo?
Quem são os culpados? Quais são as melhores soluções?
Leiam
atentamente os textos abaixo para desenvolver a sua redação. Eles abordam o
apagão energético, tema desta redação.
Elabore
um texto dissertativo sobre esse eixo temático.
De
modo claro e logicamente ordenado, argumente sobre os possíveis perigos e
soluções para esse problema que a cada dia se torna mais presente no nosso
cotidiano.
Dê a
seu texto um título coerente com a sua argumentação.
Texto 1
Quando
uma onda de calor, como a que se manifesta nesse momento no nosso país, no
resto da Europa e nos Estados Unidos (onde as temperaturas já chegaram aos 48
graus c), sobrecarrega a procura de
energia elétrica, podendo provocar apagões em cadeia, os responsáveis das
centrais elétricas programam entre si planos de cortes seletivos.
Foi o
que aconteceu no importante bairro de Queens (100 mil pessoas), em Nova
Iorque, que, em 2006, ficou às escuras por uma semana.
Os
cortes seletivos têm acontecido em um ritmo preocupante em múltiplas
localidades da Califórnia, embora por períodos mais curtos (entre 1 hora e 1
dia...).
A maioria
da rede elétrica dos Estados Unidos(...) encontra-se num estado lastimável; o
consumo , por outro lado, continua crescendo insustentável; o aquecimento
global, por fim, acentua os picos e as ondas de calor, de frio, de inundações
e de ciclones – cujo resultado final é o inevitável stress de todo o sistema energético nacional.
Os
prejuízos desses grades apagões são imensos: milhões de dólares de alimentos
para o lixo, milhões de horas de trabalho por realizar, sites da internet
pendurados, ansiedade geral e a inesgotável verborreia dos políticos que,
nessas horas, se isentam de assumir
responsabilidades.
Os
sinais estão à vista de todos.
Só
falta mesmo que o ativismo ecológico ganhe mais força e saiba mostrar para as
democracias que precisamos mesmo instaurar um estado de emergência energética
em escala global.
Texto adaptado para fins de vestibular.
Disponível em <http://risco4 wordpress.com 2006/07/26
queens-ny-uma-semana-sem-energia>
Texto
2
O
carro que você usa, os móveis de madeira que você compra, a madeira que você
usa na construção ou na reforma da sua casa, a carne que você come, os
aparelhos eletroeletrônicos que você tem em casa – seus hábitos de consumo
estão diretamente relacionados às mudanças climáticas.
Estamos
consumindo intensamente petróleo, carvão e gás natural para gerar energia,
tanto para a produção industrial quanto para consumo residencial e para os
veículos.
Estamos
queimando e destruindo nossas florestas que absorvem e estocam carbono, para
obter madeira e para ocupação da terra pela agricultura e pecuária.
O
consumo de cada um deixa uma marca, uma pegada ecológica, de degradação
ambiental. Com o atual padrão de consumo e produção, estamos liberando
imensas quantidades de dióxido de carbono, metano e outros gases na
atmosfera.
O
aumento de temperatura média do planeta provoca as mudanças climáticas que,
por sua vez, trarão impactos irreversíveis para nossa vida no planeta.
Importante para a resposta A: passe a limpo, a
tinta, a sua redação, no espaço a ela destinado. O rascunho não será
considerado. Seu trabalho será avaliado de acordo com os seguintes critérios:
espírito crítico, adequação do texto ao desenvolvimento do tema, estrutura
textual compatível com o texto
dissertativo-argumentativo e emprego da norma culta. O candidato que tirar
nota zero na redação será desclassificado.
|
GRUPOS
i, IV, V e VI
Redija
uma dissertação, a tinta, desenvolvendo um tema comum aos textos a seguir.
Proposta a
Nesta
proposta de redação você pode narrar uma história.
O
prazer de narrar, de se colocar no papel de narrador, criar um ou mais
personagens e colocá-lo(s) em ação é uma tarefa para os criadores. Você aqui
é o senhor do enredo. O tempo você escolhe: presente, passado ou futuro,
desde que as ações aconteçam em uma noite de apagão total.
O
espaço você constrói de acordo com o tempo escolhido.
Logo abaixo você
encontra uma sugestão para iniciar seu texto. No final, dê um título a sua
história.
Naquela noite tudo se apagou. Nenhuma luz,
nenhum movimento, a única cara visível era a do escuro. Ninguém sabia se
havia alguma vela disponível. E foi aí que o imprevisto aconteceu...
|
Importante
para resposta a:
Passe
a limpo, a tinta, a sua redação. No espaço e ela destinado. O rascunho não
será considerado. Seu trabalho será avaliado de acordo com os seguintes
critérios: espírito crítico, adequação do texto ao desenvolvimento do tema,
estrutura textual compatível com o texto dissertativo-argumentativo e emprego
da norma culta. O candidato que tirar zero na redação será desclassificado.
|
Texto I
A divisão de atitudes em relação à língua pode
ser observada nas discussões acerca do “politicamente correto”. Com essa
expressão assumiu conotações desfavoráveis, talvez seja necessária uma outra,
mais neutra, como “consciência social”, para referência à ideia de que a
língua tem implicações muito fortes. De fato, é verdade que houve, nos EUA,
um declínio na ocorrência de piadas de “sogra” e de “irlandês” nos últimos
anos, mas é difícil saber se isso se deve a uma mudança de atitude ou à
existência de um controle explícito sobre a língua e sobre a articulação das
piadas.
(Adaptação
de Alison Ross)
|
Texto II
O humor étnico pode ser usado como defesa ou uma espécie
de autopromoção por representantes do grupo-alvo. O falecido presidente
Kennedy era um grande contador de piadas de irlandês, e o ex-governador de
Nova York, Mario Cuomo, da mesma forma, gostava de criar piadas de italiano.
O humor étnico joga com as incongruências entre as subculturas e a cultura
dominante. Ao fazer isso, esse tipo de humor geralmente proclamas e reforça
esta última, servindo, assim, à sociabilidade da comunidade como um todo.
(Adaptado
de Charles Schutz)
|
Texto III
Não é necessário nem
desejável promulgar código e regulamentos que eliminem um determinado tipo de
humor porque algumas pessoas ou grupos se dizem ofendidos por causa dele. O
castigo àquele que conta uma “má” piada é que o ouvinte simplesmente não ri nem demonstra divertimento. Se a piada
tiver efeito negativo, a sessão se interromperá imediatamente.
(Bernand Saper)
|
Grupos II e III
Redija uma dissertação, a tinta desenvolvendo um tema
comum a os textos abaixo.
Texto I
O movimento contra a utilização de animais em
experimentos científicos torna-se cada vez mais expressivo. Na universidade
de Oxford, os trabalhadores que estão construindo um laboratório de pesquisa
animal são obrigados a usar máscaras para não serem reconhecidos e ameaçados
por ativistas pelos direitos dos animais. No Brasil, o Instituto Nina Rosa
produziu um documentário, Não Matarás, cm cenas de maus-tratos durante
experimentos. Ativistas de todo o mundo afirmam que os humanos não têm o
direito de infectar, intoxicar ou fazer cirurgias em animais, e que os
governantes devem forçar os cientistas a desenvolverem boas alternativas para
que se evitem as pesquisas com animais ( como programas de computador e
cultura de células em laboratório, por exemplo).
(Adaptado de Gisela Anauate)
|
Texto II
Apenas 1% das vacinas testadas em programas
eletrônicos funciona em humanos. Quando são testadas previamente em animais,
esse número é elevado para 50%. No laboratório em que trabalho, usamos
camundongos para estudar as defesas do
corpo humano, testamos transplantes para verificar a probabilidade de
ocorrência de inflamação, experimentamos novos remédios contra a uveíte,
doença que atinge os olhos de milhares de brasileiros por ano. Como verificar
se uma substância causará reações em diferentes partes do nosso corpo
testando-a em uma cultura de células específicas ou em um programa de
computador?
(Adaptado
de Luiz Vicente Rizzo)
|
Texto III
Em alguns casos, o organismo de um animal,
assim como um programa ou um tecido humano produzido em laboratório, não é
adequado para reproduzir o que aconteceu em nosso corpo. Na verdade, o único
modelo perfeito é o próprio homem. Mas não podemos dar substâncias
possivelmente tóxicas diretamente às
pessoas.
(Christopher
Higgins)
|
Redija uma dissertação a tinta, desenvolvendo um tema
comum aos textos abaixo.
Texto I
Se histórias da viagem com a turma do colégio
ou da faculdade ou confidências sobre a vida amorosa eram reservadas aos
diários escritos ou à confiança de poucos amigos, tudo isso parece ter se
tornado público com a proliferação de blogs e fotologs e com o sucesso de
sites de relacionamentos como o Orkut.
(Adaptado de Alan de Faria)
|
Texto
II
Pesquisa divulgada há pouco revelou que, de 30
em 30 dias, o brasileiro fica mais tempo ligado à internet. Significa também
que, a cada 30 dias, o brasileiro já
está passando quase um dia inteiro com os olhos na telinha, os dedos no mouse
ou no teclado, as pernas criando varizes, a coluna indo para o beleléu e o
cérebro mais na virtual que na real. Segundo outra pesquisa, por causa da
internet o jovem brasileiro tem deixado de praticar esportes, dormir, ler
livros, sair com amigos, ir ao cinema ou ao teatro e estudar. E, com certeza,
está deixando também de praticar outros itens não contemplados pela pesquisa,
como namorar, ir à praia ou ao futebol, visitar a avó, conversar fiado ao
telefone e flanar pelas ruas chutando tampinhas.
(Ruy Castro)
|
Texto
III
Navegar é preciso
Ao aprender a compor o fundo da tela de seu
computador, Chloé Siqueira escolheu uma imagem que parecia transgressora – a
famosa foto dos Beatles caminhando pela faixa de pedestres numa rua de
Liverpool.
É assim que ela própria se sente diante de um
computador: aos 80 anos, decidiu virar professora e dar aulas de internet a
crianças . “A internet é, para mim, o prazer da conexão humana”, resume. Há
cinco anos, Chloé soube por uma neta que , se quisesse, poderia fazer um
curso para aprender a navegar na internet. “Eu tinha até medo de usar
teclado.” Em pouco tempo ajudada por adolescentes que estudavam em escolas
públicas e privadas, ela já estaria conversando pelo Skype e pelo Messenger
com os netos e com alguns amigos que moravam fora do Brasil.
(Gilberto Dimenstein)
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Grupos I, Iv, v e vi
Redija uma dissertação a tinta, desenvolvendo um tema
comum aos textos abaixo.
Texto I
As penas alternativas[...] não deixam no
condenado o estigma de ex-presidiário, talvez o maior mal que o Estado possa
causar à pessoa, pela marca indelével que
essa qualidade deixa, cerrando-lhe as oportunidades em todos os
setores sociais.
A prestação de serviços à comunidade foi, em
nosso entendimento, o maior exemplo de evolução do direito penal moderno,
porque, ao mesmo tempo em que pune a transgressão praticada, valoriza o
condenado, dando-lhe a oportunidade de, por meio de trabalho, demonstrar suas
aptidões profissionais e artísticas, as quais serão, certamente,
aproveitadas após o cumprimento da
sanção, retirando da senda do crime o infrator, levando-o o ao exercício
consciente da cidadania.
(Marcus
Valério Guimarães de Souza)
|
Texto
II
Quando
um ex-ministro, na direção de seu carro, atropelou e matou um operário, que
trafegava de bicicleta pelo acostamento, um juiz de Brasília entendeu que o
puniria exemplarmente impondo-lhe o pagamento de algumas centenas de cestas
básicas. Na visão desse juiz, matar a fome de cem famílias durante um mês
compensa a vida de um homem. Estranha lógica.
O
subjetivismo da pena alternativa permite que, em alguns casos, talvez na
maioria, ela seja vista, com razão, como um disfarce para a impunidade. E em
todos os casos fica para a sociedade a ideia de que a cadeia é só para os
pobres.
|
Texto
III
Parte do Judiciário – e também do Ministério
Público – acha que a pena alternativa estimula a impunidade.
Vera Muller
|
Texto
IV
Para conceder liberdade provisória a três
jovens detidos sob a acusação de praticar crimes pela internet, um juiz
federal do Rio Grande do Norte determinou uma condição inédita: que os
rapazes leiam e resumam, cada três meses, dois clássicos da literatura.
|
Grupos II e III
Redija uma dissertação a tinta, desenvolvendo um tema
comum aos textos abaixo.
Texto I
Com 240 mil veículos a mais nas ruas de São
Paulo nos últimos seis meses, que se uniram a uma frota de seis milhões, o
carro é cada vez mais um pesadelo no qual os paulistanos se veem imersos
diariamente. Parado nos congestionamentos ou na disputa inglória por uma vaga
livre para estacionar, o automóvel virou um trambolho que coloca em xeque a
própria sobrevivência da metrópole.
(Adaptado
de Gustavo Fioratti)
|
Texto II
São Paulo é uma das 32 cidades brasileiras que
participam do Dia Mundial Sem Carro. O objetivo dos organizadores é que as
pessoas deixem o carro em casa e usem o transporte público por um dia, para
refletir sobre os prejuízos que o excesso de automóveis traz ao meio ambiente
e sobre alternativas para a mobilidade urbana.
(Adaptado de Folha de S. Paulo)
|
Texto III
O Brasil chega ao final de 1960 com uma
população de 65.7555.000 habitantes e um total de 321.150 veículos produzidos
desde o início da implantação do parque industrial automotivo. Mais de 90%
das indústrias de autopeças foram instaladas na Grande São Paulo. E foi no
Estado de São Paulo que ficou instalado o maior parque industrial da América
Latina, dando um importante impulso para o rápido crescimento econômico
paulista. A revolução automotiva da década de 1950 trouxe ao Estado paulista
tecnologia de ponta, empregos, desenvolvimento industrial e uma nova relação
da capital-trabalho, com o crescimento e fortalecimento dos sindicatos de
classes. Hoje, o Estado produz mais de um milhão de veículos por ano.
|
Texto IV
“Vendi meu carro! Não suporto o trânsito” ,
dispara publicitária Yeda Timerman. A história de ódio começou em 2004,
quando Yeda ficou presa em um congestionamento na zona sul de São Paulo e
teve uma crise de pânico. “Comecei a sentir falta de ar, secura na boca, o
cinto de segurança me sufocava”, lembra a publicitária, que teve de descer do
automóvel e pedir ajuda na primeira
loja que viu. O peculiar, no caso de
Yeda, é que ela só tem as crises de pânico nas situações em que está dentro
de um carro, parada por causa do famoso “excesso de veículos”.
Adaptado
de Iara Biderman
|
2008
INSTRUÇÕES PARA REDAÇÃO
Considere
o trabalho de Barbara Kruger, reproduzido abaixo. Identifique seu tema e,
sobre ele, redija uma dissertação em prosa, na folha a ela destinada, argumentando
em favor de um ponto de vista sobre o
tema. A redação deve ser feita com caneta azul ou preta.
Na
avaliação de sua redação, será considerados:
a)a clareza e consistência dos argumentos em
defesa de um ponto de vista sobre o assunto;
b)coesão
e coerência do texto;
c)domínio
do português padrão.
Atenção:
A Banca Examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato.
“Sem
título” (Compro, logo Existo), de Barbara Kruger
(folha
de S. Paulo, Caderno Mais!,02/11/2003)
|
Introdução para redação
Considere
os quadrinhos reproduzidos ao lado. Identifique seu tema e, sobre ele, redija
uma dissertação em prosa, na folha e ela destinada, argumentando em favor de
um ponto de vista sobre o tema. A redação deve ser feita a caneta azul ou
preta.
Na
avaliação de sua redação , serão considerados:
a)clareza
e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista do tema;
b)coesão
e coerência do texto;
c)domínio
do português padrão.
Atenção: A Banca Examinadora
aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato.
Não
vai mais exibir violência para as crianças TV
(Folha
de S. Paulo, 15/8/2004)
|
2009
Instruções para redação
Considere
a tira de Laerte, reproduzida abaixo. Identifique seu tema e, sobre ele,
redija uma dissertação em prosa, na folha e ela destinada, argumentando em
favor de um ponto de vista sobre o tema. A redação deve ser feita com caneta
azul ou preta.
Na
avaliação de sua redação, serão considerados:
a)clareza e consistência dos argumentos em
defesa de um ponto de vista sobre o assunto;
b)coesão
e coerência do texto; e
c)domínio
do português padrão.
Atenção: a Banca
Examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato.
Piratas
do tietê – Laerte
(Folha de S.
Paulo, 18/08/2005)
|
2007
Administração
Para
avaliar a redação, serão considerados, principalmente:
·
O conhecimento dos fatos solicitados na Instrução ;por
exemplo, o conhecimento de História, de Geografia e da realidade atual.
·
A correta expressão em língua portuguesa.
·
A clareza, a concisão e coerência na exposição do
pensamento.
·
A capacidade de argumentar logicamente em defesa de
seus pontos de vista.
·
O nível de atualização e informação.
·
A originalidade no tratamento do tema.
A Banca aceitará
qualquer posição ideológica do candidato.
Evite
fazer rascunho e passar a limpo, para
ganhar tempo.
A
redação pode ser escrita a lápis.
Atenção
para escrever com letra bem legível.
Não ultrapasse o número
disponível de linhas.
Leia atentamente o
texto abaixo.
No Brasil, pode
dizer-se que só excepcionalmente tivemos um sistema administrativo e um corpo
de funcionários puramente dedicados a interesses objetivos e fundados nesses
interesses. Ao contrário, é possível acompanhar, ao longo da nossa história,
o predomínio constante das vontades particulares que encontram seu ambiente
próprio em círculos fechados e pouco sensíveis a uma ordenação impessoal.
Dentre esses círculos, foi sem dúvida o da família aquele que se exprimiu com
mais força e desenvoltura em nossa sociedade. E um dos efeitos decisivos da
supremacia incontestável, absorvente, do núcleo familiar – a esfera por
excelência dos chamados “contados primários”, dos laços de sangue e de
coração – está em que as relações que se criam na vida doméstica sempre
forneceram o modelo obrigatório de qualquer composição social entre nós.
(...)
Já se disse, numa
expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de
cordialidade – daremos ao mundo “ o homem cordial”. A lhaneza no trato, a
hospitalidade, a generosidade, virtudes tão gabadas por estrangeiros que nos
visitam, representam, com efeito, um traço definido do caráter brasileiro, na
medida, ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos
padrões de convívio humano, informados no meio rural patriarcal. Seria engano
supor que essas virtudes possam significar “boas maneiras”, civilidade. São,
antes de tudo, expressões legítimas de um fundo emotivo extremamente rico e
transbordante...
(páginas 106 e 107)
Instrução
Redija uma dissertação analisando as ideias
contidas nesse trecho extraído do livro
Raízes do Brasil, do sociólogo
Sérgio Buarque de Holanda. Saliente:
O
As principais características políticas do Brasil colônia.
O
As diferenças entre o espaço social rural e o urbano que ajudam a demarcar
tais características.
O
A atualidade do tema.
Dê
um título à sua redação.
DIREITO ( PRIMEIRA FASE)
Veja,
leia e relacione as mensagens-estímulo apresentadas a seguir. Elas servem de
suporte à proposta de Redação.
I.
Imagem
(Klee, Paul, Uma
folha do livro de registro da cidade (1929). Óleo, 42,5 x 31,5 cm. Museu de
Arte da Basileia.)
II.
Texto I:
COISAS DE
CABECEIRA, RECIFE
Diversas coisas se
alinham na memória numa prateleira com o rótulo: Recife.
Coisas como de
cabeceira da memória,
A um tempo coisas e no
próprio índice;
E pois que em índice:
densas, recortadas,
Bem legíveis, em suas
formas simples.
2.
Algumas delas, e fora
as já contadas:
O combogó, cristal do
número quatro;
Os paralelepípedos de
algumas rua,
De linhas elegantes mas
grão áspero;
A empena dos telhados,
quinas agudas
Como se também para
cortar, telhados;
Os sobrados, paginados
em romancero,
Várias colunas por
fólio, imprensados.
(coisas de cabeceira,
firmando módulos:
Assim, o do vulto
esguio dos sobrados).
(Neto, João Cabral
de Melo. “A educação pela pedra”.
In:---.Poesias
Completas.
Rio de Janeiro,
Sabiá, 1968,p.10.)
III-
texto II:
As Cidades e a Memória
Inutilmente,
magnânimo Kublai, tentarei descrever a cidade de Azaíra dos altos bastiões.
Poderia falar de quantos degraus são feitas as ruas em forma de escada, da
circunferência dos arcos dos pórticos, de quais lâminas de zinco são
recobertos os tetos; mas sei que seria o mesmo que não dizer nada. A cidade
não é feita disso, mas das relações entre as medidas de seu espaço e os
acontecimentos do passado: a distância do solo até um lampião e os pés pendentes
de um usurpador enforcado; o fio esticado do lampião à balaustrada em frente
e os festões que empavesavam o percurso do cortejo nupcial da rainha; a
altura daquela balaustrada e o salto do adúltero que foge de madrugada; a
inclinação de um canal que escoa a água das chuvas e o passo majestoso de um
gato que se introduz numa janela; a linha de tiro da canhoneira que surge
inesperadamente atrás do cabo e a bomba que destrói o canal; os rasgos nas
redes de pesca e os três velhos remendando as redes que, sentados no molhe,
contam pela milésima veza a história da canhoneira do usurpador, que dizem
ser o filho ilegítimo da rainha, abandonado de cueiro ali sobre o molhe.
A cidade
se embebe como uma esponja dessa onda que reflui das recordações e se dilata.
Uma descrição de Zaíra como é atualmente deveria conter todo o passado de Zaíra. Mas a cidade não conta o seu
passado, ela o contém como as linhas da mão, escrito nos ângulos das ruas,
nas grades das janelas, nos corrimões das
escadas, nas antenas dos para-raios, nos mastros das bandeiras, cada
segmento riscado por arranhões, serradelas, entalhes , esfoladuras.
(Calvino,
Ítalo. As cidades invisíveis. Trad. Diogo Mainard. São Paulo. 2003,p.15-16.)
Proposta
Espacialização da memória, lembranças cifradas
de um lugar desaparecido, o registro do invisível, a dilatação do espaço
sensível produzida pela temporalização das vivências, a materialização do tempo na geometrização da cidade são
alguns dos recortes possíveis para a análise e interpretação das mensagens-estímulo
apresentadas acima.
Elabore um texto dissertativo em que “a
cidade” e “ a memória” sejam os polos pendulares em torno dos quais alguns
desses temas se articulem. Realize-o da forma mais coesa e mais coerente
possível, argumentando, de maneira convincente, a favor do tema que for
desenvolver. Dê um título que sintetize seu texto em seu conjunto.
|
ECONOMIA (2 FASE)
LEIA
OS TEXTOS A SEGUIR.
TEXTO
1
mia couto
Em uma passagem por São
Paulo, o escritor Mia Couto brindou sua plateia com pérolas moçambicanas. O
autor de O Outro Pé da Sereia observou que seus conterrâneos têm dificuldades
para dizer não, como se a negação representasse uma forte desavença.
Certa vez perguntou a
um pescador se a maré estava a subir e colheu a seguinte evasiva : “sim, está
a subir, mas já começou a descer”. D’ outra ocasião, exercia atividades de
biólogo em uma praia e avistou um pássaro. Interessado, perguntou a um nativo
próximo: “qual o nome daquele pássaro?”, ao que o interlocutor respondeu: “A esse
pássaro nós aqui chamamos de sapo”. Em um terceiro evento, perguntou a um
produtor, beneficiado por uma determinada política pública, se sua vida havia
melhorado, ao que o dito produtor retornou: “Está melhorar a vida, mas está a
melhorar muito mal”. Moçambique não tem apenas a língua e a colonização
portuguesa em comum com Pindorama. Os habitantes daqui e d’acolá parecem
intimidados pela possibilidade de terem de dizer não. Nos trópicos
sul-americanos, como na África Austral, dizer não parece ser um convite ao
constrangimento. Se não for
acompanhada de mesuras e compensações, a temerária conduta poderá
colocar em risco amizades e relações profissionais, ou despertar sentimentos
de vingança. Qual é a raiz? A primeira hipótese, obviamente, é o passado colonial.
Sociedades coloniais são assimétricas. Moçambique livrou-se de jugo há três
décadas; Pindorama, há quase dois séculos, mas ainda não se emendou.
(Mia Couto)
“O projeto estará
pronto até o fim do Mês?” “Certamente.”
“O carro estará reparado até o fim da semana?” “Sim, sem sombra de dúvida.” Naturalmente não se pode tomar tais
respostas por eu valor de face. Tais respostas significam que, findo o prazo,
os assuntos apenas começarão a ser considerados. A chance de os trabalhos
serem terminados no momento prometido é, como se sabe, remota ou nula.
(Thomas Wood jr., “ A Terra do Não”. In: Carta Capital,
junho de 2006.)
Texto 2
Conte quantas vezes você fala “sim” e “não”. O sim é pouco
usado. Pois as línguas já são naturalmente afirmativas. Mas a negação precisa
ser explícita. O francês nega usando duas palavras – “ne pas”. O inglês pede
ajuda a um verbo – “do note”. Quem fala, afirma. Se quiser soar democrático,
usa os cansativos “ na minha opinião”
ou “eu acho que “ para disfarçar o autoritarismo do discurso.
Jornalistas
escondem assertividade* implícita nas perguntas usando o “aí”. “o que o
senhor tem a dizer aí sobre o mercado na semana passada?”. Como se a
indicação de lugar-aí-abrisse várias possibilidades de resposta.
Há quem
use o “pô” mal educado coo vírgula ou pedido de desculpas, da mesma forma que
alguns americanos usam o “you know”.
Não
adianta - a língua revela
despudoramente a pretensão de saber ou poder de quem fala. Por outro lado, discursamos
apenas sobre o que é discutível ou falso. “Eu sou honesto”. Na turbulência, a
aeromoça afirma: “A situação é normal”. O evidente e o óbvio passam em
silêncio.
Aeromoça
(João Sayad, Pas du tout, Folha de S.
Paulo, 29/05/2006)
*assertividade= capacidade de dizer aquilo
que se pensa, que se julga correto.
PROPOSTA
DE REDAÇÃO
Com base na leitura de textos apresentados,
escreva um texto dissertativo que deverá ter como tema:
COMO
CONCILIAR,NA VIDA PROFISSIONAL, ASSERTIVIDADE E BOM RELACIONAMENTO?
Sua redação deverá ser escrita em prosa e
obedecer aos padrões da norma culta do português do Brasil.
|
2008
ADMINISTRAÇÃO
Para
avaliar a redação, serão considerados, principalmente:
·
O conhecimento dos fatos solicitados na Instrução; por
exemplo, o conhecimento de História, de Geografia, e da realidade atual.
·
A Correta expressão em língua portuguesa.
·
A clareza, a concisão e a coerência na exposição do
pensamento.
·
A capacidade de argumentar com lógica em defesa de seus
pontos de vista.
·
O nível de atualização e informação.
A
Banca aceitará qualquer posição ideológica do candidato.
Evite
fazer rascunho e passar a limpo,para ganhar tempo.
A
redação pode ser escrita a lápis.
Escreva
com letra bem legível.
Não
ultrapasse o número disponível de linhas (40).
Instrução
Leia
o fragmento de Gilberto Freyre e redija um texto dissertativo sobre
as relações raciais no Brasil, a partir de nossa formação social
e de seus reflexos na sociedade brasileira contemporânea.
O português do Brasil,
ligando as casas às senzalas, os escravos aos senhores, as mucamas aos
sinhô-moços, enriqueceu-se de uma variedade de antagonismo que falta ao
português da Europa (...) A força, ou antes, a potencialidade da cultura
brasileira parece-nos residir toda na riqueza dos antagonismos equilibrados (...) Não que no brasileiro
subsistam, como no anglo-americano, duas metades inimigas: a branca e a
preta;o ex-senhor e o ex-escravo . De modo nenhum. Somos duas metades
confraternizantes que se vêm mutuamente enriquecendo de valores e
experiências diversas; quando nos completamos em um todo, não será como o
sacrifício de um elemento do outro.
FREYRE, Gilberto.
CasaGrande & Senzala. São Paulo:Global, 2006, p.417-418.
Direito (1 fase)
Veja,
leia e relacione as mensagens-estímulo apresentadas abaixo. Elas servem de
suporte à proposta de Redação.
I.Imagem
Salgado,
S. Trabalhadores. São Paulo: companhia das Letras, 2006,p.23
III.Texto
1
“ Da
reconstituição do homem livre e sem posses como uma categoria social
concluiu-se que nos ajustamentos entre grupos dominantes e dominados se
entrelaçam as duas ‘faces’ constitutivas da sociedade: de um lado, a área que
tendia a ordenar-se conforme ligações de interesses, de outro, os setores
articulados por via de associações morais. A presença desses princípios
opostos de organização das relações sociais permitiu que fosse levada ao
extremo a assimetria do poder, nada limitando a arbitrariedade do mais forte
e reforçando a submissão do mais fraco.
Todavia,
essa condições mesmas de existência do homem pobre conduzem, no limite, à
possibilidade de sua afirmação como pessoa. A raiz dessa possibilidade de sua
afirmação como pessoa. A raiz dessa possibilidade de sua afirmação como
pessoa. A raiz dessa possibilidade se encontra na referida constelação de
associações morais e ligações de interesse. Destas duas formas de relações
sociais, as baseadas em interesse prevalecem nos grupos dominantes, pois
delas dependia a preservação mesma da ordem estabelecida.”
Franco,
M.S.de C. Homens livres na ordem escravocrata.
São
Paulo: Editora UNESP, 1983.p.106.
III.Texto
II
“Ao
contrário do que ocorreu nos tempos modernos, a instituição da escravidão na
antiguidade não foi uma forma de obter mão-de-obra barata nem instrumento de
exploração para fins de lucro, mas sim a tentativa de excluir o labor das
condições da vida humana. Tudo o que os homens tinham em comum com as outras
foram de vida animal era considerado inumano. (...) E a verdade é que o
emprego da palavra ‘animal’ no conceito de animal laborans, ao contrário do
outro uso, muito discutível, da mesma palavra na expressão animal ratinonale,
é inteiramente justificado. O animal laborans é, realmente, apenas uma das
espécies animais que vivem na terra – na melhor das hipóteses a mais
desenvolvida.”
Arent,H.
A condição Humana. São Paulo:
Forense Universitária.10edição, 2007.p.95.
PROPOSTA
Tanto
a imagem mostrada pela fotografia quanto apresentações discursivas realizadas
pelas pensadoras manifestam uma situação evidente e bastante discutida pela
cultura em seus meios próprios de expressão.
Elabore
um texto dissertativo em que as relações entre “condição humana” e “trabalho”
formem o eixo temático a partir do qual você vai construir seus argumentos.
Realize-o da forma mais coesa e mais coerente possível, discutindo, de
maneira convincente, a linha de reflexão que for desenvolver. Dê um título
que sintetize seu texto em seu conjunto.
|
Economia
(2 fase)
Para
elaborar sua dissertação, leia a coletânea de textos transcritos.
Texto I
Vivemos atualmente a
alta aceleração do tempo histórico, decorrente do avanço vertiginoso da
tecnologia. Há quem afirme que em duas gerações a biotecnologia vai encerrar
a história humana. Já não se trata de ficção científica, mas de um acontecimento
a ser concretizado pela tecnociência. O paradigma humano será superado pela
geração de máquinas cada vez mais potentes, capazes de ultrapassar os limites
alcançados pelo progresso da humanidade.
Sabemos também que a
tecnologia está associada ao grande capital, hoje , controlado pelas
megacorporações. O que resulta disso é que capital mais tecnologia acabam por
separar os indivíduos pela capacidade de usufruir dos produtos tecnológicos e
pala adesão maior ou menor às leis do mercado. Nas economias globalizadas é o
mercado que regula as ações humanas e o indivíduo vale pelas mercadorias que
consegue adquirir: bens materiais, insumos tecnológicos, benesses culturais
elitizadas.
Se, de um lado, a
tecnologia contribui para o progresso da humanidade, de outro, deverá
acentuar ainda mais as diferenças entre os indivíduos e as nações. É nesse
sentido que se propõe repensar os desdobramentos da tecnologia, sobretudo, em
face dos graves problemas da sociedade contemporânea: aumento da violência,
descrédito da política, desprezo pela ética e –pior que tudo – esvaziamento
de valores.
Texto II
O automóvel viveu sua
semana de maço de cigarro. Sob o impacto do Dia Mundial sem Carro, acontecido
ontem, o carismático equipamento foi apontado como um cancro a ser combatido.(...)
Em um saudável
paradoxo, ativistas anticarro têm engrossado cada vez mais o coro dos
insatisfeitos. A marca registrada desse pessoal são as “bicicletadas”, que
surgiram primeiro na França e hoje congregam ciclistas do mundo inteiro.
Consiste em juntar dezenas de bicicletas e pedalar no meio da rua
preferencialmente na sexta-feira e no final da tarde.
(O Estado de S. Paulo, 23.9.2007)
Texto III
O culto da roca de fiar
de Gandhi e sua condenação da máquina e da civilização moderna não cessaram
de ser matizados. Em 1921, ele declarou: ”Eu seria a favor do maquinismo mais
elaborado se por esse meio a pobreza da índia pudesse ser evitada.” E em
1947, ele sentenciou: “ O poder da máquina pode contribuir para o progresso
econômico. Mas alguns capitalistas utilizam esse poder sem se preocupar com
os interesses do homem comum, por isso nossa condição está hoje deteriorada.”
Foto de Gandhi e sua
roca de fiar
(Christine Jordis,
Gandhi. 2007. Adaptado)
Tome
os textos e a figura como referência e elabore uma dissertação em que você
discuta se é possível, no estágio atual da história da humanidade,
desacelerar a tecnologia, fazê-la recuar, em função da retomada de valores
humanitários.
|
2009
Administração
Instruções:
A banca aceitará
qualquer posicionamento ideológico. No caso específico dos textos, portanto,
o candidato pode concordar com os autores ou discordar deles.
Evite fazer rascunho, para ganhar tempo.
A
redação pode ser escrita a lápis.
Escreva
com letra bem legível.
Não ultrapasse o número
disponível de linhas.
Para
avaliar a redação, serão considerados, principalmente:
·
O conhecimento de fatos necessários ao desenvolvimento
do texto; por exemplo, da História, de Geografia e da realidade atual.
·
A correta expressão em língua Portuguesa.
·
A clareza, a concisão , a coesão e a coerência.
· A capacidade de
argumentar.
Texto 1
“As empresas não são cidadãs. São pilhas de contratos. O
objetivo das empresas é participar do jogo econômico com o máximo de agressividade
e eficácia. É fácil compreender por que as grandes empresas abraçaram a causa
da responsabilidade social com tanto interesse, pois as iniciativas nessa
área não só projetam boa imagem perante a imprensa, mas também tranquilizam o
público. As declarações de compromisso da empresa com as virtudes sociais
também podem impedir ou retardar a intervenção do governo em área de
interesse público (...). O compromisso reconfortante com a responsabilidade
social pode desviar a atenção do público da necessidade de leis ou de
regulamentos mais rigorosos ou convencer o público de que, na verdade, não há
problema.”
Robert B. Reich.
Supercapitalismo. São Paulo:Campus, 2008
Texto 2
Em janeiro de 1999, o
ex-secretário-Geral das Naçoes Unidas (ONU), Kofi Annan, apresentou o Pacto
Global (Global Compact), durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, que
ficou conhecido como uma iniciativa para promover a responsabilidade social
das empresas, já que seu objetivo era mobilizar a comunidade empresarial para
a adoção de valores fundamentais nas áreas de direitos humanos, trabalho,
meio ambiente e desenvolvimento. Em Julho de 2007, o atual Secretário Geral
da ONU, Ban Ki-moon, em seu discurso na Conferênciado Pacto Global – maior
encontro de lideranças empresariasi promovido pela Organização das Nações
Unidas (ONU) – ,realizada em Genebra, na Suiça, reforçou esse pacto
declarando: “O pacto global é hoje a maior iniciativa de cidadania
corporativa do mundo. Cada vez mais as corporações estão abraçando o pacto global não porque
isso é bom para as suas relações públicas ou porque elas devam pagar um preço
pelos seus erros. Elas estão fazendo isso porque, no nosso mundo
interdependente, os líderes de negócios não podem ser sustentáveis sem
mostrar liderança em questões ambientais e sociais (...). Vivemos um tempo no
qual os objetivos e prioridades da comunidade internacional e do mundo de
negócios estão mais alinhados do que nunca, ambos acreditando na solução
coletiva, compartilhando objetivos e entendendo que, em nosso mundo
globalizado, muitos desafios estão interligados e são muito complexos para
serem enfrentados por um único setor”.
Adaptado
de Centro de Notícias das Nações Unidas – (United Nations News Centre)
http://www.un.org/apps/news/infocus/sgspeeches/search full.asp?statID=97.
Com
base nos dois fragmentos, elabore um texto dissertativo que, entre outros
aspectos, contemple os seguintes:
·
O seu entendimento sobre o queé a responsabilidade social;
·
O seu entendimento sobre qual deveria ser o papel das
empresas e qual deveria ser o papel do governo quanto á responsabilidade
social.
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Direito (1 fase)
Observe
atentamente as mensagens-estímulo que se seguem, pois são a base para o
desenvolvimento da proposta de Redação.
Texto I
“No princípio criou
Deus o céu e a terra. A terra, porém estava vazia e nua; e as trevas cobriam
a face do abismo; e o espírito de Deus era levado por cima das águas.
Disse Deus: Faça-se a
luz. E se fez-se a luz. E viu Deus que a luz era boa; e dividiu a luz das
trevas. E chamou à luz do dia, e às trevas , noite; e da tarde e da manhã se
fez o dia primeiro.
Disse também Deus:
faça-se o firmamento no meio das águas, e separe umas águas das outras águas.
E fez Deus o firmamento, e dividiu as
águas, que estavam por baixo no firmamento, das águas que estavam por cima do
firmamento. Chamou Deus ao firmamento céu; e da tarde e da manhã se fez o dia
segundo.”
Bíblia Sagrada.
Tradução Antonio Pereira de Figueiredo. Erechim.Rs.:Edelbra (Editora e
livraria Brasileira , ltda.)
Texto II (imagem)
Foto do fogo
MAGRITTE, René. L’
échelle de feu (Escala de Fogo), 1939.27x34cm. coleção Edward James
Foundation, chichester, Inglaterra. In.:Magritte –signos e imagenes.
Barcelona:Editora
Blume, 1978.p.236.
Texto III
“Tudo é teu, que
enuncias.
Toda forma nasce uma
segunda vez e torna
infinitamente a nascer.
O pó das coisas
ainda é um nascer em
que bailam mésons.
E a palavra um ser
Esquecido de quem o
criou; flutua,
Reparte-se em signos –
Pedro, Minas Gerais,
beneditinho-
Para incluir-se no
semblante do mundo.
O nome é bem mais do
que o nome:
o além-da-coisa,
Coisa livre de coisa,
circulando.
E a terra, palavra
espacial, tatuada de sonhos,
Cálculos.”
ANDRADE,Carlos
Drummond de.”Origem – a palavra e a terra”. Parte V.In”Lição de Coisas”. Poesia Completa e
Prosa. Rio de Janeiro:Editora Nova Aguilar, 1977,p.325.
Texto IV
“Ora, é preciso atribuir ao som da linguagem função idêntica
à da imagem mítica, a mesma tendência para persistir. Também a palavra, como
o deus ou o demônio, não é para o homem uma criatura por ele próprio criada,
mas se lhe apresenta como algo existente e significativo por direito próprio,
como uma realidade objetiva. Tão logo a faísca haja saltado, tão logo a
tensão e a emoção do momento tenham se descarregado na palavra ou na imagem
mítica, enceta-se, em certa medida, uma peripécia do espírito; sua excitação,
enquanto simples estado subjetivo, extinguiu-se, desabrochou na conformação do
mito ou da linguagem.”
CASSIRER, Ernst. Linguagem e Mito. Tradução de J. Guinsburg e Miriam Schnaiderman. São
Paulo:Editora Perspectiva, 1972,p.55.
Proposta
Você
deve valer-se dos textos, verbais e pictóricos, oferecidos como
mensagens-estímulo para elaborar sua Redação. Sugere-se, mas não se obriga,
que elas sejam lidas na sequência em que ora aparecem: a primeira
alegorizando a criação e a nomeação do mundo sob o ponto de vista místico; as
duas seguintes apresentando a disposição do homem feito artista a partir das
coisas criadas; e a última refletindo este processo conjugando o mito e
linguagem.
Elabore
um texto dissertativo que tenha como
eixo temático as mensagens-estímulo oferecidas. Sugere-se que esse
eixo seja mito e linguagem. Seja o mais coeso e coerente possível,
discutindo, de maneira convincente, o raciocínio que vier a desenvolver. Dê
um título a seu texto que sintetize a tese por você defendida.
Economia (2 fase)
Como atestam as
manchetes acima, a crise econômica está afetando o mundo inteiro e parece que
ninguém vai escapar dela. Mas as crises econômicas costumam nos ensinar
alguma coisa. Passamos a agir com mais comedimento e acabamos por adiar
projetos que envolvam dinheiro, tais como fazer uma viagem, reformar a casa,
trocar de carro. É nessas horas que alguém pode se fazer perguntas e concluir
que alguns bens materiais não são tão necessários assim. Aquela bolsa de
grife poderia muito bem ser substituída por outra, aquele relógio de marca
foi uma ostentação inútil. Pode ser que alguém, refletindo um pouco mais,
perceba que, para se viver bem, deve-se estancar essa insaciável busca de
bens materiais e optar por um estilo de vida mais simples. Afinal, por vezes,
são pequenas coisas que nos deixam felizes. Os filósofos bem que nos ensinam o que realmente na vida tem
valor: aproveitar o presente, deixar a arrogância de lado e não perder de
vista a brevidade da vida. Sêneca, por exemplo, filósofo romano, escreveu que
não era na riqueza e nos prazeres mundanos que estava a felicidade. Enquanto
as pessoas fossem escravas de seus desejos, não poderiam almejar a paz de
espírito, nem a felicidade. Esta só seria alcançada por aqueles que possuíssem
um caráter forte e fosse senhor de sua própria existência.
Reflita
sobre as informações contidas nos textos e elabore uma dissertação sobre o
tema:
A CRISE ECONÔMICA
COMO OPORTUNIDADE PARA SE REPENSAREM OS VALORES.
INSTRUÇÕES:
·
Na redação, deverão ser observadas as normas da língua
padrão.
·
Sua redação será anulada, se você fugir do tema
proposto ou não respeitar a modalidade de texto solicitada (dissertação).
|
2007
INSTRUÇÃO: LEIA OS TEXTOS A SEGUIR:
TEXTO 1
Quem nunca foi zoado ou
zoou alguém na escola?
Risadinhas, empurrões,
fofocas, apelidos como “bola”, “rolha de poço”, “quatro-olhos”. Todo mundo já
testemunhou uma dessas “brincadeirinhas” ou foi vítima delas. Mas esse
comportamento, considerado normal por muitos pais, alunos e até professores,
está longe de ser inocente. Ele é tão comum entre crianças e adolescentes que
recebe até um nome especial: bullying.
Trata-se de um termo em inglês utilizado para designar a prática de atos
agressivos entre estudantes. Traduzindo ao pé da letra, seria algo como
intimidação. Trocando em miúdos: quem sofre com o bullying é aquele aluno perceguido, humilhado
intimidado.
E isso não deve ser
encarado como brincadeira de criança. Especialistas revelam que esse
fenômeno, que acontece no mundo todo, pode provocar nas vítimas desde
diminuição na autoestima até o suicídio.
“Bullying diz
respeito a atitudes
agressivas, intencionais e repetidas praticadas por um ou mais alunos contra
outro. Portanto, não se trata de brincadeiras ou desentendimentos eventuais.
Os estudantes que são alvos de bullying sofrem esse tipo de agressão sistematicamente”, explica o médico Aramis Lopes Neto, coordenador do primeiro
estudo feito no Brasil a respeito desse assunto. Segundo Aramis, “para os
alvos de bullying, as consequências
podem ser depressão, angústia, baixa autoestima, estresse, absentismo ou
evasão escolar, atitudes de autoflagelação e suicídio, enquanto os autores
dessa prática podem adotar comportamento de risco, atitudes delinquentes ou
criminosas e acabar tornando-se adultos violentos”
Texto 2
Crianças e adolescentes
vítimas de
bullying podem carregar o trauma pela
vida toda. De acordo com especialistas, se o problema não for bem resolvido
antes de se chegar à idade adulta,
sequelas como dificuldades de tomar a iniciativa ou de se expressar podem
atrapalhar os relacionamentos pessoais e até profissionais. [...]
Em casos extremos, o bullying pode levar à morte. Há vítimas que se
suicidam e outras que matam os colegas. Foi o que aconteceu na escola
Columbine, nos Estados Unidos, quando em 1999 dois colegas mataram 13 pessoas
no colégio e se suicidaram. Os adolescentes eram constantemente alvo de
piadas de suas turmas.
No Brasil, dois casos
chamaram a atenção. Em fevereiro de 2004, em Remanso (BA), o jovem D.,17,
matou duas pessoas e feriu três. Ele sofria humilhações na escola. O garoto
revelou que matou F., 13, porque, além de sempre ridicularizá-lo, no dia do
crime, ele tria jogado um balde de lama nele. Em Janeiro de 2003, Edmar Freitas,
18, entrou no colégio onde tinha estudado, Taiúva (interior de SP), e feriu
oito pessoas com tiro. Em seguida, se matou, Obeso, era vítima de apelidos
humilhantes.
(Folha
de S.Paulo,04/06/2006)
Texto 3
A especialista Cleo
Fante, autora do livro Fenômeno
Bullying, formulou um manual que reúne os sinais observados com maior
frequência nas vítimas desse tipo de prática. Eis alguns:
O estudante prefere
ficar trancado no quarto a sair com os amigos.
Ele raramente é
convidado para uma festa da escola.
Seu desempenho escolar
apresenta piora.
Pede aos pais que o
troquem de escola sem uma razão convincente.
Antes de ir ao colégio,
sua muito e tem dores de barriga ou de cabeça.
Ele manifesta o desejo
de mudar algo em sua aparência.
Cyberbullying. Esse é o
nome dado ao tipo de agressão praticado por
meio de artefatos tecnológicos, como blogs na internet e mensagens no
celular. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos chegou a um número
impressionante sobre o assunto: 20% dos estudantes americanos de ensino
fundamental são vítimas do cyberbulling. Outra pesquisa, essa realizada na
Inglaterra, quantificou o número de meninas que são alvos de agressões via
celular. Isso ocorre com 25% das inglesas.
(Veja, 08/02/2006)
Texto 4
Há poucos
anos , as malvadezas típicas do universo infantil vieram à tona e revelaram o
assédio recorrente cometido por um grupo de crianças à outra. A ação recebeu
o nome e sentença:”Bullying”, ato de perseguir e agredir moralmente a vítima.
Com o aumento da competitividade entre trabalhadores e da pressão do
empregador por mais resultados em menos tempo, o termo foi transladado para o
ambiente de trabalho, dando nova roupagem a um tipo crescente de assédio
moral. O “mobbing”, palavra derivada de “mob” (do inglês, “máfia”).
“Mobbing
é o assédio coletivo contra uma pessoa”, define José Carlos Ferreira,
diretor-adjunto do escritório da OIT (Organização Internacional do Trabalho)
no Brasil.(...)
O mais
conhecido tipo de assédio moral é o terror psicológico feito pelo chefe sobre
o subordinado. Segundo Margarida Barreto, uma das maiores especialistas do
país no tema, esse tipo representa 90% dos casos. Mas o provocado pelo grupo
ou por um colega sobre o profissional também preocupa: soma 8,5% dos casos.
(Folha de S. Paulo,02/07/2006)
INSTRUÇÕES:
Com base nos textos apresentados e,
eventualmente, em experiências pessoais, escreva um texto dissertativo em
prosa, obedecendo à norma padrão do português do Brasil, que deverá ter como
tema.
DO
BULLYING AO MOBBING: COMO TRATAR COMPORTAMENTOS AGRESSIVOS ENTRE COLEGAS?
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2008
Texto 1
Lili remodelou os olhos. Shuang tem uma testa
nova. Qian estreitou o nariz. Na China, as cirugias plásticas viraram uma
febre entre mulheres que buscam melhores empregos e maridos ricos. Agora,
elas até comemoram suas novas aparências no primeiro concurso de “Miss
Cirurgia Plástica” do país. Marie Claire foi ver a coroação de perto.
Wang Yuan, 18 anos, sorri radiante no palco.
Sua mãe está na plateia e não disfarça o orgulho que sente pela filha. Não é
para menos. A mãe de Yuan é cirurgiã plástica e, 11 meses atrás, usou seu
bisturi para refazer o rosto da filha. Foram quatro operações para remodelar
os olhos, o nariz, as maçãs do rosto e o queixo. “Implorei à minha mãe para fazer isso em mim. Não entendia por que eu
tinha de ser uma mulher comum, se podia ser linda”, diz Yuan.
“Entrei no concurso para provar que a cirurgia
não modifica quem você é, só corrige as imperfeições”, afirma. As
“imperfeições” incluem as feições clássicas chinesas, como nariz pequeno,
rosto largo e olhos estreitos. Como a maioria das jovens, Yuan admira a
aparência das mulheres do Ocidente.
(Marie
Claire, nov.2005)
Texto 2
A onda atingiu a
televisão japonesa, onde há dois anos o programa Beauty Colosseum é sucesso
de audiência. Num cenário Kitsch, com cores gritantes e colunas gregas de
papelão, mulheres desesperadas contam suas histórias ao casal de
apresentadores. São chamados de estilista, um cabeleireiro, uma maquiadora e
um cirurgião plástico. Um mês depois, elas voltam ao programa para mostrar
como uma boa cirurgia estética torna qualquer um feliz. O cirurgião que
participa do programa se tronou uma estrela e dirige uma rede de 14 clínicas.
“Antigamente, intervenções estéticas eram o tipo de coisa que só artistas ou
prostitutas de luxo faziam. Hoje, a plástica é mais popular e menos
dramática”, diz.
Na china, para crescer
até 10 centímetros, a população se submete a uma cirurgia dolorosa e
arriscada. A perna é quebrada em várias partes e estendida com o auxílio de
pinos no processo de calcificação. Popular também é a cirurgia na língua, que
facilita a pronúncia do inglês.
(Época,
21/05/2007)
Texto 3
Branquear-se é a
obsessão de milhões de africanas que, diariamente, untam a pele com produtos
abrasivos para tornar-se um pouco menos negras, para tornar-se um pouco menos
negras, para ascender na hierarquia social e alcançar seu objetivo final:
tornar-se mais desejáveis, agradar mais e aumentar sua própria autoestima.
Nessa corrida em
direção ao triunfo social, elas perdem desde queimaduras, estrias e acne até
alergias e mesmo câncer de pele. É um fenômeno presente em parte da África, sendo descrito
por alguns estudiosos como o “trauma pós-colonial”.
A prática não é nova –
começou no final do anos 60 -, mas os números não param de crescer, e, nos
últimos anos, alcançaram níveis preocupantes, segundo a Associação
Internacional (Aiida), presente no Senegal, na
França e em Mali.
Hoje, diz a entidade,
67% das mulheres senegalesas despigmentam sua pele. Em Togo, 58% o fazem, e,
em Mali, 25%.
(Folha de S.Paulo 03.04.2004)
Texto 4
O sociólogo Shinji
Kamikawa, 48 anos, crítico de TV no Japão, diz que “o oriente parece perdido
em muitos aspectos”. “A influência não é só de quem vai ao exterior e volta,
mas está em todos os lugares,
principalmente na televisão. Parece que estamos desenvolvendo um complexo de
inferioridade, de que aquilo que é falado em inglês é melhor, os costumes
estrangeiros são melhores”.
Ele reclama do fato de
os desenhos animados japoneses não apresentarem personagens com olhos
puxados. “Só pode prejudicar o processo de identificação de nossas crianças,
que começam a invejar os traços ocidentais.”
(Folha
de S. Paulo, 26.05.2002.)
INSTRUÇÃO: Escreva um texto dissertativo
sobre o tema:
GLOBALIZAÇÃO:
INFLUÊNCIA DO OCIDENTE NO PADRÃO DE BELEZA MUNDIAL – CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS.
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2009
INSTRUÇÃO: LEIA OS TEXTOS A SEGUIR.
TEXTO 1
O estudante Antonio do Santos Veiga, o Tuca, de
20 anos, não sabe explicar como os versos lhe vieram à cabeça. Mas a música,
composta em e menos de cinco minutos, durante uma caminhada pelas ruas da
Vila Madalena, em São Paulo, virou hino informal de uma das maiores torcidas
do Brasil. O grito “Aqui tem um bando de louco, louco por ti Corinthians”
marcou o apoio dos torcedores ao time em um momento difícil – o rebaixamento
para a segunda divisão no Campeonato Brasileiro de 2007.
Tuca contou com a ajuda de um colega para
divulgar o hino. Cantavam no ônibus, na volta dos jogos, ou na fila para
comprar ingresso para as partidas. Até que conseguiram convencer a torcida
organizada a puxar o grito. A primeira vez foi em março de 2007, no estádio
do Pacaembu, durante o intervalo de Corinthians e Pirambu, clube sergipano. “
No começo, éramos eu e meu amigo gritando. Quando o time voltou do intervalo,
o estádio inteiro estava cantando”, afirma o estudante. [...]
O neurocientista americano Daniel Levitin, que
trabalhou para grandes estrelas da música pop, lança uma teoria polêmica em
seu livro mais recente, The Word in
Six Songs (o mundo em seis canções), publicado em agosto nos Estados
Unidos e ainda sem edição brasileira. Ele afirma que seis tipos de música
influenciam a evolução humana: de amizade; de alegria; de conforto;
religiosa; de amor e de conhecimento. “ O poder da música foi capaz de mudar
culturas”, disse a ÉPOCA. Canções como as de conforto, que dão apoio em
momentos difíceis, e de alegria, que ajudam a motivar, são duas categorias.
“Foram as seis maneiras que nossos ancestrais usaram para se comunicar que
moldaram a natureza humana”.
Diz. [...] Levitin sustenta que todas as
canções, não importa em que categoria se encaixem, ajudaram o cérebro a
exercitar habilidades imprescindíveis à sobrevivência de nossos antepassados.
Ao transformar um sentimento ou informação em música, entra em ação a
capacidade de abstração e de imaginação. E a melodia entretém o cérebro em um
jogo de adivinhação (algo como “que nota vem depois dessa?”) .
Quando acertamos, nos sentimos recompensados.
Por isso, ouvir música é tão bom. Essa brincadeira de adivinhação teria
ajudado a desenvolver a capacidade de antever cenários e conferido uma vantagem
evolutiva aos humanos com tal aptidão. “Nós não gostamos de música porque ela
é bonita”, escreve Levitin. “Nós a achamos bonita porque os primeiros humanos
que fizeram bom uso dela foram os mais bem-sucedidos em sobrevivência e
reprodução”.
(Época, 05/08/2008.)
Texto 2
O
pianista lang lang
O pianista Lang Lang, de 26 anos, foi um dos
grandes vencedores da Olimpíada de Pequim. Lang, claro, não participou das
competições, mas firmou-se no papel de ícone da nova China. Na cerimônia de
abertura, tocou num horrendo piano branco (sugestão do cineasta e diretor do
espetáculo, Zhang Yimou, para quem a cor branca simbolizaria o futuro do
país).
Durante a festa de encerramento, atuou como
comentariasta para várias emissoras de TV do exterior. Lang destacou-se em
meio a 1,3bilhão de chineses tocando música erudita, um gênero que nos tempos de Mao Tsé-tung era
tido como “decadente”. Faz cerca de 120 concertos por ano a um cachê médio de
50 000 dólares (quantia que pode aumentar até cinco vezes, dependendo de quem
o contrata). Mora em Nova York, tem uma coleção de carros de luxo e atua como
garoto propaganda de celulares, canetas e carros esporte. Ainda assim, é um
orgulho da China comunista. “Estamos em meio a outra revolução cultural. Mas uma
renovação cultural do bem”, diz o pianista, em entrevista exclusiva a Veja.
(Veja, 10/08/2008)
Texto 3
Aos cinco e seis anos,
Ezequiel não parecia desmentir os meus sonhos da praia da Glória; ao
contrário, adivinham-se nele todas as vocações possíveis, desde vadio até
apóstolo. [...]
Gostava de música, não
menos que de doce, e eu disse a Capitu que lhe tirasse o piano o pregão do
preto das cocadas de Matacavalos...
- Não me lembra.
-Não diga isso; você não se lembra daquele
preto que vendia doce, às tardes...
- Lembra-me de um preto que vendia doce, mas
não sei mais da toada.
- Nem das palavras?
- Nem das palavras.
A leitora, que ainda se
lembrará das palavras, dado que me tenha lido com atenção, ficará espantada
de tamanho esquecimento, tanto mais que lhe lembrarão ainda as vozes da sua
infância e adolescência; haverá olvidado algumas, mas nem tudo fica na
cabeça. Assim me replicou Capitu, e não achei tréplica. Fiz, porém, o que ela
não esperava; corri aos meus papéis velhos. Em São Paulo, quando estudante,
pedi a um professor de música que me
transcrevesse a toada do pregão; ele fez com prazer (bastou-me repetir-lho de
memória), e eu guardei o papelinho; fui procura-lo. Daí a pouco interrompi um
romance que ela tocava, com o pedacinho de papel na mão. Expliquei-lho; ela
teclou as dezesseis notas.
(Machado de Assis,
Dom Casmurro.)
TAREFA : Escreva um texto
dissertativo que tenho como título:
A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA
NA VIDA DAS PESSOAS.
2007
LEIA OS TEXTOS A
SEGUIR, AUXILIARES AO DESENVOLVIMENTO DE SUA REDAÇÃO.
TEXTO 1
Texto 2
O jovem e a
sexualidade
Flávio Gikovate
Sabemos
que ainda é grande o número de moças que engravidam contra sua vontade apenas
porque pensam que “com elas nada de mau irá acontecer”. Sabemos também que o
nível de informação acerca das práticas sexuais poderia ser mais completo nas
classes sociais mais baixas.
De todo o modo, os moços estão muito mais bem
informados do que quando eu comecei a trabalhar o tema da sexualidade, isso
ainda no final dos anos 1960. Por outro lado, se pensarmos na questão sexual,
nas importantes diferenças que existem entre os sexos, na homossexualidade,
nas relações entre sexo e amor e principalmente nas questões relativas ao
amor, penso que o nível de ignorância é enorme. O amais grave é que a grande
maioria dos adultos não dispõe de informação mínima a respeito, de modo que não
podem sequer tentar orientar os moços sobre os quais teriam alguma
influência. Assim, no que diz respeito às trocas de carícias, à liberdade com
que elas são exercidas e como agir com o intuito de agradar e satisfazer o
parceiro, temos caminhado bastante. Agora, sobre as relações entre sexo e
agressividade, sobre o jogo de poder que se estabelece entre os sexos, sobre
as questões amorosas e sobre a
importância da amizade entre homens e mulheres, ainda estamos engatinhando.
O
maior problema dos adolescentes, que hoje se iniciam sexualmente antes mesmo
dos 16 anos de idade, é que essa fase da vida se caracteriza por uma
onipotência difícil de ser quebrada, mas sobre a qual deveríamos agir o mais
cedo possível. Nossos jovens devem ser esclarecidos desde cedo de que eles
não são criaturas privilegiadas e que carregam uma estrela na testa que lhes
protegeria contra as catástrofes ou todas as dores a que todos estamos
sujeitos. Isso depende de uma educação responsável desde os primeiros anos da
infância, educação realista, pois as ilusões e as falsas ideias devem ser
combatidas desde o início.
(...)
Meus
queridos alunos magnânimo estudo, tenham um esplendoroso vestibular, sejam felizes
como eu sou...
Façam
o que gostem de fazer, faça o seu melhor em tudo que forem se dedicar e tenha
os 5 princípios com base de existência.
Com
carinho de sua eterna Prof Dr Master Reikiana Aldry Suzuki
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