segunda-feira, 10 de setembro de 2012

CUPIDO E PSIQUÊ - CANTINHO BRASILEIRO 2011




CUPIDO E PSIQUÊ 
-CANTINHO BRASILEIRO - 6 ANO - 2 BIMESTRE
 AUTOR  : PAULO SERGIO DE VASCONCELOS
Midas


O Rei Midas é um rei orgulhoso e ridículo que ama o ouro acima de todas as coisas. 

Em troca de o ter ajudado, um Deus (diz-se que Baco) concedeu ao rei a realização do seu mais forte desejo ? tudo o que ele toca transforma-se em ouro. 

Por momentos, o rei desfruta do seu presente. Mas assim que toca na comida que vai por na sua boca, esta transforma-se em ouro e ele não a pode comer. 

E o cavalo que ele monta transforma-se em ouro, o que o impede de montar. E todos aqueles em que ele toca transformam-se em ouro, portanto deixa de ter família ou amigos. 

Ele tem todo o ouro que alguma vez desejou, mas no entanto não esta nada feliz.

No fim diz aos Céus:
Desculpe-me, e tire esse dom de  mim. Dionísio vendo aquilo,  resolveu tirar-lhe o dom.


Midas, então passou a odiar as riquezas , e começou a morar nas cavernas , mas sua inteligência ainda era pequena e perigosas.

 Em um dia perto de um rio, deus Pã disse as Ninfas, que ele sabia tocar flauta melhor do que o Apolo. Pã , pediu para o rio ver quem era melhor. O rio transformou-0 em um velho de cabelos coroados com folhas e começaram à disputa.


Apolo ganhou a disputa, apenas Midas falou que o resultado foi injusto. Apolo ficou irritado, então fez com que Midas tivesse orelhas de asno.

Midas fez de tudo para esconder, mas seu barbeiro descobriu , então fez uma promessa de não falar a ninguém , fez um buraco na terra e contou, e quando foi embora fechou o buraco.

Mas naquele lugar iriam nascer caniços de flautas antigas. E quando nasceram ouvia nitidamente a frase:
O rei Midas, tem orelhas de Burro!!

com as cores do Mar Egeu e com o esplendor do ouro, este elegante e irônico conto de um mito antigo será acarinhado passou  pelos leitores de todas as idades.



CUPIDO E PSIQUÊ
 
Psiquê uma linda garota tão bela que era comparada a deusa da beleza (Afrodite).

 Afrodite com muita inveja de Psique chama o filho Eros e o pede que faça psiquê se apaixonar por a mais horrorosa criatura e ele sem discutir o desejo da mãe vai direto fazer o desejado. 

Mas ao tentar lançar a flecha sobre psique ele se encanta com tamanha beleza e acaba se ferindo com a fecha e se apaixonando por ela , então psique fica sem poder que humanos (meros mortais ) a tomem com paixão.

Apenas estavam deslumbrados com tamanha beleza ,mas nunca paixão as irmãs de psiquê se casaram e psiquê continuou sem poder casar seus pais agoniados com tamanho sofrimento da filha vão procurar o oráculo Delfos , mas Eros(deus do amor) já havia pedido ajuda a Delfos antes dos pais de Psiquê.

 Delfos então diz para visitarem Psique com trajes núpciais e a deixem nas montanhas a espera de uma serpente que será o marido dela , depois disso eles vão a deixam la e psique adormece , ao acordar estava em um lindo palácio todo de nobre materiais , ela entra toma um banho ,come e adormece então psiquê só acorda a chegada do marido Eros (deus do amor) ela não sabia que ele era o deus do amor , então psiquê cede aos encantos de Eros sem poder ver seu rosto , todas as noites ela se deita com ele , até que Eros avisa sua esposa sobre as irmãs que todos dias choravam por achar que psiquê estará morta , psiquê pede pra ver suas irmãs Eros a alerta que elas poderiam querer fazer com q Psiquê queira ver seu rosto , Psiquê diz que isso não aconteceria, e ele a deixa ver suas irmãs.

Suas irmãs ao verem que Psiquê estava viva e em ótimas condições até melhor que a delas morrem de inveja , e fazem com que psiquê fique com dúvidas a respeito se seu marido era de fato uma serpente , já que ela nunca havia visto seu rosto, psiquê então tenta ver o rosto de Eros e descobre que ele era lindo.

Mas Eros aos saber que ela havia desobedecido a ele se separa dela, só depois disto ela percebe que estava casada com o deus do amor , então ela procura sempre por Eros , até que decide procurar Afrodite (mãe de Eros) e se mostra disposta a ser serva de Afrodite até que Afrodite a perdoe.


 Afrodite então a diz que daria a chance de provar arrependimento e então começa a chamar as escravas e as pede vários tipos de grãos e pede que psiquê os separe até o fim da tarde , psiquê obedeceu sem lastimar-se(sem reclamar) mas psiquê sabia que não havia como e chora , então chegam formigas que dizem a psiquê que a ajudariam a terminar o trabalho até o fim da tarde sem esgotar o prazo psiquê então vê aproximar-se varias formigas que rapidamente separam os grãos.

 Afrodite chega e vê que Psiquê havia comprido perfeitamente o que mandara psiquê não mencionou sobre a ajuda das formigas.

Afrodite diz a ela que mesmo assim ela ainda a devia muito , e foi dormir e pensa em outra maldade no dia seguinte a pede que vá até os carneiros e a traga um novelo de fios de ouro que os carneiros tinham.

Psiquê foi sem lastimar, então psiquê teve que descer a um abismo imenso (só teve forças para descer por pensar no amado Eros) Mas ao chegar lá ela vê que não havia como pegar os fios de lã de ouro dos carneiros e resolve se matar , quando ia se matar então ela ouve vozes de caniços que as dizem que ela não precisava se matar e disseram que bastava esperar até eles virem beber água que deixarem lã o suficiente para 10 novelos entre as pedras.

Assim ocorreu , ela pegou fios e levou a Afrodite.

 Afrodite não podia acreditar que ela havia feito a prova , então disse que mais uma vez não estava a altura de o que ela tinha feito , e pede mais uma prova a manda ir a uma cachoeira com enormes abutres e pede que ela pegue um vidro de água então ela vai mais uma vez desistindo chega um abutre que a ajuda e pega o frasco(vidro) e enche de água psiquê agradece e percebe que os deuses estavam a ajudando psiquê volta ao palácio de afrodite.

Afrodite não acredita que ela conseguiu pegar então o frasco e manda contra a parede e diz que a última prova precisaria ser cumprida pede a que vá ao Hades(deus da morte) e peça Persefone um pouco de sua beleza em uma caixa , ela diz a psiquê que bastaria falar que ela estava cuidando de seu filho doente e gastara um pouco de sua beleza psiquê então vai , quase morrendo sem achar o caminho até o Hades ela percebe que ia chegar ao Hades e jamais voltaria quando as rochas a dão toda a informação de como chegar como sair e o que fazer ela houve e faz certinho.

Depois de muito andar chega a Persefone e fala o que Afrodite a disse.

 Persefone muito feliz de estar servindo a deusa da beleza a entrega a caixa com um pouco de sua beleza, psiquê vendo que havia ficado feia e achou que Eros não ia mais gostar dela ela abre a caixa e no mesmo instante desmaia Eros viu que a amada corria perigo e foi imediatamente procurá-la.

Achou ela em um deserto e pede que ela acorde pega então uma flecha de amor e a desperta então a beija e devolve a caixa a ela e pede para ela levar ate Afrodite e completar sua missão , depois Eros pede a Zeus que de imortalidade a psiquê para que eles possam casar , Zeus concorda Afrodite mesmo sem aceitar a ideia não podia nada fazer então teve que aceitar , Eros casou com Psiquê e fim.


Como apareceu a noite

Como apareceu a noite - Lenda tupi

No princípio não havia noite — dia somente havia em todo tempo. A noite estava adormecida no fundo das águas. Não havia animais; todas as coisas falavam. A filha da Cobra Grande – contam – casara-se com um moço. Esse moço tinha três fâmulos fiéis. Um dia, ele chamou os três fâmulos e disse-lhes: — Ide passear, porque minha mulher não quer dormir comigo.

 Os fâmulos foram-se, e então ele chamou sua mulher para dormir com ele. A filha da Cobra Grande respondeu-lhe — Ainda não é noite. O moço disse-lhe: — Não há noite, somente há dia.
A moça falou: — Meu pai tem noite. Se queres dormir comigo, manda buscá-la lá, pelo grande rio.
O moço chamou os três fâmulos; a moça mandou-os à casa de seu pai, para trazerem um caroço de tucumã.
Os fâmulos foram, chegaram à casa da Cobra Grande, esta lhes entregou um caroço de tucumã muito bem fechado e disse-lhes: — Aqui está; levai-o. Eia! Não o abrais, senão todas as coisas se perderão.
 Os fâmulos foram-se, e estavam ouvindo barulho dentro do coco de tucumã, assim: tem, tem, tem… xi… Era o barulho dos grilos e dos sapinhos que cantam de noite. Quando já estavam longe, um dos fâmulos disse a seus companheiros: — Vamos ver que barulho será este?
 O piloto disse: — Não, do contrário nos do contrário nos perderemos. Vamos embora, eia, remai! Eles foram e continuaram a ouvir aquele barulho dentro do coco de tucumã, e não sabiam que barulho era. Quando já estavam muito longe, ajuntaram-se no meio da canoa, acenderam fogo, derreteram o breu que fechava o coco e abriram-no. De repente, tudo escureceu. O piloto então disse: — Nós estamos perdidos; e a moça, em sua casa, já sabe que abrimos o coco de tucumã! Eles seguiram viagem.
 A moça, em sua casa, disse então a seu marido: — Eles soltaram a noite; vamos esperar a manhã. Então, todas as coisas que estavam espalhadas pelo bosque se transformaram em animais e pássaros. As coisas que estavam espalhadas pelo rio se transformaram em patos e em peixes.
 Do paneiro gerou-se a onça; o pescador e sua canoa se transformaram em pato; de sua cabeça nasceram a cabeça e o bico do pato; da canoa, o corpo do pato; dos remos, as pernas do pato.
 A filha da Cobra Grande, quando viu a estrela-d’alva, disse a seu marido: — A madrugada vem rompendo. Vou dividir o dia da noite.
Então, ela enrolou um fio e disse-lhe: — Tu serás cujubim. Assim ela fez o cujubim; pintou a cabeça do cujubim de branco, com tabatinga; pintou-lhe as pernas de vermelho com urucum e, então disse-lhe: — Cantarás para todo sempre, quando a manhã vier raiando.
 Ela enrolou o fio, sacudiu o fio, sacudiu cinza em riba dele, e disse: — Tu serás inhambu, para cantar nos diversos tempos da noite e de madrugada. De então pra cá todos os pássaros cantaram em seus tempos, e de madrugada para alegrar o princípio do dia.
Quando os três fâmulos chegaram, o moço disse-lhes: — Não fostes fiéis – abristes o caroço de tucumã, soltastes a noite e todas as coisas se perderam, e vós também, que vos metamorfoseastes em macacos, andareis para todo sempre pelos galhos dos pau. (A boca preta e a risca amarela que eles têm no braço, dizem que são ainda o sinal do breu que fechava o caroço de tucumã e que escorreu sobre eles quando o derreteram.) (General Couto de Magalhães, O selvagem).
HISTÓRIA DO GUARANÁ - (LENDAS SOBRE A ORIGEM  DO GUARANÁ)




A nação saterê-mawé   tem duas lendas  que contam a origem do guaraná.
A primeira, e mais bem aceita, conta a história da índia Onhiámuáçabê que, sem o consentimento de seus irmãos, engravidou de uma cobra  que lhe tocou a perna, dando à luz a um forte e belo menino. Um dia, ao se alimentar numa árvore sagrada, o curumim foi morto por seus desavisados tios sendo, logo em seguida, enterrado por sua mãe, que lhe plantou os olhos na terra, advertindo que dali nasceria uma planta para "fazer bem a todos os homens e livrá-los de todas as doenças". Daí o formato da fruta.

A ONÇA E O BODE
Caminhando pelo mato, o bode descobriu um bom lugar para fazer uma casa. Capinou o terreno, deixando-o limpinho para dar início à construção. Como já estava cansado, foi embora, preferindo começar no dia seguinte.

A onça também procurava um terreno para erguer sua casa. Deparando com o lugar que o bode capinara, achou que estava com muita sorte. Cortou e empilhou as madeiras para fazer a estrutura. Depois foi embora, pois precisava dormir.

No dia seguinte, ao ver a madeira à sua disposição, o bode ergueu a estrutura. “Que sorte que estou dando!”, pensava ao fim do trabalho, quando já se retirava. Mais tarde foi a vez de a onça chegar ao terreno e ver a estrutura pronta. “Que sortuda que eu sou!”, disse com suas pintas, enquanto cobria a madeira com taipa.

Então, a onça foi buscar seus móveis e, ao voltar, deu de cara com o bode, sentado numa poltroninha, muito à vontade. Os dois não custaram a perceber que haviam dividido o trabalho da construção. Decidiram morar juntos, portanto.

Mas viviam desconfiados um do outro e não lhes faltava uma boa razão para isso. Um dia, a onça voltou da caçada, arrastando um cabrito entre os dentes. O bode, acabrunhado, saiu de fininho para o mato, certo de que, mais dia menos dia, aquele seria o seu destino.

Naquela mesma tarde, porém, o bode encontrou uma onça morta por um caçador e levou-a para casa, deixando seu corpo estendido na porta de entrada. Vendo a companheira morta, a outra onça quis saber do bode como é que ele a tinha matado.

O bode explicou que era dono de um anel mágico. Bastava colocá-lo no dedo e apontar alguém para fulminá-lo. A onça fez que não acreditou e o bode, colocando o anel no indicador, perguntou:

– Quer que eu lhe mostre?

A onça disparou mato adentro, apavorada. Nunca mais voltou. O bode, feliz da vida, ficou vivendo sozinho na sua casa, sem motivo de preocupação, aproveitando-se da fama de mata-onça.
O Enigma Irmão Grimm
Um certo dia um príncipe resolveu fazer uma viagem e levou consigo o mais grande fiel amigo. Ele estava cavalgando e viu uma moça que estava indo para um casebre no escuro, e quando chegou perto viu que ele era uma jovem muito bonita. E iniciou uma conversa
-Será que podemos passar a noite aqui ?
-Claro que pode, ela estava triste, e disse mas não entrem ali!
Minha madrasta e maléfica e  não gosta de pessoas estranhas. Mas como estava escuro não dava para seguir viagem, e como ele não tinha medo resolveu entrar. Ela logo percebeu e começou a fingir simpatia. Quando amanheceu o principie já estava em seu cavalo e a bruxa disse:
-Espere vamos fazer um brinde a sua partida. Ela foi buscar a bebida mas o príncipe nem esperou e foi-se embora, mas o seu amigo ficou arrumando a sela.
A bruxa mandou o amigo levar a bebida até o princípe , mas o vidro quebrou matando o cavalo, ele saiu correndo atrás do príncipe. E contou tudo. Voltando para buscar a sela , encontrou o corvo devorando o cavalo.
Matou o corvo e foi embora tantaram sair da floresta mas não conseguiram, chegando a noite eles encontraram uma hospedaria, mas no fim descobriram que ali era um covil de assassinos, eles prepararão o jantar e o corvo também, caíram mortos. Somente restou a filha do hospedeiro e o principie e seu amigo.
O principie foi embora e passou por uma cidade e La viu uma princesa linda, so que era muito metida, se a princesa não conseguiu desvendar um enigma ela se casaria com a pessoa, mas se ele desvendar a pessoa seria morta.
O principie ficou encantando com sua beleza, então propôs um enigma:
- O que é : um não matou nenhum , mas matou doze?
Ela não sabia do que se tratava, pensou e pensou, mas não conseguiu desvendar o enigma consultou seu livro de enigmas, mas nada encontrou .
A princesa foi três vezes ao seu quarto e ele pegou os 3 mantos dela.. e na terceira vez contou-lhe o enigma.
-Um  matou nenhum, o que isso significa?
- Um corvo , que se alimentou de um cavalo morto e envenenado e por isso morreu – foi a resposta do príncipe.
-E matou doze.... como assim? – perguntou a princesa.
- são doze assassinos que provaram do corvo e por isso morreram.
Ao saber a chave do enigma, a princesa quis sair de fininho , mas o príncipe segurou-lhe o manto bem firme, de tal forma e deixou para trás.
Na manhã seguinte , a princesa fez saber que decifrara o enigma, mandou chamar os doze juízes e disse a eles qual era a solução. Mas o jovem pediu a permissão para falar ?
- Ela foi ao meu quarto à noite e me perguntou: caso  contrário , não teria decifrado o enigma.
Os juízes pediram uma prova. Então o criado trouxe os três mantos. Quando o Juízes viram o manto cinzento que a princesa costumava vestir, disseram?
-Que se borde o  manto com ouro e prata: será seu vestido de casamento.
O Bicho Manjaléu
Era uma vez um velho que tinha três filhas muito bonitas, mas um velho muito pobre, que vivia de fazer gamelas. Uma vez passou pela sua casa um lindo moço a cavalo; parou e declarou querer comprar uma das moças.
O velho se ofendeu; disse que por ser pobre não era nenhum malvado que andasse vendendo as filhas; mas diante das ameaças do moço teve que aceitar o negócio. Lá se foi a sua primeira filha na garupa do cavaleiro, e o velho ficou olhando para o ouro recebido. No dia seguinte apareceu outro moço, ainda mais lindo, montado num cavalo ainda mais bonito e propôs-se a comprar a filha do meio. O velho, bastante aborrecido, contou o que se tinha passado com a primeira e não quis aceitar o negócio. O moço ameaçou matá-lo, e também lá se foi com a segunda moça na garupa, deixando com o velho dois sacos de dinheiro.
No dia imediato apareceu terceiro moço e depois da mesma discussão lá se foi com a derradeira moça na garupa, deixando em troca três sacos de dinheiro.
O velho ficou muito rico, mas sem as filhas, e começou a criar com grandes  mimos um filhinho que havia nascido fora de tempo. Quando já estava na escola esse menino teve uma briga com um companheiro, o qual lhe disse: - Você está prosa por ter pai rico, mas saiba que ele já foi um pobre diabo que vivia de fazer gamelas. Está rico porque vendeu as filhas. O menino voltou pensativo para casa, mas nada disse. Só quando ficou moço é que pediu ao pai que lhe contasse a história das três irmãs vendidas. O pai contou tudo e ele resolveu sair pelo mundo em procura das irmãs. 
No meio do caminho encontrou três irmãos brigando por causa duma bota, duma carapuça e duma chave. Indagando o valor daquilo, soube que eram uma bota, uma carapuça e uma chave mágicas.
Quando alguém dizia à bota: - Bota, bote-me em tal parte! a bota botava.
E se diziam à carapuça: - Carapuça, encarapuce-me! a carapuça encarapuçava, isto é, escondia a pessoa.
E se diziam à chave: - Chave, abre! a chave abria qualquer porta. O moço ofereceu pelos três objetos o dinheiro que trazia e lá se foi com eles. Logo adiante parou e disse:  - Bota, bote-me em casa de minha primeira irmã. Mal acabou de pronunciar tais palavras, já se achou na porta de um palácio maravilhoso. Falou com o porteiro. Pediu para entrar, dizendo que a dona do palácio era sua irmã. A irmã soube de sua chegada, acreditou em suas palavras e o recebeu muito bem. - Mas como conseguiu chegar até aqui, meu irmão?
- Por meio da bota mágica - respondeu ele. E contou toda a história de sua partida e do encontro dos três objetos mágicos. Tudo correu muito bem, mas assim que começou a entardecer a irmã pôs-se a chorar. - Por que chora, minha irmã?
- Ah, respondeu ela, choro porque sou casada com o Rei dos Peixes, um príncipe muito bravo que não quer que eu receba ninguém neste palácio. Ele não tarda a chegar, e mata você, se enxergar você aqui... O moço deu uma risadinha, dizendo: - Não tenha medo de nada. Com a carapuça mágica saberei esconder-me.
O rei chegou e logo levantou o nariz para o ar, farejando: - Sinto cheiro de gente de fora!, mas a rainha mostrou que não havia por ali ninguém e ele sossegou. Tomou um banho e se desencantou num lindo moço. Durante o jantar a rainha fez esta pergunta: - Se aparecesse por cá um irmão meu, que faria vossa Majestade?
- Recebia-o muito bem, disse o rei, porque o irmão da rainha cunhado do rei é. E se ele está por aqui, que apareça. O irmão encarapuçado apresentou-se, sendo muito bem recebido. Contou toda a sua história, mas não aceitou o convite de ficar morando ali por ter de continuar pelo mundo em procura das outras irmãs. O rei olhou com inveja para as botas mágicas, dizendo: - Se eu as pilhasse, iria ver a rainha de Castela. Na hora da partida o rei deu-lhe uma escama: - Quando estiver em apuros, pegue nesta escama e diga: Valha-me, Rei dos Peixes! O moço agradeceu o presente e lá se foi depois de dizer à bota: - Bota, bote-me na casa de minha segunda irmã, e imediatamente se achou defronte de outro palácio, onde foi recebido pela segunda irmã, que era a esposa do Rei dos Carneiros. - Meu marido logo chega por aí, a dar marradas a torto e a direito, e você não escapa.
- Com a minha carapuça escapo, respondeu o rapaz, rindo-se. E contou a virtude da carapuça encantada. E de fato foi assim, correndo tudo direitinho como lá no palácio do Rei dos Peixes. 
Na hora da partida o Rei dos Carneiros disse: - Tome este fio de lã. Quando estiver em apuros, basta que pegue nele e diga: Valha-me, rei dos Carneiros! Em seguida, olhou com inveja para as botas mágicas. - Se as pilhasse, iria ver a rainha de Castela.
Logo que o moço se viu na estrada, parou e disse à bota. - Bota, bote-me em casa da minha terceira irmã, e a bota botou-o no portão dum terceiro palácio ainda mais belo que os outros. Era ali o reino do Rei dos Pombos, onde tudo aconteceu como no reino do Rei dos Peixes e no reino do Rei dos Carneiros.
Foi muito bem recebido e festejado, até que na hora da partida o Rei do Pombos suspirou olhando para as botas, e disse: - Se eu pilhasse essas botas, iria ver a rainha de Castela. Em seguida deu ao moço uma pena, dizendo: - Quando estiver em apuros, pegue nesta pena e diga: Valha-me, Rei dos Pombos!
Logo que o moço se viu na estrada, pôs-se a pensar na tal rainha de Castela que os três príncipes queriam visitar, e disse à bota mágica: - Bota, bote-me no reino da rainha de Castela! e num instante a bota o botou lá. Soube que era uma princesa solteira, tão linda que ninguém passava pela frente de seu palácio sem erguer os olhos, na esperança de vê-la à janela - mas a princesa tinha jurado só se casar com quem passasse pelo palácio sem erguer os olhos. O moço então passou pela frente do palácio sem erguer os olhos e a princesa imediatamente casou com ele. Depois do casamento a princesa quis saber para que serviam aqueles objetos que ele sempre trazia consigo - e o que mais a interessou foi a chave de abrir todas as portas. A razão disso era haver no palácio uma sala sempre fechada, onde o rei não permitia que ninguém entrasse. Nela morava o Manjaléu - um bicho feroz, que por mais que o matassem revivia sempre. A princesa andava ardendo de curiosidade de ver o bicho Manjaléu, e certa vez, em que o rei e o marido foram à caça, pegou a chave e abriu a porta da sala do mistério. Mas o bicho feroz pulou e agarrou-a, dizendo: - Era você mesma que eu queria! E lá se foi para a floresta com a pobre moça ao ombro. Quando o rei e o marido da princesa voltaram da caça e souberam do acontecido ficaram desesperados. Mas o dono das botas mágicas prometeu consertar tudo. Agarrou-as e disse: - Bota, bote-me onde está minha esposa. E a bota botou-o. O moço encontrou a princesa sozinha, pois que o Manjaléu andava pelo mato caçando. - Minha querida esposa, disse ele, precisamos dar cabo desse monstro feroz, mas para isso é necessário que eu saiba onde é que ele tem a vida. A vida do Manjaléu está tão bem oculta que todas as tentativas para matá-lo têm falhado. Trate de saber onde ele tem a vida. A princesa prometeu que assim faria, e quando o Manjaléu voltou deu jeito da conversa recair naquele ponto. Manjaléu desconfiou. - Ahn! Quer saber onde eu tenho a vida para me matar, não é? Não conto, não. Mas a princesa, teimosa, tanto insistiu durante dias que o bicho Manjaléu resolveu contar tudo. Antes disso ele amolou, bem amolado, um alfanje, dizendo: - Vou contar onde está minha vida mas se perceber que alguém quer dar cabo de mim corto sua cabeça com esse alfanje, está ouvindo? A princesa aceitou a proposta. Ele que contasse tudo que ela ficaria com o pescoço às ordens do alfanje, no caso de alguém atentar contra a vida do monstro. E o bicho Manjaléu então contou: - Minha vida está no mar. Lá no fundo há um caixão; nesse caixão há uma pedra; dentro da pedra há uma pomba; dentro da pomba há um ovo; dentro do ovo há uma velinha, que é a minha vida. Quando essa vela se apagar, eu morrerei.
No dia seguinte, quando o bicho Manjaléu saiu novamente a caçar, o marido da princesa, que estivera escondido pela carapuça, apresentou-se. - E então?, perguntou. A princesa contou-lhe direitinho tudo que ouvira ao monstro. O moço dirigiu-se à praia do mar e pegou na escama, dizendo: - Valha-me, Rei dos Peixes!
E imediatamente o mar se coalhou de peixes que indagavam o que ele queria. - Quero saber em que ponto do fundo do mar há um caixão assim e assim
Eu sei, respondeu um enorme baiacu. Ainda há pouquinho esbarrei nele. Esse caixão está em tal e tal parte.
- Pois quero que me tragam aqui esse caixão.
Os peixes saíram na volada; logo depois apareceram empurrando um caixão para a praia. O príncipe abriu-o e encontrou a pedra. Como quebrá-la? Lembrou-se do fio de lã. Pegou no fio de lã e disse: - Valha-me, Rei dos Carneiros! 
Imediatamente apareceram inúmeros carneiros, que deram tantas marradas na pedra que a partiram. Enquanto isso, lá longe, o Manjaléu, com a cabeça no colo da princesa e o alfanje na mão, ia sentindo coisas esquisitas. - Minha princesa, disse ele, estou me sentindo doente. Alguém está mexendo na minha vida. E sua mão apertou o cabo do alfanje. A princesa engambelou-o como pôde, para ganhar tempo. Ela sabia que seu marido estava em procura da vida do monstro. Assim que os carneiros quebraram a pedra, uma pombinha voou de dentro e lá se foi pelos ares. O moço lembrou-se da pena, pegou-a e disse: - Valha-me, Rei dos Pombos! 
mediatamente o ar se encheu de pombos, que o moço mandou voarem em perseguição da pombinha. Os pombos foram atrás dela e a pegaram. O moço tomou-a, espremeu-a e fez sair um ovo. Lá longe o Manjaléu se sentia cada vez pior. Começava a desfalecer e como não tivesse dúvidas sobre o que era aquilo, foi levantando o alfanje para degolar a princesa. Mas não teve tempo. O moço havia quebrado o ovo e assoprado a velinha. A mão do Manjaléu moleou - e seus olhos fecharam-se para sempre. Estava o Reino de Castela livre daquele horrendo monstro. O moço levou a princesa para o palácio, onde o rei a recebeu com lágrimas nos olhos. E para comemorar o grande acontecimento decretou uma semana inteira de festas. E acabou-se a história.


A festa no céu


Entre todas as aves, espalhou-se a notícia de uma festa no Céu. Todas as aves compareceriam e começaram a fazer inveja aos animais e outros bichos da terra incapazes de vôo.
Imaginem quem foi dizer que ia também à festa... O Sapo! Logo ele, pesadão e nem sabendo dar uma carreira, seria capaz de aparecer naquelas alturas. Pois o Sapo disse que tinha sido convidado e que ia sem dúvida nenhuma. Os bichos só faltaram morrer de rir. Os pássaros, então, nem se fala!
O Sapo tinha seu plano. Na véspera, procurou o Urubu e deu uma prosa boa, divertindo muito o dono da casa. Depois disse:
- Bem, camarada Urubu, quem é coxo parte cedo e eu vou indo, porque o caminho é comprido.
O Urubu respondeu:
- Você vai mesmo?
- Se vou? Até lá, sem falta!
Em vez de sair, o Sapo deu uma volta, entrou na camarinha do Urubu e, vendo a viola em cima da cama, meteu-se dentro, encolhendo-se todo.
O Urubu, mais tarde, pegou na viola, amarrou-a a tiracolo e bateu asas para o céu, rru-rru-rru...
Chegando ao céu, o Urubu arriou a viola num canto e foi procurar as outras aves. O Sapo botou um olho de fora e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e ganhou a rua, todo satisfeito.
Nem queiram saber o espanto que as aves tiveram, vendo o Sapo pulando no céu! Perguntaram, perguntaram, mas o Sapo só fazia conversa mole. A festa começou e o Sapo tomou parte de grande. Pela madrugada, sabendo que só podia voltar do mesmo jeito da vinda, mestre Sapo foi-se esgueirando e correu para onde o Urubu se havia hospedado. Procurou a viola e acomodou-se, como da outra feita.
O sol saindo, acabou-se a festa e os CONVIDADOS foram voando, cada um no seu destino. O Urubu agarrou a viola e tocou-se para a Terra, rru-rru-rru...
Ia pelo meio do caminho, quando, numa curva, o Sapo mexeu-se e o Urubu, espiando para dentro do instrumento, viu o bicho lá no escuro, todo curvado, feito uma bola.
- Ah! camarada Sapo! É assim que você vai à festa no Céu? Deixe de ser confiado...!
E, naquelas lonjuras, emborcou a viola. O Sapo despencou-se para baixo que vinha zunindo. E dizia, na queda:
- Béu-Béu!
Se desta eu escapar,
Nunca mais bodas no céu!...
E vendo as serras lá em baixo:
- Arreda pedra, se não eu te rebento!
Bateu em cima das pedras como um genipapo, espapaçando-se todo. Ficou em pedaços. Nossa Senhora, com pena do Sapo, juntou todos os pedaços e o Sapo voltou à vida de novo.
Por isso o Sapo tem o couro todo cheio de remendos.



A Riqueza e a sorte
RIQUEZA
MOEDAS CHINEZAS SORTE E RIQUEZA
NECO TCHAN A MÃOZINHA ESQUERDA TRAZ DINHEIRO E A DIREITA CUIDA DA CASA.

Objetos que trazem sorte e o elefante e muito usado para atrair riqueza.

É uma história de um pobre homem que viu dois homens bem vestidos a Sorte e a Riqueza. 

A Riqueza deu-lhe um saco de ouro e disse para ele ir na manhã seguinte ao açougue ,mas, na manhãs seguinte o dono do açougue não aceitou o dinheiro então, o pobre homem voltou a trabalhar duro. 

A Riqueza sabendo da notícia deu-lhe mais um saco de moedas ,mas quando o homem estava indo pra casa uma ave de rapina pegou o saco de moedas e voou. 

A Riqueza zangada deu-lhe um cavalo com um saco cheio de moedas e o homem agradeceu. 

Quando estava num caminho seu cavalo viu uma égua e acabou fugindo atrás dela.

Quando o homem voltou pro mato a Sorte falou que era a vez dela dar felicidade para o homem e com Sorte e com Riqueza o homem ficou muito feliz. Moral a sim mesmo que você for. 

Riqueza  não vai trazer a felicidade e nem a vida mas se você for pobre pode ser muito mais rico de saúde e de felicidade.
Comadre Morte
Havia um homem que tinha tantos filhos, tantos que não havia ninguém na freguesia que não fosse compadre dele e vai a mulher teve mais um filho. 

Que havia do homem fazer? Foi por esses caminhos fora a ver se encontrava alguém que convidasse para compadre. 

Encontrou um pobre  e perguntou-lhe se queria ser compadre dele. - Quero; mas tu sabes quem eu sou?


- Eu sei lá; o que eu quero é alguém para padrinho do meu filho? Pois, olha, eu cá sou Deus.



- Já me não serves; porque tu dás a riqueza a uns e a pobreza a outros. Foi mais adiante; e encontrou uma pobre e perguntou-lhe se queria ser comadre dele.


- Quero; mas sabes tu quem eu sou?
- Não sei.
- Pois, olha, eu cá sou a Morte.



- És tu que me serves, porque tratas a todos por igual. Fez-se o batizado e depois disse a Morte ao homem:


- Já que tu me escolheste para comadre, quero-te fazer rico. 


Tu fazes de médico e vais por essas terras curar doentes; tu entras e se vires que eu estou à cabeceira é sinal que o doente não escapa e escusas de lhe dar remédio; mas se estiver aos pés é porque escapa; mas livra-te de querer curar aqueles a que eu estiver à cabeceira, porque te dou cabo da pele. 

Assim foi. O homem ia às casas e se via a comadre à cabeceira dos doentes abanava as orelhas; mas se ela estava aos pés receitava o que lhe parecia. 

Vejam lá se ele não havia de ganhar fama e tantos contos de réis, que era uma coisa por maior! Mas vai uma vez foi a casa dum doente muito rico e a Morte estava à cabeceira; abanou as orelhas; disseram-lhe que lhe davam tantos contos de réis se o livrasse da Morte e ele disse: - Deixa estar que eu te arranjo, e pega no doente e muda-o com a cabeça para onde estavam os pés e ele escapa. 

Quando ia para casa sai-lhe a comadre ao caminho:
- Venho buscar-te por aquela traição que me fizeste.
- Pois, então, deixa-me rezar um padre-nosso antes de morrer.
- Pois reza. Mas ele rezar; qual rezou! Não rezou nada e a Morte para não faltar à palavra foi-se sem ele. Um dia o homem encontra a comadre que estava por morta num caminho; e ele lembrou-se do bem que ela lhe tinha feito e disse:



- Minha rica comadrinha, que estás aqui morta; deixa-me rezar-te um padre-nosso por tua alma.



Depois de acabar, a Morte levantou-se e disse:
- Pois já que rezaste o padre-nosso, vem comigo.
O homem era esperto; mas a Morte ainda era mais; pois não era?
O lobo e o Cordeiro  (esopo) (Fontaine)
Estava bebendo um Lobo encarniçado em um ribeiro de água, e pela parte de baixo chegou um Cordeiro também a beber. Olhou o Lobo de mau rosto, e disse, reganhando os dentes: – Porque tiveste tanta ousadia de me turvar a água onde estou bebendo? Respondeu o Cordeiro com humildade:
– A água corre para mim, portanto não posso eu torvá-la. Torna o Lobo mais colérico a dizer: – Por isso me hás-de praguejar? Seis meses haverá que me fez outro tanto teu pai. Respondeu o Cordeiro: – Nesse tempo, senhor, ainda eu não era nascido, nem tenho culpa. – Sim tens (replicou o Lobo) que todo o pasto de meu campo estragaste. – Mal pode ser isso, disse o Cordeiro, porque ainda não tenho dentes. O Lobo, sem mais razões, saltou sobre ele e logo o degolou, e o comeu.


Prof Dr Master Reikiana Aldry Suzuki

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