APRESENTAÇÃO
A idéia de elaborar esta missiva obra foi
pela necessidade dos alunos do curso CND (Curso Normal Descentralizado)
desenvolverem um Relatório de Estágio com o tema de TEORIAS DA APRENDIZAGEM –
Onde os alunos estarão observando na sala de aula as dificuldades de
aprendizagem das crianças, depois de diagnosticada as dificuldades, irão
pesquisar, levantando dados e justificando-os com base em seus estudos e
pesquisas. Para o IESDE a justificativa do aluno é muito importante neste
módulo. Onde observarão o:
I –POR QUE UMA CRIANÇA NÃO APRENDE?
II – COMO O ALUNO APRENDE?.
E estarão elaborando seu relatório por meio de pesquisas sobre as Teorias
da Aprendizagem.
Muitos dados das videoaulas
poderão ser aproveitados, assim como pesquisas em Bibliotecas, livros de
História da Educação, Revista Nova Escola , etc....
E como Tutora pesquisei, acrescentei, conforme a necessidade de minha
turma, elaborando esta apostila para tomarem com base a relação de sua
pesquisa, funcionando mais como um manual instrutivo e explicativo sobre os
vários distúrbios existentes em seu âmbito geral, mais não se encontra detalhado.
Para os futuros e atuais educadores, este manual poderá servir de ajuda e
apoio em suas investigações e analises e algumas instruções para os referidos
pais, pois para ficar mais esclarecido somente um “ex-pert” da cadeira
fonoaudiológica, pois sou uma mera pesquisadora.
Mas lembrando que é necessário o acompanhamento de um especialista, pois
é ele quem sabe dar o diagnóstico final, porque muitas vezes o que nos parece -
não é de verdade, experiência própria com meu filho de 7 anos.
E minha pesquisa foi complementada através de curso que tive o privilegio
de participar no Paraná com a fonoaudióloga Drª Regina Barbalho Drummond e o
Drº Carlos de Mattos, fornecido pela OMEP/PR (Organização Mundial de Educadores
da Pré-Escola) e as apostilas e livros que enriqueceram minhas informações no
curso de Pedagogia que fiz na FIU em Pereira Barreto - São Paulo, para maior
desenvolvimento de minhas aulas.
Meu objetivo é divulgar algumas informações e receber outras tantas para
que esta relação de troca surja um trabalho crescente, direcionado a uma
educação que possibilite a criança estar apta a interferir em seu meio, de uma
forma mais concreta e consciente.
I - ASPECTOS GERAIS DAS
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
INTRODUÇÃO
A dificuldade em aprender refere-se às situações difíceis encontradas
pela criança, adolescentes ou adultos na aprendizagem.
Essas dificuldades de aprendizagem são consideradas “os sintomas”, e é
pela intensidade com que se apresentam esses sintomas e comportamentos e pela
duração que eles têm na vida escolar que se faz necessária a busca das
possíveis causas dos sintomas apresentados.
Existem vários fatores que podem desencadear uma dificuldade no processo
de aprender.
Os fundamentais são:
-
OS FATORES ORGÂNICOS: saúde física, falta de
integridade neurológica, alimentação inadequada, etc.
-
OS FATORES PSICOLÓGICOS: inibição, fantasia, ansiedade,
angústia, inadequação à realidade, sentimento generalizado de rejeição, etc.
-
OS FATORES
AMBIENTAIS: o tipo de educação
familiar, o grau de estimulação que a criança recebeu desde os primeiros dias
de vida, a influência dos meios de comunicação, etc.
Podemos ainda incluir os fatores pedagógicos, assim como os funcionais.
Os pedagogos se referem ao método de
ensino e à defasagens de séries anteriores. Entre os funcionais seria
identificar a maneira como a criança, age, a maneira, um jeito próprio de
dirigir, que às vezes pode ser prejudicial de alguma maneira.
Detectar a causa que interfere no desempenho escolar, principalmente da
criança, é fundamental para o seu bom rendimento escolar, desde que as causas
sejam trabalhadas.
A educação não é apenas o ato mediante o qual o homem
informa o outro alguma coisa. Ela é sobretudo um sistema de troca mediante o qual, através da
compreensão, se atinge o consenso.
Íris B. Goulart
|
Este trabalho esta desenvolvido através
de capítulos:
·
no
primeiro capítulo esta os aspectos gerais das dificuldades de aprendizagem.
·
no
segundo capítulo encontram-se os distúrbios: da fala, da articulação, da
linguagem, da voz, psicomotores (hiperatividade).
·
o terceiro capítulo, a indisciplina em sala de
aula e na escola.
·
no quarto capítulo, preconceitos sobre os
educandos.
·
o quinto capítulo, orientação aos educadores.
·
o sexto capítulo, as inteligências múltiplas.
·
no sétimo capítulo, a conclusão.
·
e no oitavo e último capítulo as referências
bibliográficas.
ATUAÇÃO DO PROFESSOR:
Professor, sendo você um dos primeiros elos no processo
ensino-aprendizagem sistemático, é importante que exista uma preocupação em
reconhecer aqueles alunos com dificuldades de aprendizagem, geralmente são
crianças rotuladas como:lentas, preguiçosas, incompetentes, etc. Esse fato pode
torna-las distantes, arredias, rebeldes, agressivas, inclusive, motivo de
causas da evasão escolar. Além dessa preocupação em reconhecer, é preciso admitir
que é possível fazer algo que possa ajudar o aluno. Existem diversos fatores
que podem desencadear as dificuldades na aprendizagem, como já vimos acima,
porém alguns são considerados fundamentais: falta de estimulação nas
habilidades básicas(conceitos básicos, lateralidade), métodos de ensino;
fatores emocionais; diferenças culturais; sociais; dificuldades
sensoriais(audição e visão); deficiência mental; síndromes; hiperatividade;
dificuldade de atenção; dificuldades na linguagem (dislexia, disgrafia,
Disortografia, discalculia), oral e escrita, e na matemática(dificuldade no
raciocínio lógico), sendo que na maioria dos casos uma se apresenta
comprometida com os demais.
Existem várias maneiras para se constatar uma dificuldade da criança em
aprender, mas o ponto de partida é o próprio desempenho do aluno. Estar atento
para os comportamentos que a criança manifesta par o funcionamento da visão e
audição, assim como orientar e direcionar a família para um encaminhamento que
se faça necessário é de suma importância para a vida escolar do aluno.
As dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas ao funcionamento
cognitivo sendo o mais freqüente a ausência de esquemas para a realização de
tarefas, pois, segundo PIAGET, ninguém aprende além do que sua estrutura
cognitiva permitir.
Vamos imaginar uma situação de ensino que envolva características do
pensamento operatório formal para uma criança que só dispunha do pensamento
operatório concreto, neste caso, o aluno não dispõe dos recursos cognitivos de
que precisa para aprender, e quando o aluno tem esses recursos precisa saber
fazer uso deles, neste caso é como se o aluno tivesse um instrumento e não
soubesse o que fazer com ele, ou fizesse um uso inadequado.
A escola tem seu lugar garantido no desenvolvimento infantil, podendo a
relação professor – aluno oferecer oportunidades riquíssimas de crescimento, e
os conflitos que possa surgir exercem um importante papel, não só no
desenvolvimento infantil, como no processo de aprendizagem como um todo. É fundamental criar um vínculo positivo nesta
relação, sendo que o professor deve estabelecer limites e normas que sejam
válidas para todo o grupo.
Vejamos aqui o que algumas pesquisas, de um modo bastante sucinto,
definem como “causas” das dificuldades de aprendizagem.
LINGUAGEM
A linguagem é o elemento fundamental na construção
daquilo que chamamos de civilização, sem a qual seria impossível alcançar o
estágio de elaboração e organização simbólica que o homem atingiu em nossos
tempos, permitindo um avanço infinito no campo de todas as ciências.
Partindo do enfoque, a linguagem humana compreende o
estudo de seus instrumentos fundamentais de comunicação como: a voz, a fala, a
audição, a escrita, a leitura e as atividades motoras, consideradas e avaliadas
numa estrutura integral, de maneira unificada a fim de permitir uma visão ampla
do indivíduo como um todo, associando sempre ao seu meio sócio-cultural.
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