domingo, 13 de novembro de 2016

REDAÇÃO XVIII - MODELOS DE DISSERTAÇÃO - ALDRY SUZUKI AMO VOCÊS!!







REDAÇÃO XVIII

MODELOS DE DISSERTAÇÃO

ALDRY SUZUKI  AMO VOCÊS!!





1.    A DISSERTAÇÃO ESCOLAR

O aluno do ensino médio, em especial o vestibulando, costuma elaborar sua dissertação firmando-se no senso comum, que decorre de raciocínios indutivos e dedutivos, de observações, de experiências de vida, de intuições, de consensos, dos quais infere juízos e conclusões.


No senso comum, a argumentação fundamenta-se em evidências e afirmações destituídas do rigor  da pesquisa da comprovação científica. Muitas vezes o senso comum procede de silogismos que falseiam os argumentos, gerando falácias e divagações. Por exemplo: num tema que enfoque a violência, um argumentos, gerando falácias e divagações. Por exemplo: num tema que  enfoque a violência, um argumento falacioso, próprio do senso comum, seria “provar” que os marginais são desempregados (premissa maior), pois o desemprego vem aumentando nos últimos anos (premissa menor), e que, portanto, todos os desempregados são marginais (conclusão). Esse costuma ser o raciocínio pretensamente lógico fundamentos, teorias, informação, enfim, conhecimento.


Pode-se definir conhecimento como a habilidade que tem o homem de acumular dados para  interpretar o meio que o cerca. Para se expressar dissertativamente, o indivíduo usa os conhecimentos empíricos, filosóficos ou científicos.


O saber empírico combina o senso comum, a apreensão particular do mundo e as aparências que dele inferimos. Pelo conhecimento filosófico, observamos e intuímos a essência do ser, as questões subjetivas e ontológicas. Já o científico compreende a análise comprobatória, apoiada em dados verificáveis.


Se considerarmos como objeto da ciência a construção de um saber para a melhoria das condições de vida do homem, deveríamos dominar esse saber para nele fundamentar nossas discussões, recorrendo às ciências humanas (Sociologia, Psicologia, História, Antropologia, Linguística etc.), exatas (Matemática, Física, Química, Economia etc.) e biológias (Farmácia, Veterinária, Medicina, Enfermagem etc.)


Entretanto, do aluno secundarista não se cobra a profundidade do saber filosófico ou cientíco, pois sua formação escolar garante apenas noções básicas das principais áreas do conhecimento, aprendidas no ensino fundamental  e médio, compatíveis com a capacidade de um adolescente.


O que se espera do aluno não é um acervo mental enciclopédico ou uma cultura essencialmente livresca, mas o interesse pelas fontes de conhecimento que o mundo lhe oferece, por meio dos códigos e das ideologias que lhes correspondem: a música, o cinema, o teatro, as artes plásticas etc.


Mesmo os meios de comunicação de massa, que muitas vezes contribuem para a diluição da cultura e a pasteurização da linguagem , podem, em alguns programas seletos (documentários, debates, jornalismo, inter-pretativo), pôr o aluno em contato com um manancial de informações.


A escola, por sua vez, oferece ao aluno um panorama das principais áreas do conhecimento: Química, Física, Matemática, Geografia, História, Biologia, Educação Física, Língua e Literatura. Na dissertação escolar costumam ser oportunas as relações que estabelecemos a partir dessas disciplinas, das leituras que empreendemos (livros, revistas, jornais) e das experiências que incorporamos no cotidiano.


Assim, o senso comum logicamente ordenado, as noções das principais áreas do conhecimento, a visão empírica e as vivências culturais são a garanti de uma fundamentação coerente para um texto dissertativo.






2.    Receita para um texto dissertativo

Considerando os procedimentos técnicos estudados nestes capítulos para elaborar uma dissertação, observe como você pode aproveitá-los na criação de um texto dissertativo.



Como começar?
Após depreender o tema, transforme-o numa interrogação. A resposta a essa pergunta desencadeará as ideias. Reflita sobre o enfoque a ser dado: pense na possibilidade de concordar com o tema (total ou parcialmente), refutá-lo ou fazer uma oposição de ideias. Depois dessa reflexão, rascunhe livremente seu texto ou planeje o conteúdo (sequência de ideias).



Como elaborar ?

Para construir o parágrafo introdutório, considere as abordagens mais coerentes com o seu conhecimento sobre o tema – uma citação, uma definição, uma interrogação, uma trajetória histórica, uma enumeração, uma oposição  etc., podendo combiná-las ou não.


Como discutir?

Qualquer que seja o enfoque, selecione os argumentos(para endossar , refutar ou fazer oposições). Anote evidências, situações do cotidiano, fatos históricos; relacione causa e consequência; pense, enfim, nos exemplos que melhor fundamentam sua discussão. Opere com o raciocínio indutivo ou o dedutivo ( ou ambos).



Como argumentar?

Observe se cada parágrafo argumentativo desenvolve adequadamente uma ideia-núcleo (através de evidências, exemplos, relações de causa e consequência etc.)




Como concluir?

Para concluir, proceda de forma coerente com a discussão: sintetize o assunto, retome o ponto de vista da tese ou lance uma perspectiva  sobre o problema.







Etapas para
Elaborar uma dissertação



1)Ler atentamente o tema e refletir sobre o assunto de que trata.

2)Fazer um esboço mental do encadeamento que se pretende dar às ideias.

3)Elaborar o rascunho, evitando desviar-se do ponto de vista assumido.

4)Direcionar o texto para a conclusão desejada.

5)Ler o texto, submentendo-o a uma avaliação crítica.

6)Passá-lo a limpo, observando as regras gramaticais.

7)Dar o título à redação, adequando-o ao seu texto.





Orientação para
Elaborar um dissertação

#Seu texto deve apresentar tese, desenvolvimento (exposição/argumentação) e conclusão.


#Não se inclua na redação, não cite fatos de sua vida particular, nem utilize o texto com fins doutrinários. Redija na terceira pessoa do singular ou do plural, ou ainda na  primeira pessoa do plural.

#Seu texto pode ser expositivo ou argumentativo (ou ainda expositivo e argumentativo). As ideias-núcleo devem ser bem desenvolvidas, bem fundamentadas. Evite que seu texto expositivo ou argumentativo seja uma sequência de afirmações vagas, sem justificativa, evidências ou exemplificação.

#Atente para as expressões vagas ou significado amplo e sua adequada contextualização. Ex. conceitos como “certo” . “errado”. “democracia”, “justiça”, “liberdade”, “felicidade”, etc.

#Evite expressões como “belo”, “bom”, “mau”, “incrível “. “péssimo”, “triste”, “pobre”, “rico” etc.; são juízos de valor sem carga informativa, imprecisos e subjetivos.

#Fuja do lugar-comum, frases feitas e expressões cristalizadas: “a pureza das crianças” , “a sabedoria dos velhos”. A palavra “coisa”, gírias e vícios de linguagem oral devem ser evitados, bem como o uso de “etc.” e as abreviações.

#Não se usam entre aspas palavras estrangeiras sem correspondência na língua portuguesa: hippie, status, dark, punk, laser, chips etc.

#Não construa frases embromatórias. Verifique se as palavras empregadas são fundamentais e informativas.

#Observe se não há repetição de ideias, falta de clareza, construções sem nexo (conjunções mal empregadas), falta de concatenação de ideias nas frases e nos parágrafos entre si, divagação ou fuga ao tema proposto.

#Caso você tenha feito uma pergunta na tese ou no corpo do texto, certifique-se de que a argumentação responde à pergunta. Se você eventualmente encerrar o texto com uma interrogação, esta pode estar corretamente empregada desde que a argumentação responda à questão.

#Verifique se os argumentos são convincentes e se baseiam em fatos notórios ou  históricos, conhecimentos geográficos, cifras aproximadas, pesquisas e informações adquiridas por meio de leituras e fontes culturais diversas.

#Se considerarmos que a redação apresenta entre 25 e 30 linhas, cada parágrafo pode ser desenvolvido entre 3 a 6 linhas. Você pode ser flexível nesse número, em razão do tamanho da letra ou da continuidade de raciocínio elaborado. Tome cuidado no seu texto com os parágrafos prolixos ou muito curtos, bem como com os períodos muito fragmentados, que resultam numa construção primária.






3.    Exemplos de textos
Dissertativos de alunos


Reunimos algumas redações de alunos do terceiro ano e Curso como modelos de dissertação que evidenciam  habilidade discursiva, organização de ideias, precisão argumentativa e reflexão questionadora. Esta  coletânea visa estimular o futuro vestibulando, apresentando-lhe trabalhos elaborados por alunos, aplicando-se na tarefa de aperfeiçoamento, redacional. Assim, aprecie a diversidade de abordagens, a clareza da linguagem, a fundamentação convincente, a profundidade reflexiva, a coerência estrutural.


Verdadeiro dilema
São sete horas da manhã. O despertador toca  e avisa que é o momento de partida. Milhões de pessoas saem em direção ao trabalho e já colocam o celular para funcionar. No meio do caminho , assistem à televisão, escutam o rádio, olham para o BIP. Ligam o computador e impõem maior agilidade ao fax. Conversam por e-mail e com a secretária eletrônica. Voltam às suas casas e apertam o próprio controle remoto. Dormem e já estão prontas para o próximo dia.
O avanço tecnológico baseado nos ideais da Revolução Industrial trouxe ao homem significativos progressos. A noção de liberdade e de comodidade passou a frequentar os lares de todo o mundo, o que acarretou o surgimento de uma ideologia apoiada no uso contínuo de produtos industrializados. No entanto, atualmente, o próprio homem tem percebido que esse uso tem ocasionado profundas mudanças na sociedade em que vive.
A substituição do mundo real pelo virtual é um exemplo típico dessa nova Era. As pessoas se acostumam a conviver com o progresso da máquina: além de facilitar a rotina árdua do trabalho, também passou a influenciar nos sentimentos e preocupações do homem, comprovando o quanto a dependência da tecnologia tem alcançado níveis extremos nos últimos tempos.
No entanto, a mesma tecnologia está trazendo problemas intensos. A “tecnostress”, como é chamada a tensão ocasionada pelo excesso de tecnologia, simboliza a proliferação desse mal por todo o planeta. As pessoas se esquecem de conviver entre si e passaram a relacionar-se com máquinas. Fim-de-semana para diversão? Churrasco com os amigos? Essas expressões desapareceram do vocabulário cotidiano. O que impera é o controle do computador, do celular , do BIP, da secretária eletrônica...
Portanto, é visível o quanto a tecnologia vem acarretando mudanças no modo de vida da população. A fim de evitar um avanço negativo, é necessário que haja um melhor entendimento das reais funções que a máquina pode desempenhar na evolução do ser humano. Afinal, quem dirige a locomotiva do mundo, máquina ou homem?
     (Aluno Mathias da Silveira T.Xavier)




Vencer para oprimir

Criada em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos tem por princípios igualar a condição social dos homens no mundo, formando um amálgama societário. Porém, sua aplicação, aos olhos mais atentos, não passa de mera campanha burocrática.
Desde o seu surgimento, essa declaração é citada por todo chefe político como forma de humanizar as relações entre os povos, mas as nações desprovidas de suporte financeiro apenas a conhecem de nome. Não há aplicação prática desses direitos em continentes como África, Ásia, América Latina, onde a fome, o desemprego, as pestes, a escravidão, o trabalho infantil, desenvolvem-se de forma assustadora.
Todos esses acontecimentos, por vezes, são omitidos ou ignorados pela ONU – Órgão criado no pós-guerra pelas nações vencedoras, com o intuito de minimizar diferenças sociais – que deveria gerir a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Uma equação conivente com a necessidade que têm os países prósperos de aproveitar-se da miséria vizinha aumentando, dessa forma, seus lucros em detrimento de populações miseráveis.
Resta às nações flageladas o único direito garantido ao oprimido: o de assistir à história criada e contada pela ótica do vencedor ou opressor do momento.

                        (Aluno Áriston Moraes)



A nova face da criminalidade juvenil

O estigma do delinquente jovem sempre foi a pobreza, a cor negra e o pouco estudo. Apesar de nada justificar a escolha desse caminho, era possível compreender a realidade em que essas crianças e adolescentes viviam e as razões que os impulsionavam ao crime. Contudo, ocorre atualmente um fenômeno que tem causas do bem mais profundas. Os jovens  de classe média têm aumentado sua frequência nos noticiários policiais. Os motivos que os atraem ao mundo do crime são totalmente diversos dos do primeiro grupo. No caso dos meninos com boa educação e situação financeira estável, pesam principalmente três fatores: crise familiar, educação permissiva e consumismo desenfreado.
Os pilares sustentadores da família enfraqueceram-se e o que se vê é o aumento do número de divórcios, pais drogados, alcoólatras e omissos quanto à educação dos filhos. Dessa forma, as crianças perderam seu referencial de conduta e passaram a crescer sem valores mais sólidos.
Quando o problema não se encontra na estrutura familiar, pode ser detectado no tipo de educação muito severa, repleta de proibições e sem diálogo, veem em seus filhos a saída para suas frustrações. O resultado é uma educação permissiva e sem castigos. Certos da impunidade, os adolescentes, que naturalmente têm postura semidivina, extrapolam seus limites, aderindo ao uso de drogas e à alta velocidade para sentirem-se aceitos pelo grupo a que pertencem.
A Cultura consumista do capitalismo, unida à cultura televisiva, constrói a imagem do jovem ideal: rico, bonito, magro e coberto com roupas de marca da cabeça aos pés. O jovem intelectual, ao contrário, passa a ser encarado como “nerd” , sendo marginalizado pela sociedade na qual vive. O “ter” superou o “ser” e contribui para que o adolescente faça qualquer coisa para ter status.
Assim, é possível compreender que os motivos que impulsionaram os jovens de classe média ao crime são mais complexos quando comparados aos  que levaram os jovens pobres à delinquência, já que gravitam em torno de questões mais profundas como educação e valores morais. Tornam-se necessárias, por isso, mudanças familiares, educacionais e sociais. Caso esses princípios não sejam revistos e modificados com o intuito de formar cidadãos íntegros, mais e mais adolescentes interromperão seus estudos e se isolarão da família e de antigos amigos para adentrarem o mundo das drogas, do tráfico, do roubo, do sequestro e do homicídio. É preciso aproveitar a pulsação juvenil para realizações que contribuirão para o crescimento do país, não mais permitindo que crianças e adolescentes sejam recrutados pelo exército do crime.
            
(Aluna Mariana Esmeraldo Fernandes Santos)



Felicidade instantânea
Com o advento da Internet, um fenômeno novo vem ocorrendo. Muitos sociólogos e psicólogos têm estudado este comportamento que encontra na rede mundial o seu meio de propagação, mas que é reflexo da cultura e não fato isolado.
A cada dia, mais e mais pessoas relacionam-se pelo computador, contudo, relacionamentos impessoais não são exclusividade dos teclados. A juventude tenta, com relacionamentos instantâneos, enxertar o espaço gerado por sua carência afetiva, uma ilusão de preenchimento sentimental, expondo-se muitas vezes a situações desapontadoras e até constrangedoras.
No contexto das grandes cidades é que mais existe inclinação para esse comportamento individualista, e explicações  para isso estão numa sociedade a cada dia mais competitiva, em que a cultura de fraternidade, muito comum nas cidades pequenas, onde a vizinhança se conhece e onde vínculos afetivos se formam, foi substituída pela cultura do interesse  e da hipocrisia daqueles que se digladiam por um posto melhor no emprego, por um salário maior, fazendo imperar a ostentação e muitas vezes esquecendo os valores humanitários.
Nesse cenário, em que as pessoas estão cada vez menos dispostas a relacionamentos estáveis, é que os “namorados virtuais” surgem como grande solução para muitos que renunciam a sua vida pessoal e se dedicam exclusivamente ao trabalho.
Entretanto, não é em relacionamentos momentâneos que reside a solução para uma  vida vazia de significação, pois estar solitário não significa estar desacompanhado. Na realidade, o que hoje impera  é o uso do subterfúgio de uma relação desimpedida e livre, que mascara a dificuldade de se abrir, quebrando a barreira da impessoalidade para se aprofundar em um relacionamento  que pode ser mais complicado, trabalhoso e amedrontador, mas sem dúvida é mais recompensador.

 ( Gabriel Saad K. Buschinelli)
Livros desprezados

Grave problema presente no Brasil é o baixo nível cultural da população devido à falta de leitura de boa qualidade. Segundo o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), que verifica a capacidade de leitura do jovem, dentre os 32 países envolvidos na pesquisa de 2001, o nosso ficou com a última colocação.
Um dos fatores que provocam a falta de domínio da  leitura na avaliação brasileira é a escassez de livrarias: apenas uma para cada 84,4 mil habitantes. Porém, essa não é a única razão: o brasileiro prefere ler futilidades que pouco ou nada acrescentam ao seu intelecto a se dedicar aos grandes nomes de literatura.
Os políticos tentam suavizar a situação do semi-analfabetismo gerada pela falta de  leitura com o discurso de que é perfeitamente normal que algumas pessoas alcancem  o final do ensino médio sem saber expressar suas ideias por meio da escrita. Obviamente, é “perfeitamente normal”, visto que o sistema de repetência foi indevidamente abolido nas escolas públicas.
É imprescindível que a leitura no Brasil seja estimulada desde a infância e que o sistema de ensino sofra uma revisão. Nossa nação não pode aspirar ao desenvolvimento tendo tão deficiente capital humano.

  (Aluno Alexandre Budu)





A sociedade humana
Desde os primórdios da existência humana, é possível identificar períodos definidos que regem uma época, em que todos os indivíduos buscam adequar-se a padrões  preestabelecidos. No decorrer da história, porém, é fácil enxergar a ruptura de dogmas responsáveis pela organização do modo de vida, levando assim a uma mudança dos padrões culturais, sociais e econômicos.
A igreja, por exemplo, exerceu sua supremacia no mundo medieval, sendo ela detentora dos poderes político e espiritual; ao povo e à nobreza cabia a aceitação das normas estabelecidas, pois acreditavam estar submetidos a um momento histórico, sem poder muda-lo. Entretanto, homens como Lutero contestaram leis, quebraram regras e reconstruíram a época em que viviam.
Acreditar que somos capazes de mudar qualquer aspecto de nossa vida é talvez o primeiro passo para conquistarmos um futuro com o qual concordemos. No entanto, é preciso conhecer nossas limitações e aceita-las, a fim de que não tenhamos o coração amargurado por frustações.
Em suma, mudar é preciso, faz parte da natureza humana. Admitir que existem limitações é uma necessidade. Acreditar ser capaz de realizações significativas é primordial. Vale lembrar que Galileu, Galilei, Leonardo da Vinci, Nicolau Copérnico, considerados loucos por seus contemporâneos, foram incapazes de mudar sua época, mas capazes de revolucionar o mundo.

(Aluna Cristiana Conceição da Silva)


Império da Beleza
É intrínseco ao ser humano apreciar o belo que, mesmo antes da antiguidade até os dias atuais, é objeto de inspiração para poetas, músicos, pintores e tantos outros que se manifestam artisticamente.
Mas é preciso considerar que o conceito de beleza é mutante e, nos dias atuais, volátil.
Com o desenvolvimento da tecnologia de cosméticos e de cirurgias plásticas, os produtos e serviços oferecidos crescem a cada dia e seduzem principalmente as mulheres. Estas procuram o que os comerciais, revistas, passarelas e outros meios vendem e, diante da variedade e rapidez dos lançamentos, muitos passam suas vidas em constante esforço para atingir seu ideal, ou melhor, um modelo preexistente de beleza representado por modelos e atrizes.
Algumas delas declaram a quantia vultosa (até quinze mil reais) que gastam por mês com os mais diversos rituais de beleza, desde  cremes até aplicação de botox e cirurgias plásticas. É a beleza ostentatória que mantém  o mercado sem recessão, contrário de outros setores da economia nacional. Afinal, qual mulher não se deixa seduzir pelas promessa da publicidade, principalmente a dos cosméticos, que oferece a fórmula para retardar o tempo? Todos querem  o elixir da vida jovem e bela e se ele não vem em pote, vem pelas mãos que seguram um bisturi.
A supervalorização do físico tem evidências por toda parte. Basta, por exemplo, notar o número de revistas dedicadas ao assunto ou ir a uma drogaria verificar que ela já se adaptou ao mercado e oferece não só remédios, mas também uma grande variedade de produtos de beleza.
O que, porém, pouco se discute é a razão dessa futilidade que envolve a incansável busca por enquadrar-se no pressuposto padrão de beleza.
Em um tempo em que tudo é rápido, instantâneo, realmente a primeira impressão pode ser a que conta. O aspecto físico é o “carão de visitas” e torna-se determinante até mesmo na escolha por um profissional, deixando em segundo plano a capacidade intelectual.
Na escolha de um companheiro ou companheira a aparência sobrepõe-se a outras qualidades que são indispensáveis a qualquer relacionamento, como respeito e boa convivência que deixam ambos felizes e satisfeitos. A pessoa ideal é aquela que mais se aproxima do tido como belo.
Ou seja, para ser bem-sucedido na vida e ser feliz, a beleza é fundamental; e como é típico do ser  humano a busca pela felicidade, ele luta incansavelmente para tornar-se apto ao sistema.
Assim, fica claro que a busca por beleza é antes menos uma realização(necessidade?) pessoal do que uma imposição da sociedade, principalmente a de consumo, que define de maneira despótica e cruel o que é belo e exclui aqueles que não se encaixam no perfil. É a criação de novos “apartheids” vazios de sensibilidade e que descartam a natural subjetividade da beleza.

(Aluna Carolina Ribeiro B. de Souza)


Autodestruição
Há tempos a questão da preservação do meio ambiente entrou no dia-a-dia das discussões do mundo inteiro. O excesso de poluição emitida pelas indústrias e automóveis e a devastação das florestas são as principais causas do efeito estufa e finalmente se tornaram motivo de preocupação. Contudo, até agora, os resultados pró-natureza são insignificantes perto dos prejuízos causados a ela.
Essa diferença tem razões econômicas. Não é simples nem vantajoso uma fábrica que emite grande quantidade de poluentes comprar equipamentos que amenizam tal emissão. O mesmo acontece com os automóveis, grandes vilões do ar nas cidades. Segundo reportagens, carros e ônibus velhos poluem quarenta vezes mais do que os novos, e não é por falta de vontade que os donos não os trocam, e sim por falta de dinheiro. Concluímos, então, que o mundo capitalista inviabiliza um acordo com o meio ambiente e, enquanto isso , o planeta adoece.
Outro problema é a falta de informação e educação ambiental. Muitas pessoas ainda desconhecem os malefícios do efeito estufa, como, por exemplo, o aumento de temperatura e, como consequência, a intensificação das secas. Esse desconhecimento somado ao egoísmo e descaso humano trazem-nos uma visão de futuro pessimista. Das poucas pessoas cientes desse problema, muitas não o levam a sério e não tentam mudar suas atitudes buscando uma solução. Enquanto os efeitos dos nossos atos não atingirem proporções mais danosas, permaneceremos acomodados com a situação, deixando para nossas futuras gerações o dever de “consertar” o meio ambiente.
A triste conclusão a que chegamos é a de que  a prudência e o bom senso do ser humano  não são mais fortes que sua ambição e egoísmo. Estamos destinados a morrer no planeta que matamos.

   (Aluna  Mariana Yamamoto Martins)


Cem anos de República
Desde a proclamação da República até hoje, passamos por uma sequência de golpes militares e fraudes eleitorais, com pequenos momentos de democracia. Após vinte e um anos de ditadura que nos empurraram para o abismo, criando politiqueiros e exploradores do povo, é que tivemos a oportunidade de eleger o “nosso” presidente.
A república surgiu torta, malfeita, beneficiando a casta dominante, num maldado golpe militar. Durante um século de ditadura, direta ou indireta, os governantes exploraram e torturaram seus governados, cassando nossos direitos políticos e de liberdade de expressão. Com sucessivos Atos institucionais, a ditadura militar impôs o medo à população. Para não correrem mais riscos de levantes esquerditas, tornaram ilegal o PCB e autorizaram a criação de apenas dois partidos: ARENA e MDB. Silenciaram a imprensa.
Dezenove anos após o golpe militar, consagrou-se a maior manifestação popular brasileira, quando clamávamos por eleições diretas para presidente, num instinto de liberdade que explodiu, mas ainda ficou sufocado por mais seis anos.
Em 1989, 29 anos após a última eleição presidencial, o país respira política. Depois de muita discussão, brigas partidárias, debates substancialmente proveitosos, é que conseguimos eleger, por voto direto, o governante desejado pela maioria da população.
O Brasil está consciente de que uma mudança é necessária. A elite já não e tão dominante e o povo, cansado de injustiças, vai provar que é ele quem manda. A partir de 15 de março de 1990 o Brasil enterrou definitivamente a mancha ditatorial de seu passado e parte rumo ao tão esperado progresso.

           (Aluno Henrique Houoruski)


O papel da tecnologia
A informática está presente em todas as atividades desenvolvidas pelo homem. A informatização visa à economia de recursos e de tempo. É uma ferramenta imprescindível que deve ser bem aproveitada.
O uso da computação permite o armazenamento e a  manipulação de uma quantidade enorme de dados. Assim, as informações podem ser transmitidas com maior rapidez, permitindo maior agilidade na tomada de decisões e diminuindo a margem de erro.
Na indústria, a automação propicia o aumento da produtividade e a diminuição dos desperdícios. Os robôs substituem ,com sucesso o homem em algumas atividades insalubres ou que exigem grande precisão.
Porém, a presença intensiva da lata tecnologia tem trazido alguns problemas, tais como: a radicalização da competição dentro do mercado e o desemprego devido à aplicação irresponsável da automação. Esses fatos depõem contra os benefícios propiciados pela informática.
Deve-se notar que o convívio do homem comum com a te alta tecnologia ainda é problemático. A humanidade encontra-se ainda num processo de aprendizado em busca do domínio das conquistas tecnológicas de forma a anular os aspectos negativos do progresso.
             (Aluno Olavo Ossamu Inowe)



E a bola continua a rolar...
A opinião geral a respeito do futebol brasileiro parece confirmar que os craques nacionais têm algo no sangue que lhes dá a competência tão cobiçada por  times estrangeiros.
Sabe-se, por um lado, que a competência esportiva não é dádiva da natureza, mas sim furto de muita dedicação. Não são os glóbulos  vermelhos, porém os treinos constantes que constroem o bom esportista.
Por outro lado, os grandes jogadores de futebol deste país provêm de classes sociais financeiramente desfavoráveis e, desse modo, não têm acesso às academia e clubes. O que lhes explica o destaque profissional é que , sendo o futebol um jogo de astúcia e esperteza, muito mais do que um conjunto de técnicas, sua melhor escola é o espaço da malandragem: a rua, onde todos se iniciaram.
Matéria-prima não falta: lata de cerveja, saco de lixo, gato vira-lata, bolota de jornal amarrada; tudo vira bola para o campo de terra improvisado num pedaço de rua, onde calejam pés e ralam os joelhos, num samba esquisito, que mostra toda uma ginga de quadris num emaranhado de pernas.
Assim, se diversos pratos culinários, hoje tão apreciados no Brasil, são resultado da fome do negro escravo trabalhada com os restos do alimento do senhor branco, igualmente o bom futebol brasileiro , não menos apreciado, advém, em última análise, da fome de lazer do garoto de rua, trabalhada com a sucata que provém da sociedade

          (Aluno Elcio Valente Guimarães)


Distorções recrimináveis
A prioridade do governo deveria ser dada à questão fundamental, que é a reforma agrária. Sem ela, o país torna-se cada vez mais deficiente, havendo uma desestruturação entre os setores da economia e da sociedade.
O problema agrário no Brasil é arcaico, verificando-se desde o período colonial um crescente aumento de propriedades (inicialmente sesmarias) nas mãos de um pequeno número de privilegiado por créditos concedidos pela metrópole.
A partir daí, forma inúmeras as crises causadas pela má distribuição de terras. Leis e instituições, foram criadas com a finalidade de diminuir a concentração de terras. Porém, a maior parte dos países da América Latina possui áreas totalmente inexploradas que se encontram em mãos dos grandes latifundiários, os quais se recusam a distribuí-las para que possam ser utilizadas de forma útil e produtiva.
Apesar de a pequena propriedade ter importância vital na economia, pois é ela que faz frente à produção de alimentos, visto que no latifúndio predominam áreas ocupadas pela pecuária ou simplesmente inexploradas, recebe um crédito oficial mínimo. Há uma grande proliferação dos latifúndios em oposição à queda rápida dos minifúndios como decorrência de endividamentos e especulações.
Com a venda das terras, os chamados “sem-terra” transformam-se em míseros boias-frias ou migram para as cidades, tornando-se favelados e constituindo um novo problema para a sociedade.
É evidente que os planos sobre reforma agrária estão longe de se concretizar. A ineficiência do INCRA provou que o Brasil está longe de conquistar uma reforma como a da China ou da URSS.
Vários setores deveriam ser questionados e mudados através de uma política firme e justa, para que ninguém saísse prejudicado. Dizer que o minifúndio é inviável significa dizer que o país está sendo administrado por excessiva repressão e dominação total dos poderosos sobre os oprimidos.

                       (Aluna Cristiane Simioni)


Quando o fim é progredir
Há milhares de anos o universo existia em harmonia. Os ciclos de escuridão e luz se alternavam periodicamente. As estrelas nasciam, brilhavam e explodiam. Sempre o mesmo ciclo. Harmonia. Tranquilidade. A luz fez um planeta fértil. Plantas surgiram.  A harmonia continuou. Animais surgiram. Sucederam as eras geológicas. Surgiu, então,  o homem. O homem não se contentou com os ciclos naturais. Construiu ferramentas e com estas ergueu cidades, afastando-se até da memória dos campos, da vida simples e natural.  A harmonia se despedaçou.
Ao homem foi dado o domínio da tecnologia, mas ele a usou para a destruição. Foi dada também a conquista do meio, mas ele o converteu em sua própria prisão. As florestas foram arrasadas. A atmosfera foi poluída. Enfim, a Terra criou o homem e foi destruída por sua criação.
Os mais sábios tentaram impedir o progresso, mas o lucro do momento fechou os ouvidos do homem. A avalanche continuou. A cada um competiu para transformar uma parte maior do todo. Ignoraram completamente o ciclo natural. Materialismo passou a ser o novo indicador.
O progresso abalou o homem até onde a ambição alcança. Ele cada vez sabe mais, consegue mais e constrói mais. Só que não percebe, em sua escalada, a possibilidade da queda. Quando ele se der conta dos abusos que comete, será tarde demais para voltar.

                       (Aluna Sandra H. Gordon)



S.O.S consciência brasileira

É difícil compreender como nações, que também possuíram vegetação original nos seus territórios e a destruíram, queiram agora, com os lucros advindos dessa exploração e com o consequente poder adquirido por meio do capital gerado, oferecer proteção às nossas matas.
Na Europa e nos Estados Unidos existem vários rios mortos pela devastação e pelo desrespeito ao meio ambiente. As porções florestais nesses ditos países desenvolvidos, dotados de uma cultura superior, praticamente inexistem. É fácil para eles demonstrar eficiência no patrulhamento dos parque, no controle de incêndios em grandes proporções, posto que os recursos disponíveis são mais que suficientes para o treinamento e o equipamento da polícia florestal.
A Europa e os Estados Unidos são os maiores compradores de madeira-de-lei(em toras) do Brasil, madeira esta extraída da Selva Amozônica e conduzida até os afluentes maiores, onde é recolhida por embarcações estrangeiras , sendo levada para fora do país com o consentimento ilícito das autoridades brasileiras.
O desmatamento deve ser discutido muito mais como questão  moral e política do que por razões ecológicas, já que os maiores devastadores da floresta são os projetos de exploração mineral e de represamento de águas que fornecem energia para complexos no centro da mata. Rios s]ao destruídos quimicamente, quilômetros quadrados de floresta são inundados sem o menor estudo ecológico, nem avaliação dos danos à natureza.
Depois desse dados, fica mais difícil ainda compreender como as nações que financiam os maiores projetos de devastação  queiram oferecer proteção àquilo que eles indiretamente destroem.
Faz-se necessária uma conscientização nacional para o  maior perigo e o maior destruidor, que é o capital estrangeiro. Só com um trabalho conjunto do povo brasileiro  e do capital nacional é que a Amazônia será preservada.

           
(Aluno Mário Cassio Vieira Marques Maurício)





Sapatinho de jornal
A imagem do garotinho de rua batendo no vidro do carro para pedir um trocado é muito conhecida de todos nós.
Não é raro olharmos para eles e sentirmos-nos incomodados – Como podem importunar assim? Pivetes mal-educados! Quandovemos – ou somos vítimas – um assalto praticado por eles, surgem indignações – Como Têm coragem de assaltar um trabalhador, um homem de bem? Bandidos!
O fato é que julgamos essas crianças utilizando os mesmos critérios que usamos para julgar crianças educadas em escola, com comida  na mesa, beijos de boa-noite; ou seja , queremos que elas saibam quando estão sendo incômodas, que falar palavrão é feio e assaltar é pecado. Negligenciamos o fato de que essas crianças nunca estiveram na escola, desconhecem o significado de ser bem tratado ou de ganhar presentes de Natal.
Elas sentem que não são benquistas, sentem-se só , desejam  vingança, matam. Não sabem discernir entre o bom e o mau homem, por isso não se constrangem ao assaltar turistas estrangeiros e, assim,  “sujar”a imagem do Brasil no Exterior.
Elas não estaõ fazendo mais do que se vingar da nossa omissão em relação a elas, o que também é uma forma de violência.
Deixamos a responsabilidade pela miséria infantil a cargo do  governo, e camuflamos nossa indiferença contribuindo com megacampanhas beneficentes de fim de ano – só de fim de ano.
Temos de aceitar que essas crianças são nossas e continuarão bem perto de nós, todos os dias. De nada adianta fechar-lhes o vidro do carro: elas baterão com mais força. A melhor seria deixar de trata-las como marginais, para que assim, elas deixem de ser marginais.
(Aluna Melissa Muniz Freire)



Pichação: arte ou deboche?
A pichação tornou-se um elo entre o público e os emissores anônimos.
Por serem os muros semelhantes a gigantescas cartolinas, ou a telas de cinema, as pessoas veem neles panos de fundo ideais para deixarem suas  mensagens.
Muitas vezes, uma pichação pode ser encarada como uma obra de arte, afinal ambas têm papéis semelhantes: criticar, sensibilizar, pregar uma ideologia, defender uma causa ou propor novos valores.
Entretanto, a pichação pode ser usada como uma arma de deboche e agressividade, já que os pichadores veem no fato de sujarem os muros e monumentos, com suas frases, um modo para expressarem sua rebeldia.
Tendo ou não  uma função social, as pichações são um retrato do momento em que foram feitas, pois mostram os anseios, as atitudes, as necessidades e as virtudes da sociedade a que pertencem.
               
 (Aluna Maria Claúdia Nami Cruz)






1-    TEMA PROPOSTO
Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação aos outros com espírito de fraternidade.


(Art. Primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos – ONU)

Irmãos, cantai esse mundo
Que não verei, mas virá
Um dia, dentro em mil anos,
Talvez mais... não tenha pressa.
Um mundo enfim ordenado,
Uma pátria sem fronteiras,
Sem leis e regulamentos,
Uma terra sem bandeiras,
Sem igrejas nem quartéis,
Sem dor, sem febre, sem ouro,
Um jeito só de viver (...)

(Carlos Drummond de Andrade )



Torna-me humano, ó noite, torna-me fraterno e solícito.
Só humanitariamente é que se pode viver.
Só amando os homens, as ações, a banalidade dos trabalhos,
Só assim – ai de mim! – ,só assim se pode viver.

( Fernando Pessoa )


Uma utopia da utopia
Muitas vezes, perante conjunturas sociopolítico-econômicas adversas, a tão propalada racionalidade humana perde seu sentido e dá lugar à imaginação. Diante da total  incapacidade de reversão de uma situação sociopolítica, o ser humano desenvolveu a habilidade de sonhar e fantasiar uma nova realidade; através disso consegue projetar suas expectativas e anseios. A partir desses devaneios surgem as chamadas utopias sociais que visam promover formas alternativas de desenvolvimento social.
A História nos revela uma sucessão infindável de utopias sócias e de utopistas: Platão, que propôs uma sociedade governada por intelectuais; Santo Agostinho, que me seu livro A cidade de Deus propôs um modelo de sociedade teocrática; Thomas Morus, que faria críticas à sociedade Inglesa do século XVI com seu livro Utopia e acabaria sendo condenado à morte por tal ato. Até a própria Revolução Francesa revela sua faceta utópica ao propor a igualdade e a fraternidade entre os homens.
A dura e aparentemente inexorável realidade leva os chamados utopistas a se deslocarem do real ao imaginário. No mundo das ideias e das palavras tudo pode ser resolvido, pois tudo é possível: os  mais graves problemas encontram suas soluções, as mais graves crises deixam de existir; lá impera a harmonia e o equilíbrio, tudo funciona cmo um relógio suíço. A rudeza da realidade é substituída, nos escritos dos utopistas, pelas sutilezas do discurso teórico-filosófico, quando tudo se resolve num duelo de palavras e ideias.
Apesar de não possuírem um sentido claro e realista em suas propostas, as utopias conseguem expressar a insatisfação ou a indignação dos setores intelectualizados e sonhadores  de uma sociedade.

        (Aluno Gustavo Pereira )







2-Tema proposto
A partir do 16 anos, os jovens poderão votar, segundo a nova Constituição. O limite etário é muito precoce, dizem muitos. Mas precoce também é o envolvimento dos jovens brasileiros numa realidade pesada até para os mais velhos.
Dizem que os jovens são alienados e ignorantes da discussão ideológica, diferentemente da juventude dos anos 60. (...) Ilusão é pensar que o jovem não está interessado em assuntos de temática política. Aos 16 anos, se não estiver interessado em assuntos de temática política. Aos 16 anos , se não estiver trabalho. Vive as expectativas de uma economia infeliz.
Nessa idade, se não estiver no exercício de sua sexualidade, vive os desejos represados pela moral ou por uma falta de história amorosa que espera acontecer. E vive o medo sinistro da Aids, que não assustava as gerações anteriores.
   (Samir Mesarini, Sala de Aula)

Um voto a mais para o futuro do Brasil
De acordo com a nova Constituição, a idade mínima para o voto baixou para dezesseis anos, não sendo compulsório o exercício desse direito (ou dever) até completar a maioridade. O fato tem provocado muitas controvérsias, principalmente por parte dos adultos que julgam os jovens de dezesseis anos precoces demais para tamanha responsabilidade, esquecendo-se, porém, de refletir sobre seu próprio preparo ideológico.
Os adultos costumam alegar que a geração da Era da informática vive marginalizada do processo político do país, ignorante dos problemas socioeconômicos em que o Brasil imergiu. A realidade, no entanto, difere bastante dessa imagem alienada criada em torno dos jovens: mais da metade do povo brasileiro começa a trabalhar antes de completar dezoitos anos , o que acentua a participação econômica da juventude no país. Se um adolescente que trabalha paga Imposto de Renda, seria inviável privá-lo do direito de cidadão – o exercício do voto.

Aqueles que acusam os jovens de serem marginais e alheios à discussão ideológica, na verdade, temem a própria alienação sociopolítica por causa do atual quadro econômico instável do país. Dizer que a  juventude da década de sessenta era mais consciente e responsável que a de hoje é uma atitude sebastianista: cultua o passado, mitificando-o, sem enxergar o outro lado da moeda.
Os jovens dos anos sessenta apelavam para o uso das drogas a fim de fugir da realidade. Mitos como Elvis Presley e os Beathes confessaram ser viciados, anos mais tarde, mas constituíram o símbolo jovial, o modelo seguido por milhares de jovens do mundo inteiro, naquela época.
Se os jovens de dezesseis anos não estão preparados para o uso do voto, os (semi) analfabetos no Brasil ultrapassa a marca de 65% da população, enquanto apenas  30% dos jovens de dezesseis anos vão votar nesta eleição. Portanto, o voto aos dezesseis anos é perfeitamente plausível, afinal o futuro do Brasil precisa desse voto juvenil. “O jovem é a externa esperança”, como diria Drummond.

(Aluna Pui Kwan Wong)




Meus amores terminei o capítulo XVIII falta somente o 19 com vários temas de vestibular da FUVEST – UNICAMP –UNESP- CESPE- PUC- MACKENZIE – UFSCAR-UNIP , bom estudo meus lindos... e uma esplendorosa aprendizagem... amo vocês de sua eterna Prof Dr Master Reikiana Aldry Suzuki


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