domingo, 9 de setembro de 2012

42 Técnicas de Contar Histórias - III EXPERIÊNCIA COMO PROFESSOR


I – EXPERIÊNCIA

Caro professor, para aproveitar o conhecimento, utilize seus objetivos específicos para cada história, dando o seu valor e sua real importância para a criança, juntamente com o seu trabalho pedagógico e doutrinário – dependerá exclusivamente de seu lado crítico, reflexivo e imensamente criativo como professor. Há uma explicação para o desinteresse do educando, conforme afirma Romildo Sant’Ana:

 “Observando a atual realidade, todos os educadores reclamam muito, contra o crescente desinteresse dos educandos de todos os graus pela leitura. Diferentes razões são apontadas para o fato: descuido familiar, decadência do ensino, excesso de facilidade na vida escolar, apelos sociais com muitas formas de diversão, etc... etc... A história tem sido, no decorrer dos tempos, a melhor forma de transmissão do conhecimento e tem papel importante na modelagem do caráter do ser humano. Dentre os papéis que ela desempenha na educação, é importante ter presente seu papel problematizador, estimulador, animador e provocador. O conto estimula o desenvolvimento do sonho e da criatividade”.[1]


E deve cultivar a Literatura Infantil na escola e no ensino, porque ela é um agente de conhecimento, propício aos valores na sociedade, ao qual desencadeia o horizonte cognitivo ao leitor – “escrita é auto-estranhamento. Sua superação, a leitura do texto, é, pois, a mais alta tarefa de compreensão”.[2]

Você professor deve:

a)      Escolher as obras apropriadas ao leitor;

b)      Ao emprego de recursos metodológicos eficazes, que estimulem à leitura, suscitando a compreensão das obras e a verbalização, pelos alunos, no sentido apreendido.

            A história a ser contada nunca deve ser humilhante, o final sempre feliz e que existem certas qualidades que o bom contador de histórias deve possuir: ser hábil, versátil, ter expressão viva, ardente e sugestivo. Deve revelar interesse na narrativa, emocionar-se com o próprio episódio por ele narrado.

            A idade dos ouvintes deve ser levada em consideração e adaptar as histórias de acordo com o ciclo de interesse da criança. No jardim I, II, Pré-Escolar e 1ª séries primárias, devem conter elementos do meio familiar, devendo ser movimentadas, ilustradas... E você professor poderá fazer de seus contos de fadas – dos clássicos para uma plena alfabetização.

            A necessidade da construção social das relações, do tecido social, do poder e do trabalho pode ser transformada por homens e mulheres que acreditem em um mundo melhor, mais justo e acolhedor para todos. A educação é uma das ferramentas essenciais nesse processo. Professores e alunos engajados na construção do conhecimento podem contribuir para experiências existenciais que modelem, transformem e alterem o curso da história.

A escola é um espaço social legitimado para a construção do conhecimento, mas também é o templo que se caracteriza pelo ensinar e pelo aprender. O ensinar é um amplo movimento de vida entre educador e o educando. Na perspectiva de Morais (1986) A convivência que caracteriza o ensinar precisa vir dosada de comunicação humana, e ao mesmo tempo do mais completo respeito pela privacidade dos elementos nele envolvidos (...) ensinar é um processo que ocorre no leito do momento histórico com todas as suas condicionantes”.

Vivemos numa sociedade comunicacional, informatizada e globalizada, com abismos sociais e distribuição de renda injusta. Entretanto é nesse mundo, nesse espaço temporal que a escola é chamada a contribuir para a transformação desse mundo, formando um cidadão crítico e consciente.

O professor Joseph Fisher, de Chicago, afirma que os mais recentes e importantes projetos de transformação de ensino no mundo têm muitas características comuns, entre elas destacam-se:

1ª. Que o ensino seja mais relevante à vida e interessante aos alunos;

2ª. Que os pilares da educação possam ser definidos como, “aprender a aprender, a fazer, a viver juntos e a ser”;

3ª. Que a escola tenha maior autonomia,seja mais participativa e democrática e que alunos e professores possam produzir conhecimentos e não apenas consumi-los.

Temos que pesquisar, ler literatura especializada feita para elas, conhecer seus heróis sejam eles pertencentes aos desenhos animados ou histórias em quadrinhos, assistir a filmes, conhecer suas brincadeiras e preferências.

É só desta forma que saberemos escolher, dentro de um repertório conhecido, qual história se adapta aquele comportamento que desejamos ou precisamos abordar.

Necessitamos de futuros professores com a possibilidade de indagar, pesquisar, criar, recriar, de maneira que a literatura venha a ter uma função atual, verdadeiramente recreativa e estética sendo social e renovadora entre as atividades das crianças.

             
























[1] Romildo Sant’Ana, 1998.
[2] Hans-Georg Gadamer

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