CANTINHO BRASILEIRO
Como identificar as orações reduzidas:
a) As
orações reduzidas são caracterizadas por possuírem o verbo nas formas de gerúndio,
particípio ou infinitivo , ou seja, nas suas formas nominais.
b) Ao
contrário das demais orações subordinadas, as orações reduzidas não são ligadas
através de conectivo.
c) Para
cada oração reduzida, tem-se uma desenvolvida correspondente. Para melhor
identificarmos que tipo de oração reduzida temos, podemos desenvolvê-la.
d)
Possuem as mesmas características sintáticas das orações subordinadas
desenvolvidas.
e) Há
três tipos de orações reduzidas:
ORAÇÕES
REDUZIDAS NO PARTICÍPIO, GERÚNDIO E INFINITIVO
I. Reduzidas de Infinitivo
- Substantivas
Subjetivas
- É necessário gostar de frutas e verduras. (que se goste de frutas e verduras.)
- É necessário gostar de frutas e verduras. (que se goste de frutas e verduras.)
Objetivas Diretas
- O técnico assegurou serem seguras as máquinas. (que eram seguras as máquinas)
- O técnico assegurou serem seguras as máquinas. (que eram seguras as máquinas)
Objetivas Indiretas
- Gosto de ficar sozinho. (que eu fique sozinho)
- Gosto de ficar sozinho. (que eu fique sozinho)
Predicativas
-o melhor seria fazerem a viagem. (que fizessem a viagem)
-o melhor seria fazerem a viagem. (que fizessem a viagem)
Completivas Nominais
- Eu estou disposto a arriscar tudo. (que eu arrisque tudo)
- Eu estou disposto a arriscar tudo. (que eu arrisque tudo)
Apositivas
- Ele nos fez um convite: comparecermos ao seu casamento. (que comparecêssemos ao seu casamento)
- Ele nos fez um convite: comparecermos ao seu casamento. (que comparecêssemos ao seu casamento)
- Adjetivas
- Restritiva
- Ela foi a única a apreciar o show. (que apreciou o show)
Explicativas
- Aquele, a cantar no palco, é meu amigo. (que canta no palco)
- Aquele, a cantar no palco, é meu amigo. (que canta no palco)
- Adverbiais
- Causal
- Eu lamento por ter chegado atrasado. (porque cheguei atrasado)
Temporal
- Não podem ir embora sem cumprimentar o casal. (que cumprimentem o casal)
- Não podem ir embora sem cumprimentar o casal. (que cumprimentem o casal)
Final
- Fiz um empréstimo para comprar um carro. (para que compre um carro)
- Fiz um empréstimo para comprar um carro. (para que compre um carro)
Concessiva
- Apesar de estar triste ela continua sorridente. (apesar de que esteja triste)
- Apesar de estar triste ela continua sorridente. (apesar de que esteja triste)
Condicional
- Se cumprirem a promessa eu cumpro a minha. (caso cumpram a promessa)
- Se cumprirem a promessa eu cumpro a minha. (caso cumpram a promessa)
Consecutiva
- Ela se distraiu tanto a ponto de esquecer a discussão. (que esqueceu a discussão)
- Ela se distraiu tanto a ponto de esquecer a discussão. (que esqueceu a discussão)
II. Reduzidas de Gerúndio
- Adjetivas
Restritiva
- Gosto de crianças correndo pela casa. (que corram pela casa)
- Gosto de crianças correndo pela casa. (que corram pela casa)
Explicativas
- Encontrei Maria, saindo de férias. (que saía de férias)
- Encontrei Maria, saindo de férias. (que saía de férias)
- Adverbiais
- Causal
- Não cumprindo a promessa, sentiu remorsos. (porque não cumpriu a promessa)
Temporal
- Faltando alguns minutos para o final da prova, eu terminei. (quando faltavam alguns minutos para o final da prova)
- Faltando alguns minutos para o final da prova, eu terminei. (quando faltavam alguns minutos para o final da prova)
Concessiva
- Mesmo estando doente assisti aos jogos. (mesmo que estivesse doente)
- Mesmo estando doente assisti aos jogos. (mesmo que estivesse doente)
Condicional
- Mentindo assim você ficará em uma situação difícil. (caso você minta assim)
- Mentindo assim você ficará em uma situação difícil. (caso você minta assim)
III. Reduzidas de Particípio
- Adjetivas
Restritiva
- Temos apenas um carro comprado com muito sacrifício. (que compramos com muito sacrifício)
- Temos apenas um carro comprado com muito sacrifício. (que compramos com muito sacrifício)
Explicativas
- Fiquei surpresa com a casa, pintada de branco. (que pintaram de branco)
- Fiquei surpresa com a casa, pintada de branco. (que pintaram de branco)
- Adverbiais
- Causal
- Ferido na perna, ele não pode mais jogar. (porque se feriu na perna)
Temporal
- Concluído o jogo, o time foi descansar. (quando concluíram o jogo)
- Concluído o jogo, o time foi descansar. (quando concluíram o jogo)
Concessiva
- Vencido o campeonato, permanecerão treinando. (mesmo que vençam o campeonato)
- Vencido o campeonato, permanecerão treinando. (mesmo que vençam o campeonato)
Condicional
- Excluídas as doações, como funcionaremos? (caso excluam as doações)
- Excluídas as doações, como funcionaremos? (caso excluam as doações)
Orações Subordinadas Reduzidas
As orações subordinadas podem aparecer sob a forma
de orações reduzidas, que apresentam as seguintes características:
• Verbo em uma das formas nominais (Gerúndio,
Particípio ou Infinitivo);
• Não são introduzidas por conectivos (Conjunções
Subordinativas ou Pronomes Relativos).
São classificadas em:
• Reduzida de Infinitivo: Meu desejo era viajar
para a Grécia.
• Reduzida de Gerúndio: Encontrei as crianças
brincando no jardim.
• Reduzida de Particípio: Apresentado o resultado,
todos discordarão.
DICA: esse tipo de oração pode ser
substituído pelos pronomes demonstrativos.
Atenção
• O sujeito das orações reduzidas de Infinitivo não deve ser contraído com a Preposição de.
- A maneira de
ele trabalhar não é satisfatória. (não: A maneira dele trabalhar não é satisfatória.)
• Os pronomes pessoais oblíquos
mim e ti não devem ser usados como sujeito das orações reduzidas de infinitivo.
No lugar deles, devem ser usados os pronomes pessoais retos eu e tu.
- Foi difícil para eu fazer isto. (não: Foi difícil
para mim fazer isto.)
Período composto por subordinação
No período composto por subordinação sempre
aparecem dois tipos de oração: oração principal e oração subordinada.
O período:
Todos esperam sua volta
É um período simples, pois apresenta uma única
oração. Nele podemos identificar:
Todos (sujeito.) esperam (verbo transitivo direto)
sua volta. (objeto direto)
Se transformarmos o período simples acima em um
período composto, teremos:
Todos esperam que você volte.
1ª oração: Todos esperam
2ª oração: que
você volte
Nesse período, a 1ª oração apresenta o sujeito
todos e o verbo transitivo direto esperam, mas não apresenta o objeto direto de
esperam.
Por isso, a
2ª oração é que tem de funcionar como objeto direto do verbo da 1ª oração.
Verificamos, então, que:
I. a 1ª oração não exerce, no período acima,
nenhuma função sintática. Por esse motivo ela é chamada de oração principal.
II. a 2ª oração depende da 1ª, serve de termo
(objeto direto) da 1ª e completa-lhe o sentido. Por esse motivo, a 2ª oração é
chamada de oração subordinada.
Resumindo:
Oração principal: é um tipo de
oração que no período não exerce nenhuma função sintática e tem associada a si
uma oração subordinada.
Oração subordinada: é toda oração
que se associa a uma oração principal e exerce uma função sintática (sujeito,
objeto, adjunto adverbial etc.) em relação à oração principal.
As orações subordinadas
classificam-se, de acordo com seu valor ou função, em:
Orações
subordinadas substantivas
Inicialmente, diga-se que são
aquelas orações subordinadas que exercem as seguintes funções: sujeito, objeto
direto, objeto indireto, complemento nominal, predicado nominal e aposto,
exemplos:
Insinuou nada conhecer.
Pediu que se fizesse silêncio.
As orações subordinadas substantivas podem ser de
seis espécies:
1ª. Subjetivas:
são aquelas que exercem a função de sujeito em relação a outra oração.
Exemplos:
Importa estudar continuamente.
Sabe-se que a situação
econômico-financeira ainda vai ficar pior.
Convém que não saias da classe.
Facilita encontrar o sujeito de
uma oração interrogar o verbo da oração:
Importa o que?
O que se sabe?
O que convém?
2ª. Objetivas
diretas: são aquelas que exercem a função de objeto direto de outra oração.
Informamos que os alunos sairão pela porta dos
fundos.
Amaral não sabia como realizar o sorteio.
Responda se conhece o novo time do Flamengo.
Olha como tudo terminou bem!
Penso que eles viajarão amanhã cedo.
Temo que Marcos saia ferido.
Pedi que saíssem da sala.
Vi-o correr.
Observa-se que o objeto direto é identificado da
seguinte maneira: quem confia, confia em
alguma coisa; quem sabe, sabe de alguma coisa; quem espera, espera alguma
coisa; e assim por diante.
As
locuções tenho medo, estou com esperança e sou de opinião ou ele é de opinião
têm força transitiva direta, isto é, são equivalentes a verbos transitivos diretos:
temer, esperar, opinar.
Se estas expressões vierem
acompanhadas de preposição de antes da conjunção que, as orações já não serão
objetivas diretas, mas completivas
nominais:
Tenho medo de
que ele não resista ao interrogatório.
Estou com esperança de que ele saia vitorioso.
Estou com receio de que não ocorra o jogo.
3ª. Objetivas indiretas: são aquelas que exercem a função de objeto indireto
de outra oração, isto é, ligam-se à
oração principal mediante preposição. Exemplos:
Preciso de rever todas as provas.
Cláudia não gostou das provocações e insinuações.
O acidente obstou a que chegássemos mais cedo.
O jovem obedeceu a todos que lhe são superiores.
A
identificação do objeto indireto é realizada mediante o seguinte procedimento: quem precisa, precisa de alguma coisa; quem
gosta, gosta de alguma gosta; quem obedece, obedece a alguma coisa; e assim por
diante.
4ª. Completivas nominais: são aquelas que completam o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio. Exemplos:
Ivo tinha esquecido de que sua proposta não
agradara.
Alencar estava esperançoso de que tudo se
resolveria.
A opinião de que Luís desistirá do estudo é
conclusão precipitada.
Assim como alguns verbos exigem
objeto que lhes complete o sentido, há algumas palavras que necessitam de
outras que lhes completem o sentido. Assim, pode-se à semelhança dos verbos,
perguntar: acordo de que?; esperançoso de quê?; opinião de quê? (ou sobre o quê?); medo de quê? A reposta a estas perguntas constitui o complemento nominal.
5ª.
Predicativas: são aquelas que funcionam como predicativo do sujeito.
Exemplos:
O bom é que você não desconfia nunca.
O mal é você ficar de braços cruzados.
O certo é que Sérgio não se casará.
A falácia é que para ficar rico é preciso ficar
pobre.
Não se deve confundir oração predicativa com oração
subjetiva. Exemplos:
É certo que o Vasco não ganhará do Flamengo =
subjetiva.
A oração grifada funciona como sujeito
O certo é que o Vasco não ganhará do Flamengo =
predicativa
A oração grifada funciona como predicativo do
sujeito.
6ª. Apositivas: são aquelas que funcionam como aposto. Exemplos:
Sua instrução foi única: estudar sempre
Pedi-lhe um favor: que me chamasse às sete horas.
O aposto é uma foram de adjunto
adnominal, que é constituído de uma palavra ou expressão em aposição,
exemplificando um ou vários termos expressos na oração. Note-se nos exemplos
que estudar sempre explica a frase inicial, determina qual foi sua instrução;
qual foi o favor pedido. ( que seria
depois de dois pontos, aspas, travessões)
Orações subordinadas adjetivas
A oração que modifica um
substantivo de outra oração é denominada oração subordinada adjetiva. Em geral,
tais orações são introduzidas por pronome relativo. Exemplo:
O garoto que era risonho
tornou-se um garoto sisudo.
Segundo a Nomenclatura Gramatical
Brasileira, as orações subordinadas adjetivas exercem a função sintática de
adjunto adnominal de um termo da oração principal.
As orações subordinadas adjetivas são de duas
espécies: explicativas e restritivas.
As explicativas são aquelas que
indicam qualidade inerente ao substantivo a que se referem. Justapõem-se a um
substantivo já plenamente definido pelo contexto. Além disso, as orações
adjetivas explicativas podem ser eliminadas sem prejuízo do sentido. Têm função
meramente estilística. Exemplos:
O inverno suíço de 1987, que foi
muito rigoroso, matou 100 pessoas.
O homem, que é um ser racional,
tem perdido suas características mais preciosas.
O lírio, que é branco, já não é
símbolo de candura.
As orações adjetivas explicativas
são menos comuns que as restritivas.
As
orações adjetivas restritivas delimitam o sentido do substantivo antecedente.
São indispensáveis ao sentido total da oração. Exemplos:
Todo aluno que é estudioso é
digno de aprovação.
Todo político que é honesto é
capaz de causar revoluções administrativas.
Não acredito no médico do qual me
falaste há pouco.
O professor cujas orientações não
são diretivas tem conseguido resultados assustadores nos últimos tempos.
Orações subordinadas adverbiais
Um terceiro tipo de orações
subordinadas são as adverbiais, isto é, aquelas que equivalem a advérbios em
relação a outra oração.
Os adjuntos adverbiais são termos
acessórios das orações; são determinantes. Os determinantes adverbiais
acrescentam "ao predicado o
esclarecimento de lugar, tempo, modo etc."
Almoçarei ao meio-dia.
Chegaram aqui as embarcações.
Ontem choveu.
Aquele homem caminha com dificuldade.
Tu te exprimes muito bem.
São, portanto, os adjuntos
adverbiais expressões que acrescentam circunstâncias aos fatos expressos.
Recorde-se também que as orações
reduzidas às vezes indicam circunstâncias que caracterizam e restringem o
sentido do verbo:
Não te emprestarei dinheiro para
gastares com bijuterias. (adverbial final reduzida de infinitivo)
Chegando ao teatro, comprei os
ingressos. (subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio)
Terminado o jogo, voltei pra
casa. (subordinada adverbial temporal reduzida de particípio)
As
orações subordinadas adverbiais são dos seguintes tipos: causais, comparativas,
consecutivas, concessivas, condicionais, conformativas, finais, proporcionais e
temporais.
1ª. Causais: são aquelas que modificam a oração principal apresentando uma
circunstância de causa, isto é, respondem à pergunta "por quê?" feita
à oração principal. Exemplos:
Carlos
saiu porque precisava.
Amadeu
não saiu porque estava frio.
Nilo Lusa
deixou o magistério porquanto sua saúde era precária.
São
conjunções causais: porque,
que, porquanto, visto que, por isso que, como, visto como, uma vez que, já que,
pois que.
2ª. Comparativas: são aquelas que correspondem ao segundo termo de uma
comparação. Exemplos:
Marisa é
tão boa digitadora quanto Teresa
"A
preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro"
São
conjunções comparativas: como, mais do que, assim como, bem como, que nem (como), tanto quanto.
3ª. Consecutivas: são aquelas que são introduzidas por um termo
intensivo que vem em seguida à oração principal, acrescentando-lhe idéias e
explicações, ou completando-a, ou tirando uma conclusão. Exemplos:
O Plano
de Estabilização Econômica foi tão cercado de flores de todos os lados que não
percebemos suas consequências menos interessantes.
Onde
estás, Eliana, que não te vejo!
Otávio
bebia tanto que morreu afogado no seu próprio vômito.
Faça seu
trabalho de tal modo que não venha a lastimar-se do resultado que dele possa
advir.
São
conjunções consecutivas: (tanto) que, (tão) que, (de tal forma) que.
4ª. Concessivas: são aquelas que se caracterizam pela ideia de
concessão que transmitem à oração principal. Exemplos:
Ainda que
faça frio, o jogo realizará.
Cristiano
foi ao parque, embora estivesse chovendo.
Ainda que
eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada
seria.
São
conjunções concessivas: embora, posto que, se bem que, ainda que, sempre que, desde que,
conquanto, mesmo que, por pouco que, por muito que.
5ª. Condicionais: são aquelas que se caracterizam por transmitir ideias
de condição à oração principal. Exemplos:
Se o
filme for ruim, sairei do cinema.
Caso
tivesse realizado as obras necessárias, não teria perdido a eleição.
São
conjunções condicionais: se, salvo se, senão, caso, desde que, exceto se, contanto que, a menos
que, sem que, uma vez que, sempre que.
6ª. Conformativas: são aquelas que indicam o modo como ocorreu a ação
expressa na oração principal. Exemplos:
Conforme
as últimas notícias, o mundo corre risco de uma guerra generalizada.
Realizei
seus desejos como você me havia sugerido.
Escrevi
carta burocrática, segundo o estilo oficial estabelece.
São
conjunções conformativas: de modo que, assim como, bem como, de maneira que, de sorte que, de
forma que, do mesmo modo que, segundo conforme.
7ª. Finais: são aquelas que indicam o fim ou finalidade à oração
principal. Exemplos:
É preciso
que haja políticos de concepções liberais extremadas para que os conservadores
não reduzam os homens a títeres.
Acenei-lhe
para que silenciasse
Antônio
Carlos falou baixinho a fim de que não fosse percebida sua revolta.
São
conjunções subordinativas finais: para que, a fim de que.
8ª. Proporcionais: são aquelas que transmitem ideia de
proporcionalidade à ideia principal. Exemplos:
À
proporção que o tempo passa, a agonia recrudesce.
O barulho
de algazarra aumenta à medida que se aproxima das crianças.
São
conjunções subordinativas proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que.
9ª. Temporais: são aquelas que indicam relação de tempo naquilo que
se refere à ação expressa pela oração principal. Exemplos:
Enquanto
leio poesia, recupero o equilíbrio emocional.
Cada vez
que eu penso, te sinto, te vejo...
São
conjunções subordinadas temporais: quando, enquanto, agora que, logo que, desde que,
assim que, tanto que, apenas, antes que, até que, sempre que, depois que, cada
vez que.
Orações reduzidas
São denominadas orações reduzidas
aquelas que apresentam o verbo numa das formas nominais, ou seja, infinitivo, gerúndio e particípio.
As orações reduzidas de formas
nominais podem, em geral, ser desenvolvidas em orações subordinadas. Essas
orações são classificadas como as desenvolvidas correspondentes.
As
orações reduzidas não são introduzidas por conectivo.
No caso de se fazer uso de
locução verbal, o auxiliar indica se se trata de oração reduzida ou não. Na
frase:
Tendo de
ausentar-se, declarou vacante seu cargo.
Temos aqui uma oração reduzida de
gerúndio. Portanto, é condição para que a oração seja reduzida que o auxiliar
se encontre representado por uma forma nominal.
Exemplos de orações reduzidas de
infinitivo:
Substantivas
subjetivas: são
aquelas que exercem a função de sujeito do verbo de outra oração. Exemplos:
Não
convém agires assim
É certo
ter ocorrido uma disputa de desinteressados.
Urge
partires imediatamente.
Substantivas
objetivas diretas: são
aquelas que exercem a função de objeto direto. Exemplos:
Ordenou
saírem todos logo.
Respondeu
estarem fechadas as matrículas.
As
crianças fazem rir seus rivais.
O
professor assegurou serem os exames para avaliar e não para derrotar os alunos.
Peça-lhes
fazer silêncio.
Substantivas
objetivas indiretas: são
aquelas que funcionam como objeto indireto da oração principal. Exemplo:
Aconselho-te
a sair imediatamente.
Substantivas
predicativas: são
aquelas que funcionam como adjetivo da oração principal. Exemplos:
O
importante é não se deixar corromper pela desonestidade.
Seu
desejo era adquirir um automóvel.
Substantivas
completivas nominais: são
aquelas que funcionam como complemento de um nome da oração principal.
Exemplos:
Maíra
estava disposta a sair da casa.
Tinha o
desejo de espalhar os fatos verdadeiros.
Substantivas
apositivas: são
aquelas que funcionam como aposto da oração principal. Exemplos:
Fez uma
proposta a sua companheira: viajarem pelo interior, no fim do ano.
Recomendou-lhe
dois procedimentos: ler e refletir exaustivamente a obra de Manuel Bandeira.
Adverbiais: são aquelas que funcionam como
adjunto adverbial da oração principal. Exemplos:
Chegou
para poder colaborar. (final)
Alegraram-se
ao receberem os campeões. (temporal)
Não
obstante ser ainda jovem, conquistou posições invejáveis. (concessivas)
Não
poderá voltar ao trabalho sem me avisar com antecedência. (condicional)
Não compareceu por se encontrar
doente. (causal)
É alegre de fazer inveja.
(consecutiva)
Adjetivas: são aquelas que funcionam como
adjetivo da oração principal. Exemplos:
O aluno não era de deixar de ler
suas redações.
Exemplos de orações reduzidas de gerúndio:
Subordinadas adjetivas: Parei um instante e vi o
professor cuidando o garoto.
Adverbiais:
Retornando de férias, volte ao trabalho. (temporal)
João Batista, ainda trajando à moda antiga,
apresentava-lhe galhardamente. (concessiva)
Querendo, você conseguirá obter resultados
positivos nos exames. (condicional)
Desconfiando de suas palavras, dispensei-o. (causal)
Xavier, ilustre comerciante, enriqueceu-se vendendo
carros. (modal ou conformativa)
Exemplos de orações reduzidas de particípio:
Subordinada adjetiva:
As notícias apresentadas pelo
Canal X são superficiais.
Adverbiais:
Terminada a aula, os alunos retiraram-se da classe.
(temporal)
Reconhecido seu direito, teriam tido outro
comportamento. (condicional)
Acossado pela política, não se entregou. (concessiva)
Quebradas as pernas, não pôde correr. (causal)
2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Uma oração subordinada adjetiva é
aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto
adnominal do antecedente. Observe o exemplo:
Esta foi uma redação bem-sucedida.
Substantivo Adjetivo
(Adjunto Adnominal)
Note que o
substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é
possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel.
Veja:
Esta foi uma redação que fez sucesso.
Oração
Principal Oração
Subordinada Adjetiva
Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da
oração principal que ela modifica é feita pelo pronome relativo” que”. Além de
conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma função
sintática na oração subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo
que o antecede.
Obs.: para que dois períodos se
unam num período composto, altera-se o
modo verbal da segunda oração.
Atenção:
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o
pronome relativo “ que”: ele sempre pode ser substituído por:
o qual - a qual - os quais -as
quais
Por Exemplo:
Refiro-me ao aluno que é estudioso.
Essa oração
é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Forma das
Orações Subordinadas Adjetivas
Quando são introduzidas por um
pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem
as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por
pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo
numa das formas nominais (infinitivo,
gerúndio ou particípio).
Por Exemplo:
Ele foi o primeiro aluno que se
apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se
apresentar.
No
primeiro período, há uma
oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome
relativo "que" e apresenta
verbo conjugado no pretérito perfeito do
indicativo. No segundo, há uma
oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.
RESTRITIVA
Quando restringe ou especifica o
sentido do antecedente:
Os brasileiros que são otimistas
acreditam no novo plano econômico.
No exemplo acima, a oração adjetiva restringiu os
brasileiros a somente aqueles que são otimistas, ou seja, só os otimistas
acreditam no novo plano.
EXPLICATIVA
Quando
não restringe o sentido do antecedente, apenas explicita uma característica
dele:
Os
brasileiros, que são otimistas, acreditam no novo plano econômico.
Nesse caso, a oração subordinada
adjetiva expressa uma característica atribuída aos brasileiros, porém não
restringe seu significado. Por essa frase entendemos que todos os brasileiros
são otimistas e acreditam no novo plano econômico.
Observe a
diferença:
Cortarei os doces que estão me fazendo engordar.
A oração
subordinada adjetiva é restritiva, porque indica que só alguns doces serão cortados.
Cortarei os doces, que estão me fazendo engordar.
A oração
subordinada adjetiva é explicativa, porque todos os doces serão cortados.
Pontuação
das orações subordinadas adjetivas
As orações subordinadas adjetivas
restritivas nunca se separam da oração principal:
"Não
havia vozes que amansassem as dores que andavam no coração de seu povo." (J. Lins do Rego)
Mas podem, por razões de clareza,
vir finalizadas por uma vírgula, especialmente se terminam por verbo:
Os
brasileiros que não se envolvem com política, os que ignoram o tema, os que
ficam entediados...
As orações subordinadas adjetivas explicativas vêm obrigatoriamente
separadas da oração principal por meio de vírgulas:
"Enquanto faziam isso,
Eulália, que desde o despertar não dissera uma única palavra, continuava sentada
no chão (...) "(Érico Veríssimo)
"Passaram a Praia das
Castanheiras, que se enchia de banhistas." (Autran Dourado)
3. Orações subordinadas reduzidas
São aquelas que se ligam à oração
principal sem o intermédio de uma conjunção ou pronome relativo e apresentam o
verbo numa das três formas nominais do verbo:
Infinitivo:
cantar, brincar, amar.
Gerúndio:
cantando, brincando, amando.
Particípio:
cantado, brincado, amado.
Só havia
um surfista corajoso desafiando as ondas imensas.
O verbo "desafiando" abre e define a oração
adjetiva reduzida de gerúndio.
Atenção: quando a oração reduzida
equivale a uma oração adjetiva, chama-se oração subordinada adjetiva reduzida.
A maioria das adjetivas reduzidas apresenta o verbo no particípio ou no
gerúndio:
Fiquei
preso numa rua congestionada pelas chuvas.
que
estava congestionada pela chuvas –
oração adjetiva reduzida de particípio
4. Função do pronome relativo
Para sabermos a função sintática
que o pronome relativo desempenha na oração, basta substituí-lo por seu antecedente
(palavra que é substituída pelo pronome) e verificar que função ela teria na
oração adjetiva:
Gostei do
vestido que você estava usando.
(você estava usando o vestido)
No exemplo acima, vestido seria o objeto direto da
oração adjetiva; portanto, o pronome que
tem a função de objeto direto.
Comprei o
vestido que estava em liquidação.
(o vestido estava em liquidação)
No caso acima, vestido seria o sujeito da oração
adjetiva. Assim, a função do pronome que
é de sujeito.
A loja em
que comprei o vestido estava em liquidação.
(comprei o vestido na loja)
No exemplo acima, na loja seria adjunto adverbial de lugar;
portanto, o pronome que funciona
como adjunto adverbial de lugar.
Os
vestidos cujas cores eram mais atraentes foram vendidos logo.
(as cores dos vestidos)
Nesta oração, dos vestidos seria um adjunto
adnominal. Assim, a função do pronome cujas
é de adjunto adnominal.
Pronomes relativos
São aqueles que estabelecem
relação entre duas orações, substituindo um termo da oração anterior (esse
termo é chamado antecedente do pronome). Os pronomes relativos, todos de 3ª
pessoa, são: que, o qual (a qual), cujo (cuja), quem, onde, quando, como,
quanto (precedido de tudo):
Que – pode referir-se a pessoas,
coisas, lugares:
Não sei
onde fica a rua em que ele mora.
O qual (a qual) – equivale ao pronome
que, porém tem uso mais restrito. Deve
ser utilizado quando o que não é
aceitável:
Ele terá um prazo, durante o qual poderá preparar-se.
Quem – refere-se a pessoas
Procuro um colega com quem dividir as despesas.
Cujo
(cuja) –
equivale a do qual, da qual, o seu, a sua. É sempre um pronome adjetivo:
Eis um homem cuja inteligência eu admiro!
Onde – refere-se a lugares:
Respeita o país onde nasceram teus pais!
Quanto
(quanta) – é sempre
precedido por tudo, todos:
Gasto tudo quanto ganho.
Quando – equivale a em que, referindo-se a tempo; é mais
utilizado na língua literária:
Chegou à idade quando as moças devem se casar.
Como – equivale a pelo qual, com o qual,
indicando modo:
Não gostei do jeito como me tratou.
Atenção: o pronome relativo desempenha a
função sintática que seu antecedente desempenharia na oração seguinte:
Conheço uma praia que ninguém
conhece.
(a praia ninguém conhece)
No exemplo acima, o antecedente a praia desempenha a função de objeto
direto. Assim, a função do pronome que
é de objeto direto.
Boa sorte e um maravilhoso estudo
para vocês meus lindos . Sucesso em amplo aspecto. Com carinho Prof Dr Master
Reikiana Aldry Suzuki
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