Grande Sertão: Veredas/ Guimarães Rosa
Riobaldo, ou Taturana,
Urutu-Branco é o narrador-protagonista do romance.
Morador às margens do São
Francisco, conta sua trajetória de vida com acentos e jeitos sertanejos – uma
inusitada invenção de linguagem, a um interlocutor que nunca se pronuncia, a
quem ele chama “Senhor” ou “Moço”.
Em sua narrativa, intérprete dos segredos
das veredas, Riobaldo tece a história de sua vida – um discurso de descoberta e
autoconhecimento: revelando o sertão-mundo, revela-se a si próprio, como se
dissesse “o sertão sou eu” para reconhecer-se.
Nessa perigosa travessia,
Riobaldo confronta as forças do bem e do mal, retoma, num fluxo de memória, o
fio de sua vida e narra as grandes lutas dos bandos de jagunços, descreve os
feitos e características de diversos personagens, revelando os códigos de honra
e de procedimentos do sertão.
Ex-jagunço de um bando dos
“sertões das gerais” (sul da Bahia, norte de Minas Gerais e norte e nordeste de
Goiás), Riobaldo assume a liderança do bando com a morte de Joca Ramiro, seu
chefe, assassinato por Hermógenes, líder de um grupo rival.
Riobaldo tenciona
vingar a morte de Joca Ramiro, para ele uma questão de honra.
Nessa intenção
tenta um pacto com o demônio, para obter proteção e força na vida de jagunço.
Uma das angústias de Riobaldo era
sobre a existência do “Diabo”, e se verdadeira a sua condição de pactuário.
Ao
final da narrativa está certo que não: “Nonada.
O diabo não há! É o que eu
digo, se for... Existe é homem humano.”
No meio de sua travessia, surge a
enigmática amizade e afeição por um companheiro de pelejas, com quem dialogava
todo o tempo. Ficam amigos e confidentes.
Diadorim é Reinaldo, filho do grande
chefe Joca Ramiro, traído por Hermógenes.
Diadorim era sério, “não se
fornecia com mulher nenhuma”.
Destemido, calado, de feições finas e delicadas,
impressionava Riobaldo e exercia sobre ele grande fascínio: “Mas eu gostava
dele, dia mais dia, mais gostava.
Digo o senhor: como um feitiço? Isso. Feito
coisa-feita.
Era ele estar perto de mim, e nada me faltava. Era ele fechar a cara
e estar tristonho, e eu perdia meu sossego”.
Diadorim tinha como objetivo
vingar a morte do pai e consegue, após muitas lutas e andanças.
Em sangrento
duelo, mata Hermógenes, mas é ferido mortalmente.
Ao receber a notícia da morte
do amigo, Riobaldo é tomado por dor intensa e, em desespero, estarrecido,
exclama: “Meu amor”, diante do corpo desnudo a revelar o grande segredo do
companheiro.
Após o trágico fim de Diadorim,
Riobaldo desiste da vida de jagunço e adota um comportamento de devoção espiritual,
orientado pelo seu compadre Quelemém.
Casa-se com Otacília e torna-se
proprietário, ao receber duas fazendas de herança.
Morador às margens do São Francisco, conta sua trajetória de vida com acentos e jeitos sertanejos – uma inusitada invenção de linguagem, a um interlocutor que nunca se pronuncia, a quem ele chama “Senhor” ou “Moço”.
Em sua narrativa, intérprete dos segredos das veredas, Riobaldo tece a história de sua vida – um discurso de descoberta e autoconhecimento: revelando o sertão-mundo, revela-se a si próprio, como se dissesse “o sertão sou eu” para reconhecer-se.
Nessa perigosa travessia, Riobaldo confronta as forças do bem e do mal, retoma, num fluxo de memória, o fio de sua vida e narra as grandes lutas dos bandos de jagunços, descreve os feitos e características de diversos personagens, revelando os códigos de honra e de procedimentos do sertão.
Riobaldo tenciona vingar a morte de Joca Ramiro, para ele uma questão de honra.
Nessa intenção tenta um pacto com o demônio, para obter proteção e força na vida de jagunço.
Ao final da narrativa está certo que não: “Nonada.
O diabo não há! É o que eu digo, se for... Existe é homem humano.”
Diadorim é Reinaldo, filho do grande chefe Joca Ramiro, traído por Hermógenes.
Destemido, calado, de feições finas e delicadas, impressionava Riobaldo e exercia sobre ele grande fascínio: “Mas eu gostava dele, dia mais dia, mais gostava.
Digo o senhor: como um feitiço? Isso. Feito coisa-feita.
Era ele estar perto de mim, e nada me faltava. Era ele fechar a cara e estar tristonho, e eu perdia meu sossego”.
Em sangrento duelo, mata Hermógenes, mas é ferido mortalmente.
Ao receber a notícia da morte do amigo, Riobaldo é tomado por dor intensa e, em desespero, estarrecido, exclama: “Meu amor”, diante do corpo desnudo a revelar o grande segredo do companheiro.
Casa-se com Otacília e torna-se proprietário, ao receber duas fazendas de herança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário