I – EXPERIÊNCIA
Caro
professor, para aproveitar o conhecimento, utilize seus objetivos específicos
para cada história, dando o seu valor e sua real importância para a criança,
juntamente com o seu trabalho pedagógico e doutrinário – dependerá
exclusivamente de seu lado crítico, reflexivo e imensamente criativo como
professor. Há uma explicação para o desinteresse do educando, conforme afirma
Romildo Sant’Ana:
“Observando a atual realidade, todos os educadores reclamam
muito, contra o crescente desinteresse dos educandos de todos os graus pela
leitura. Diferentes razões são apontadas para o fato: descuido familiar,
decadência do ensino, excesso de facilidade na vida escolar, apelos sociais com
muitas formas de diversão, etc... etc... A história tem sido, no decorrer dos
tempos, a melhor forma de transmissão do conhecimento e tem papel importante na
modelagem do caráter do ser humano. Dentre os papéis que ela desempenha na
educação, é importante ter presente seu papel problematizador, estimulador,
animador e provocador. O conto estimula o desenvolvimento do sonho e da
criatividade”.[1]
E deve cultivar a Literatura Infantil na escola e no
ensino, porque ela é um agente de conhecimento, propício aos valores na
sociedade, ao qual desencadeia o horizonte cognitivo ao leitor – “escrita é auto-estranhamento. Sua superação, a leitura do
texto, é, pois, a mais alta tarefa de compreensão”.[2]
Você professor deve:
a)
Escolher as obras apropriadas ao leitor;
b)
Ao emprego de recursos metodológicos eficazes, que
estimulem à leitura, suscitando a compreensão das obras e a verbalização, pelos
alunos, no sentido apreendido.
A história a ser contada nunca deve
ser humilhante, o final sempre feliz e que existem certas qualidades que o bom
contador de histórias deve possuir: ser hábil, versátil, ter expressão viva,
ardente e sugestivo. Deve revelar interesse na narrativa, emocionar-se com o
próprio episódio por ele narrado.
A idade dos ouvintes deve ser levada
em consideração e adaptar as histórias de acordo com o ciclo de interesse da
criança. No jardim I, II, Pré-Escolar e 1ª séries primárias, devem conter
elementos do meio familiar, devendo ser movimentadas, ilustradas... E você
professor poderá fazer de seus contos de fadas – dos clássicos para uma plena
alfabetização.
A necessidade da construção social
das relações, do tecido social, do poder e do trabalho pode ser transformada
por homens e mulheres que acreditem em um mundo melhor, mais justo e acolhedor
para todos. A educação é uma das ferramentas essenciais nesse processo.
Professores e alunos engajados na construção do conhecimento podem contribuir
para experiências existenciais que modelem, transformem e alterem o curso da
história.
A escola é um espaço social legitimado para a
construção do conhecimento, mas também é o templo que se caracteriza pelo
ensinar e pelo aprender. O ensinar é um amplo movimento de vida entre educador
e o educando. Na perspectiva de Morais (1986) “A convivência que caracteriza o ensinar precisa vir dosada
de comunicação humana, e ao mesmo tempo do mais completo respeito pela
privacidade dos elementos nele envolvidos (...) ensinar é um processo que
ocorre no leito do momento histórico com todas as suas condicionantes”.
Vivemos numa sociedade comunicacional, informatizada e
globalizada, com abismos sociais e distribuição de renda injusta. Entretanto é
nesse mundo, nesse espaço temporal que a escola é chamada a contribuir para a
transformação desse mundo, formando um cidadão crítico e consciente.
O professor Joseph Fisher, de Chicago, afirma que os
mais recentes e importantes projetos de transformação de ensino no mundo têm
muitas características comuns, entre elas destacam-se:
1ª. Que o ensino seja mais relevante à vida e
interessante aos alunos;
2ª. Que os pilares da educação possam ser definidos
como, “aprender a aprender, a fazer, a viver juntos e a ser”;
3ª. Que a escola tenha maior autonomia,seja mais
participativa e democrática e que alunos e professores possam produzir
conhecimentos e não apenas consumi-los.
Temos que pesquisar, ler literatura especializada
feita para elas, conhecer seus heróis sejam eles pertencentes aos desenhos
animados ou histórias em quadrinhos, assistir a filmes, conhecer suas
brincadeiras e preferências.
É só desta forma que saberemos escolher, dentro de um
repertório conhecido, qual história se adapta aquele comportamento que
desejamos ou precisamos abordar.
Necessitamos de futuros professores com a
possibilidade de indagar, pesquisar, criar, recriar, de maneira que a
literatura venha a ter uma função atual, verdadeiramente recreativa e estética
sendo social e renovadora entre as atividades das crianças.
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