Autora: Aldry Suzuki
II.5 – DISTÚRBIOS
PSICOMOTORES
Psicomotricidade é a integração
diacrônica das funções motoras com as funções intelectivas que, sendo
adquiridas, através das maturações orgânicas e experiências neuro-motoras, de
uma forma harmoniosa e em condições psicológicas consideravelmente sadias
resultarão num processo dinâmico de capacitação global para a aprendizagem,
como um todo.
Os distúrbios psicomotores
surgem em conseguência de
alterações na estrutura dos
elementos responsáveis pelo
desenvolvimento psicomotor, que podem ser descritos da seguinte forma:
1-
Organização do esquema corporal
É o processo fundamental do conhecimento e
representação de seu próprio corpo, numa estruturação interna, que vai permitir a inter-relação de
suas partes e a sua relação com o mundo exterior; a organização do esquema
corporal é o fator básico do desenvolvimento de todas as manifestações motoras
da criança.
Para a boa organização do esquema corporal é
necessário que seus três níveis estejam integrados:
# imagem ou percepção corporal
É a consciência
e o conhecimento da criança em relação ao seu próprio corpo; basia-se nas suas
experiências corporais levando-a gradualmente, a perceber os diferentes
elementos que formam o seu corpo, associando-os de uma forma cada vez mais
coordenada e complexa.
# Controle corporal
É a
possibilidade de controlar os movimentos de seu corpo para alcançar,
gradualmente, a independência dos mesmos e as necessidades corporais para uma
completa ação motora.
#Conceito corporal
É a
possibilidade de verbalizar os conceitos
corporais, tais como designar seus nomes e descrever suas funções.
Outro fator que concorre para uma
boa organização do esquema corporal é a necessidade de que as diversas
estruturas anatomo-funcionais que formam os melhores mecanismos de interação
que regulam os impulsos gerados pelos receptores periféricos e as respostas
neuro-musculares, através de complexos circuitos de retro-alimentação, estejam
em perfeita sincronização, pois são os responsáveis pelo sistema postural.
O sistema postural é que determina
as possibilidades de realizar corretamente alguma ação de utilidade em uma
posição determinada(equilíbrio), assim como a sua potencialidade corporal,
ambas responsáveis pela manutenção das relações do corpo no espaço a fim de
procurar posições que permitam uma atividade definida e útil.
Logo, as primeiras manifestações do
sistema postural são fundamentais para a configuração do desenvolvimento
psicomotor, tais como a posição da cabeça(seu papel no equilíbrio é
fundamental) e sua sustentação, os quadris, as mãos e os pés e seus respectivos
padrões de arrastar, engatinhar, sentar, erguer-se com apoio e ficar em pé
liberando os movimentos de seus membros superiores.
Contribuindo para o quadro de
organização do esquema corporal encontramos a relação das primeiras informações
recebidas pela criança e que são chamadas viceroptividade (impressões
viscerais), proprieceptividade( impressões dos músculos, articulações e
tendões) extereoceptividade( mpressões através da pele e de outros órgãos sensoriais).
A visceroptividade,
proprioceptividade e extereoceptividade são os sistemas que permitem a criança
uma conexão consigo mesma e com seu meio externo, levando o seu sistema nervoso
a receber informações sobre o próprio corpo.
De certa forma podemos afirmar que
estes três sistemas estão compreendidos na formação da imagem corporal.
Finalmente, ressaltamos que é necessária uma evolução afetiva harmoniosa,
com contatos bem sucedidos e aceitação integral da criança pelo meio, para que
ela possa vir a organizar de uma forma adequada seu sistema corporal.
2 – Práticas Motoras de Base
Para que
uma criança adquira uma estruturação nas suas condutas motoras de base é
necessário que seu equilíbrio esteja muito bem trabalhado, pois dele dependem a
coordenação dinâmica gera e as ações diferenciadas dos membros superiores.
Uma criança que apresenta um padrão
de equilíbrio defeituoso terá um desgaste muito grande para executar suas
funções motoras e até intelectuais, levando-a a um quadro de fadiga, geralmente
responsável por distúrbios de atenção e de concentração.
As alterações dos padrões de
equilíbrio podem ser decorrentes dos estados psíquicos de ansiedade ou
insegurança que afetam o desenvolvimento do tônus muscular.
A coordenação dinâmica geral é uma
conduta motora de base responsável pela ação simultânea de grupos musculares
diferentes com vistas a execução de movimentos voluntários mais ou menos
complexos.
Podemos considerar como movimentos
inferiores ou em simultaneidade com os membros superiores tais como: correr,
saltar, trepar, marchar,arremessar, etc...
Ainda nas condutas motoras de base,
encontramos a coordenação dinâmico-manual, que é responsável pela precisão,
rapidez e força muscular dos movimentos de membros superiores especialmente das
mãos, trazendo implicitamente uma prévia coordenação visomotora.
A coordenação visomotora e o
movimento manual corretamente realizado em resposta a um determinado estímulo.
Como causa de uma má coordenação visomotora podemos considerar a precária
coordenação da dinâmico-manual, que por sua vez depende de capacidade de
dissociação de movimentos, de um controle inibitório e da coordenação olho/mão.
Logo, é necessário que fique bem
claro que a má coordenação visomotora pode ser em função de um retardo na
maturação sinergia interferindo no ato motor da mão ou do mau controle das
sinergias pela visão, ou até nas duas funções.
3 – Pràticas
Neuro-Motoras
Dentro do quadro das condutas
neuro-motoras classificamos as crianças que apresentam dificuldades na dissociação
e inibição dos movimentos necessários a um determinado ato motor.
Encontramos,pois, as
sincinesias que são manifestações da
organização anômala da motricidade.
As sincinesias podem ser:
# Global – quando ao realizar um esforço em qualquer parte do corpo
aumenta globalmente hipertonia;
# De imitação ou de reprodução – quando o transtorno motor só afeta
metade do corpo fazendo com que a parte enferma reproduza os movimentos da
parte Sá.
# De coordenação tônicas – quando há uma impossibilidade de contrair
isoladamente um músculo, sem que apareça a contração de outros músculos. As
sincinesias tônicas traduzem uma
incapacidade na organização motora.
A paratonia
também considerada como distúrbio neuro-muscular e caracterizada pela
persistência de uma certa rigidez muscular proveniente de uma incapacidade de
inibição voluntária.
Os prejuízos da dominância lateral,
apesar de estarem classificados nos distúrbios de linguagem.
4 – Práticas
Percepto-Motoras
Dentro do quadro de atividades percepto-motoras encontramos
a organização espacial, a orientação temporal e o ritmo.
A organização espacial é formada
pela relação espacial e a posição no espaço.
Orientação temporal – é a
incapacidade de apreensão da duração da colocação no tempo, de situar o
presente em relação a um antes e um depois, de distinguir o rápido do lento,o
sucessivo e o simultâneo, a ordem das aparições e o princípio e o fim das
experiências.
Para compreender o “tempo” é
necessário compreender que cada indivíduo possui um tempo próprio e biológico,
e um tempo externo ao qual deve adaptar-se. O tempo próprio é resultante de
características e pode variar de uma pessoa para outra sem implicar em
anormalidades. O tempo externo é assimilado através de impressões de uma certa
seqüência em sua vida diária
(acomodando-se reflexamente a um determinado ritmo).
Aos três anos de idade a criança já
adquiriu as noções tempo-espaciais, apesar de ainda não denominar os
acontecimentos e diferenciar o amanhã de ontem ou manhã de tarde. Aos 6 anos
essas primeiras noções já estão fixadas.
A criança com distúrbios de
orientação temporal pode apresentar dificuldades em perceber e reproduzir
estruturas rítmicas, relembrar a seqüência de fatos, empregar corretamente
tempos verbais.
O ritmo se desenvolve proprioceptivamente
desde os primeiros passos que eram descompassados até a aquisição de uma
maneira com metria e ritmo. Na área da linguagem, o ritmo é estruturado a
partir das manifestações orais, que com um feed-back de seu meio ambiente vai
sendo desenvolvido aos poucos.
5 – Conhecimento e
Expressão
Nesse quadro podemos classificar as
crianças que já operam as funções de representação simbólica utilizando o
significado e o significante.
É justamente neste estágio em que a
memória encontra-se desenvolvida em toda as suas formas a base de todas as
aquisições neuro-psicomotoras já estruturaram-se de tal forma que permitem a
criança diferenciar, associar e transmitir, ou seja estar apta a participar do
processo de comunicação através da fala e da escrita.
Dentro de um quadro clínico em que a
criança apresenta inteligência normal, classificamos os distúrbios psicomotores
em:
# Instabilidade
Psicomotora – cuja característica principal é a atividade muscular continua e
incessante, podendo ate permanecer durante o sono; além disso a instabilidade
atinge as funções intelectuais, apesar da criança apresentar inteligência elevada; geralmente
encontramos alterações na sua coordenação geral, hiperatividade, dificuldade de
ajustamento ao meio e distúrbios de
aprendizagem, entre outros.
o
INDISCIPLINADO OU HIPERATIVO? (como identificar os alunos que sofrem do
distúrbio de atenção e ajuda-lo a continuar aprendendo) “Paola Gentile”
Na sala de aula ele é o “pestinha”: arranca os brinquedos dos colegas,
anda de um lado para o outro, não fica mais de dois minutos sentados no mesmo
lugar. Nunca termina as tarefas solicitadas e sai da sala várias vezes sem
pedir licença. Em algumas ocasiões, chega a ser agressivo. Esse comportamento,
geralmente confundido com indisciplina, é característico de um distúrbio de
atenção que atinge cerca de 5% das crianças e adolescentes de todo o mundo: a
hiperatividade. Conhecer os sintomas e aprender a lidar com esse problema é uma
obrigação de qualquer professor que não queira causar danos a seus alunos.
Afinal, a demora em diagnosticar o caso pode trazer conseqüências sérias para o
desenvolvimento da criança.
Alan Akel, de 12 anos, sofria nas aulas e teve de atrasar seu aprendizado
(hoje está numa classe intermediária entre a 3° e a 4° série) porque a direção
da escola que freqüentava, em São Paulo, não identificou que havia algo de
errado em seu comportamento. Os pais foram obrigados a retira-lo do
estabelecimento e só descobriram que o filho era hiperativo quando a direção de
outro colégio os orientou a procurar um médico.
Embora prejudique a capacidade de concentração e atenção, a hiperatividade é facilmente tratável. Além
da medicação, a reorientação pedagógica
na escola ajuda o aluno a não perder rendimento. Alan, por exemplo,
apresentou melhoras assim que passou a ter um atendimento especial. “Ele é
inteligente e consciente de seu problema, o que faz com que controle melhor a instabilidade
emocional”, afirma Egle Mazzocchi de Souza, coordenadora pedagógica da Essência
Equipe de Ensino, onde ele estuda numa turma com apenas seis crianças e dois
professores.
Professor, observe!!
Segundo o psiquiatra Ênio Roberto de Andrade, coordenador do Ambulatório
de Transtornos de Deficiência de Atenção do Hospital das Clínicas, de São
Paulo, a hiperatividade só fica preciso
aumentar o nível de concentração para aprender. “O diagnóstico clínico, no
entanto, deve ser feito com base no histórico da criança”, explica. “por isso,
a observação de pais e professores é fundamental”.
Geralmente, os hiperativos se mexem
muito durante o sono quando bebês. São muitos mais estabanados assim que
começam a andar. Ás vezes, apresenta retardo na fala, trocando as letras por um
período mais prolongado que o normal. Em casa, esses sintomas nem sempre são
suficientes par definir o quadro. Na escola, porém, eles são determinantes.
O distúrbio ainda não tem uma
causa única comprovada. Sabe-se que a origem é genética e que seus portadores
produzem menos dopamina,um neurotransmissor responsável pelo controle motor e
pelo poder de concentração, que atua com maior intensidade nos gânglios
frontais do cérebro. Isso explica o fato de os hiperativos não se concentrarem
e esquecerem facilmente o que lhes é pedido. Pela alta incidência em meninos –
cerca de 80% dos casos - , acredita-se que o problema possa estar relacionado
também ao hormônio masculino testosterona .
Paciência e disponibilidade.
Três fatores principais ajudam a distinguir o hiperativo da criança que
tem apenas um distúrbio de atenção mais leve e daquela que busca apenas chamar
a atenção: a continua agitação motora, a impulsividade e a impossibilidade de
se concentrar, seja em brincadeiras ou em atividades pedagógicas. Essas
atitudes devem ser constantes durante pelo menos seis meses seguidos (leia no
quadro ao lado outros sintomas típicos)
“Os professores que têm alunos hiperativos precisam de paciência e
disponibilidade, pois eles exirgem tratamento diferente, mais atenção e uma
rotina especialmente estimulante”, afirma Regina Borella, orientadora
pedagógica do Colégio Pueri Domus, de São Paulo. Ela viveu essa situação quando
Vicente, de 5 anos, foi matriculado no Pueri. Os pais chegaram avisando que o
filho precisava de limites claros, pois era “desobediente e mal-educado”
Bastaram dois meses para a
educadora suspeitar de hiperatividade. A escola, então, sugeriu aos pais uma
consulta com um psiquiatra ou neurologista para confirmar o diagnóstico e,
simultaneamente, passou a trabalhar de forma diferenciada com o garoto. Ele era
colocado junto de alunos mais tranqüilos, para que sua agitação não encontrasse
seguidores, e nas atividades de roda a professora estava sempre ao seu lado.
Regina chegou a criar uma regra contra
as “fugas” da sala: todas as manhãs, Vicente faz três riscos com um giz no quadro-negro. É o número de vezes
que pode sair. Sempre que se levanta, ele apaga uma das marcas. O limite
funcionou. Hoje, o menino se controla mais antes de deixar a classe.
Trabalho com os pais
Nem sempre os pais admitem que o filho é hiperativo. “muitos acham que a
criança é esperta demais e, por isso, está sempre interessada em novidades”,
afirma Helena Sâmara, diretora da Escola móbile, de São Paulo. “Além disso,
eles acreditam que o tratamento com medicamentos pode tirar a espontaneidade do
pequeno”.Helena tem dois alunos nessa situação matriculados sem suas turmas .
Para um deles, a escola desenvolve sozinho um trabalho pedagógico intensivo,
pois os pais não aceitam o diagnóstico.
“Em casos leves, o distúrbio pode ser tratado apenas com terapia e
reorientação pedagógica”, diz o psiquiatra Ênio de Andrade. ‘”Os casos graves
necessitam de tratamento com medicamentos.” O tratamento é feito por um período
mínimo de dois anos, mas deve durar
até a adolescência , quando os sintomas
diminuem ou desaparecem, graças ao amadurecimento do cérebro, que equilibra a
produção da dopamina.
Baixa auto-estima
Para a psicóloga Mônica Duchesne, da Associação Brasileira do Déficit de
Atenção, outra conseqüência da hiperatividade é a baixa auto-estima das
crianças, que surge quando elas notam que são diferentes das demais – em alguns
casos, são as únicas a não concluir o dever. “Isso pode criar um estigma que
traz repercussõesd sociais”, analisa.
O aluno Matheus, da Móbile, cujos pais também refutam o diagnóstico de
hiperatividade, sofreu essas conseqüências. Ele se sentia inferior porque era
repreendido por seu comportamento agressivo. As professoras, então , começaram
a elogiar o que ele produzia. Seis meses depois, Helena Sâmara notou diferença:
“Ele está afável com os amigos e
já´relata em casa o que faz na escola, sinal de que sua percepção aumentou”.
Para Mônica, se a hiperatividade não for adequadamente tratada na
infância, pode deixar seqüelas na fase adulta, como desorganização para
executar tarefas e rotinas di´rias,
distração excessiva, sonolência diurna e cansaço mental. Além disso, a pessoa
corre o risco de se tornar hipersensível a críticas e irritadiça, aprensentar
aparente falta de motivação e
rancor exagerado, bem como problemas de
memorização.
Como lidar com a agitação dos alunos:
Ø
Crianças hiperativas podem apresentar melhoras
consideráveis sem eu comportamento e desenvolvimento pedagógico se algumas
regras forem consideradas. Aí vão as sugestões da psicóloga Mônica Duchesne e
do psiquiatra Ênio Roberto de Andrade:
Ø
Trabalhe com pequenos grupos, sem isolar as
crianças hiperativas;
Ø
Dê tarefas curtas ou intercaladas, para que
elas possam concluí-la antes de se dispersar;
Ø
Elogie sempre os resultados;
Ø
Use jogos e desafio para motiva-los;
Ø
Valorize a rotina, pois ela deixa as crianças
mais seguras, mas mantenha sempre elevado o nível de estímulo, através de
novidades no material pedagógico;
Ø
Permita que elas compensem os erros:
sutilmente, faça-as pedir desculpas quando ofenderem os colegas ou
convença-as a arrumar a bagunça em classe;
Ø
Repita individualmente todo comando que for
dado ao grupo e faça-o de forma breve e usando sentenças fáceis de entender;
Ø
Peça a elas que repitam o comando, para ter
certeza de que escutaram e
compreenderam o que você quer;
Ø
Dê uma função oficial às crianças, como a de
ajudante do professor, isso pode melhorar o rendimento delas com os colegas e
abrir espaço para que elas se movimentem mais;
Ø
Mostre os limites de forma segura e tranqüila,
sem entrar em atrito;
Ø
Oriente os pais a procurar um psiquiatra, um
neurologista ou um psicólogo.
|
Teste pode ajudar no diagnóstico
O site da Associação Brasileira
do Déficit de Atenção (ABDA) divulga um teste para auxiliar no diagnóstico da
hiperatividade. Para o teste ter validade, os sintomas devem aparecer antes dos 7 anos de idade e
persistir por pelo menos seis meses, sem que
criança se dê conta deles, e em grau incompatível com o nível de
desenvolvimento dela. Há um módulo específico para hiperativos, aquelas
crianças que apresentam com freqüência pelo menos seis dos dez sintomas descritos a seguir. O teste serve como auxílio para
professores e orientadores na escola, mas é preciso ter em mente que o
diagnóstico final deve ser feito sempre por um médico. Por isso, oriente os
pais a pedir ajuda especializada quando a criança:
q Agita
mãos ou pés ou se remexe na cadeira;
q Abandona
sua cadeira sem sala de aula ou outras situações nas quais se espera que
permaneça sentada;
q Corre
ou escala em demasia em situações impróprias;
q Tem
dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de
lazer;
q Está
sempre “ a todo o vapor”;
q Fala
demais;
q É
impulsiva;
q Dá
respostas precipitadas, antes de ouvir a pergunta inteira;
q Tem
dificuldade de aguardar sua vez;
q Se
intromete na conversa dos outros ou a interrompe;
q Tem
dificuldade para seguir instruções;
q Perde
objetos com freqüência;
q Enfrenta
os perigos sem avaliar os riscos.(Revista Nova Escola, n° 132 – Maio de 2000,
pg. 30 à 32.)
|
“Hiperatividade – é um distúrbio de
atenção que atinge cerca de cinco por cento das crianças e adolescentes de todo
o mundo. Embora prejudique a capacidade de concentração e atenção,a
hiperatividade é facilmente tratável.
Além de medicamentos, a reorientação
pedagógica na escola quando é necessárip aumentar o nível de concentração para
aprender, embora o diagnóstico deva ser feito com base na história da criança.
A origem do distúrbio pode ser de
origem genética, segundo algumas pesquisas, e
os seus portadores produzem menso dopamina, um neurotransmissor
responsável pelo controle motor e pelo poder de concentração.” (CND- Curitiba –
Paraná, 2003)
“Se uma
criança não pode aprender da maneira que é ensinada, é melhor ensina-la da
maneira que ela pode aprender”. ( Marion Weichmann)
|
# Debilidade
Psicomotora – cuja característica principal é a presença de paratonia e
sincinesias; além disso a debilidade atinge a socioabilidade que esta
prejudicada por isolamento, geralmene encontramos hipoatividade e distúrbios de
aprendizagem, entre outros.
Finalizando este capítulo, descreveremos
um distúrbio da escrita que é classificado como um distúrbio psicomotor.
A – DISGRAFIA
É um distúrbio que se apresenta por dificuldade no controle de movimentos
para a escrita. Classificamos disgrafia dentro de distúrbio psicomotor, por ser
a coordenação de um sistema de movimentos eu determinam, comandam e dominam os
atos motores, incluindo a escrita.
“Na disgrafia a criança apresenta dificuldade em passar para a escrita o
estímulo visual da palavra impressa, é o que chamamos de “letra feia”.
Podemos caracterizar a disgrafia também pela lentidão no traçado das
letras. As principais características da
disgrafia:
q Apresentação
desordenada de um texto;
q Inexistência
ou dificuldade em fazer margens;
q Espaço
irregular entre as palavras, linhas;
q Traçado
de má qualidade;
q Distorção
da escrita oscilando para cima e para baixo;
q Separação
inadequada das letras;
q Ligações
defeituosas de letras.” (CND- Curitiba – Paraná, 2003)
Classificamos
disgrafia dentro de distúrbios psicomotor, por ser a coordenação de um sistema
de movimentos que determinam, comandam e dominam os atos motores, incluindo a
escrita.
Causas:
·
Distúrbios psicomotores;
·
Dominância manual contrariada;
·
Problemas emocionais;
·
Portadores de D.C.M;
·
Falhas de ordem pedagógica, caracterizadas pelo
desconhecimento do movimento da letra;
·
Nível de exigência, por parte de pais e
educadores, que inibindo o processo de grafismo natural, exijam coloridos
dentro de limites, cobrir linhas pontilhadas, etc.;
·
Nível de exigência e cobrança para que a criança
copie seu nome com perfeição (pré-escola);exigência através de “cadernos
especiais” para “melhorar a letra” e “cadernos de pauta dupla” que , para nos,
atrapalham e inibem um processo normal e natural que muito influi na expressão
do pensamento através da escrita;
·
Perseverança de exercícios gráficos ligados a
copias de palavras frases e textos exaustivos;
·
Falhas na estruturação do esquema corporal;
·
Áreas de percepção visual prejudicadas (figuras
– fundo), coordenação viso-motora, constância de percepção, relação espacial e
posição espacial.
Características:
·
Letra excessivamente feia ou ilegível;
·
Micrografia (letra muito pequena);
·
Macrografia ( letra excessivamente grande);
·
Dificuldade em seguir o movimento da letra, da
palavra, da frase e do texto, num espaço determinado e até mesmo ilimitado e
livre;
·
Repassamentos.
Convém lembrar
que os amplos movimentos são comandados por uma pequena área cerebral, ao passo
que os pequenos ou finos movimentos são executados por uma grande área
cerebral.
Sendo assim, para nós, torna-se mais fácil
reabilitar partindo de uma pequena área, conseqüentemente, dos grandes
movimentos afetados para chegar até as grandes áreas cerebrais que comandam a
multiplicidade dos grandes movimentos.
Nosso pensamento esta voltado
para as individualidade de cada pessoa
dentro deste conceito, não nos cabe rotular de disgráficos apenas os que apresentam letra feia, pois não
podemos, não devemos e não queremos
modificar o traçado gráfico da criança que passa da idade pré-escolar. Cabe-nos respeitar e
aceitar suas limitações e até as imposições de sua forma de expressão gráfica.
Nosso aconselhamento aos
educadores e pais é que pesquisem, cuidadosamente, as causas para depois
trata-las de forma terapêutica adequada
e não através de exercícios inadequados, tradicionais, cansativos e até
repressores que só tendem a agravar o quadro.
Os exercícios indicados, entre
outras atividades específicas, são os de coordenação global dinâmica,
equilíbrio e coordenação viso-motora, além do uso adequado de materiais
específicos, como as borrachas adaptáveis aos lápis, que proporcionam melhor
acomodação dos dedos facilitando o apoio motor para a escrita.
De nossa parte, procuramos
reabilita as disgrafias numa sintonia com a criança e suas limitações, a escola
e a família, para que o resultado seja alcançado em menor espaço de tempo e sem
violentar a criança.
Prof Dr Master Reikiana
Aldry Suzuki
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