FALA INTERIOR DA PERSONAGEM - CANTINHO BRASILEIRO
MONÓLOGO INTERIOR
Forma
dramática ou literária do discurso da personagem consigo mesma.
No monólogo interior, o narrador (em primeira ou terceira pessoa) registra as emoções da personagem, suas divagações íntimas, seus desabafos.
É como se o “eu interior” conversasse com um “outro eu” da personagem e desabafasse suas confidências. Dessa forma, a personagem parece esquecer-se do leitor ou do ouvinte, escrevendo ou falando, de maneira desconexa, tudo que lhe vem à mente, sem obedecer, necessariamente, à concatenação lógica dos períodos e aos aspectos sintáticos tradicionais.
Essa associação livre de idéias traduz o “fluxo de consciência” da personagem, que o narrador transcreve utilizando, de preferência, o discurso direto ou o indireto livre.
No monólogo interior, o narrador (em primeira ou terceira pessoa) registra as emoções da personagem, suas divagações íntimas, seus desabafos.
É como se o “eu interior” conversasse com um “outro eu” da personagem e desabafasse suas confidências. Dessa forma, a personagem parece esquecer-se do leitor ou do ouvinte, escrevendo ou falando, de maneira desconexa, tudo que lhe vem à mente, sem obedecer, necessariamente, à concatenação lógica dos períodos e aos aspectos sintáticos tradicionais.
Essa associação livre de idéias traduz o “fluxo de consciência” da personagem, que o narrador transcreve utilizando, de preferência, o discurso direto ou o indireto livre.
SOLiLÓQUIO
Alguns
autores apresentam o solilóquio com as mesmas características do monólogo;
outros , porém, diferenciam-no pela linguagem e foco narrativo.
Enquanto no monólogo a linguagem pode apresentar-se desconexa, típica do fluxo de consciência, no solilóquio a linguagem aparece de forma lógica e concatenada.
Enquanto no monólogo a linguagem pode apresentar-se desconexa, típica do fluxo de consciência, no solilóquio a linguagem aparece de forma lógica e concatenada.
O
solilóquio é recurso utilizado no romance e no teatro; pressupõe um figurante
sozinho em face do leitor ou do auditório, articulando seus pensamentos em voz
alta, portanto sempre em primeira pessoa.
“ Pé
na chão é bom só na roça. Na cidade é uma tecnologia. Toda a gente estranha. É
verdade. Agora é que ele reparava direito: ninguém andava descalço. Sentiu um
mal-estar horrível. As mãos a gente
ainda esconde nos bolsos. Mas os pés? Cousa horrorosa.
Desafogou a cintura.
Puxou as calças para baixo. Encolheu os artelhos. Deu dez dez passos assim.
Pipocas. Não dava jeito mesmo. Pipocas. A gente da cidade que vá bugiar( mandar bugiar: afastar alguém ou mostrar desejo de que alguém se afaste ou vá embora (ex.: ele veio chatear-me, mas eu mandei-o bugiar)no inferno.
Ajustou a cintura. Levantou as calças acima dos tornozelos.
Asintosamente. E muito vermelho foi jogando os pés na calçada.
Andando duro como se estivesse calçado.” (Antônio de Alcântara Machado)
Desafogou a cintura.
Puxou as calças para baixo. Encolheu os artelhos. Deu dez dez passos assim.
Pipocas. Não dava jeito mesmo. Pipocas. A gente da cidade que vá bugiar( mandar bugiar: afastar alguém ou mostrar desejo de que alguém se afaste ou vá embora (ex.: ele veio chatear-me, mas eu mandei-o bugiar)no inferno.
Ajustou a cintura. Levantou as calças acima dos tornozelos.
Asintosamente. E muito vermelho foi jogando os pés na calçada.
Andando duro como se estivesse calçado.” (Antônio de Alcântara Machado)
A
expressão do texto está na variação de atitudes da personagem inicialmente
sofrida (“Ah!muito sofre quem padece”), depois constrangida (“sentiu um mal
horrível”) e, por fim, irreverente (“ a gente da cidade que vá bugiar no
inferno”)
Concluindo
então:
Foco narrativo ou ponto de vista do
narrador
Ø
Narrador personagem ou participante: foco
narrativo em primeira pessoa;
Ø
Narrador observador: foco narrativo em terceira
pessoa:
Ø
Narrador onisciente: foco narrativo em terceira
pessoa.
Tipos de discurso
Ø
Direito (diálogo): o narrador reproduz
textualmente a fala da personagem;
Ø
Indireto: o narrador conta o que a personagem
fala;
Ø
Indireto livre: a fala da personagem funde-se
com a fala do narrador;
Ø
Do narrador: o narrador conta a história e tece comentários
sobre personagens e acontecimentos.
Monólogo
Ø
Em primeira ou terceira pessoa;
Ø
Registro do pensamento da personagem;
Ø
Linguagem às vezes desconexa, “fluxo de
consciência”.
Solilóquio
Ø
Em primeira pessoa;
Ø
Registro do pensamento da personagem;
Ø
Discurso organizado de forma lógica e
concatenada.
Maravilhoso estudo... e sucesso na aprendizagem e fixação..bjs com carinho
Prof Dr Master Reikiana
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