domingo, 9 de setembro de 2012

42 Técnicas de Contar Histórias - VI CARACTERÍSTICAS DA IDADE/INTERESSE COMUNS







II - CARACTERÍSTICAS DA IDADE/ INTERESSE COMUNS


Embora crianças de diferentes faixas etárias ou níveis sociais não se interessem pelos mesmos temas ou histórias, observa-se que algumas características de idade conduzem a interesse e/ ou necessidades comuns.


Características da idade –Pré-Escolar
Interesse/necessidades – escutar e conhecer
 Até 3 anos, fase Pré-mágica
Palavras simples, rimas, palavras disparatada, escutar breves relatos e sua repetição. História de bichinhos, brinquedos, objetos de seres da natureza(humanizados) falam usam roupas, têm hábitos humanos. História de Crianças
3e 4 anos
Desenvolvimento de uma atividade contínua: breve momentos de atenção, comportamentos egocêntricos, curiosidade por conhecer o mundo; construção de conceitos através de atividades concretas; animismo.
Participar de relatos e poesias, nomear personagens e objetos, repetir frases ou breves relatos; ouvir relatos nos quais se identificam nos personagens e na ação. História simples de crianças como elas mesmas, suas casas, acontecimentos da vida diária (aniversários, profissões, tarefas caseiras) contos e poesias com personagens animados.
4e 5 anos
Busca de afeto e segurança em relação ao adulto.
Relacionamento estreito com a mãe ou a professora durante a audição do relato; justiça nos contos e finais felizes; histórias que envolvem ações.
 5 e 6 anos
Firmação da personalidade; independência em relação ao adulto; aumento do período de atenção; aquisição de habilidade.
Enredos mais complicados; prazer nos episódios engraçados; histórias que contenham informações(sobre a natureza, os animais), histórias de crianças de outros lugares com hábitos ou profissões diferentes, histórias de repetição e acumulativas, histórias de fadas.
 Escolares 7 anos
Histórias de crianças, animais e encantamento aventuras no ambiente próximo, família, comunidade, história de fadas, fábulas.
8 anos
Histórias de fadas, história vinculadas à realidade, que utilizam a fantasia de forma mais elaborada.
9 anos
Histórias de fadas com enredo mais elaborado, história humorísticas, aventuras (selva, oriente, fundo do mar e narrativas de viagens, explorações, invenções).
10 anos em diante
Fábulas, mitos e lendas narrativas de  viagens, exploração, invenções, ficção.


HOWARD GARDNER, o psicólogo americano de 56 anos é professor de Cognição e Educação, integrante do Projeto Zero, um grupo de pesquisa em cognição humana mantido pela Universidade de Harvard. Também leciona neurologia na Escola de Medicina da Universidade de Boston. Escreveu dezoito livros. Dezoito anos se passaram desde que o livro Estruturas da Mente:Teoria das Inteligências múltiplas, de Howard Gardner, foi lançado nos Estados Unidos. Publicado no Brasil em 1994, ele causou um boom. De lá para cá, a teoria do psicólogo americano, que propõe a existência de um espectro de inteligências a comandar a mente humana, suscitou muitos comentários, contrários e favoráveis.

Os estímulos das inteligências múltiplas são o alimento das inteligências – E estímulos excessivos atuam como “desestímulos”. Temos hoje 10 inteligências. De acordo com Gardner, as nossas noves inteligências seriam estas:

Lógico-matemática: capacidade de realizar operações matemáticas e de analisar problemas com lógica. Matemáticos e cientistas têm essa capacidade privilegiada.

Lingüística: habilidade de aprender línguas e de usar a língua falada e escrita para atingir objetivos. Advogados, escritores e locutores e exploram bem.

Espacial: capacidade de reconhecer e manipular uma situação espacial ampla ou mais restrita. É importante tanto para navegadores como para cirurgiões ou escultores.

Cinestésica-corporal: potencial de usar o corpo para resolver problemas ou fabricar produtos. Dançarinos, atletas, cirurgiões e mecânicos se valem dela.

Interpessoal: capacidade de entender as intenções e os desejos dos outros e, conseqüentemente, de se relacionar bem com eles. É necessário para vendedores, líderes religiosos, políticos e, o mais importante, professores.

Intrapessoal: capacidade de a pessoa se conhecer, incluindo aí seus desejos, e de usar essas informações para alcançar objetivos pessoais.

Musical: aptidão na atuação, apreciação e composição de padrões musicais.

Uma das últimas competências por Gardner e não presente em suas primeiras obras é a inteligência Naturalista ou biológica que, como seu nome indica, está ligada á compreensão do ambiente e paisagem natural, uma afinidade inata dos seres humanos por outras formas de vida e identificação entre os diversos tipos de espécies, plantas e animais.

    O professor Nilson José Machado, doutor em Educação pela Universidade de São Paulo, onde leciona desde 1972, inclui ainda a competência Pictórica que se manifesta em qualquer criança através de seus desenhos ou outros signos pictóricos, ainda antes  que a linguagem escrita lhe seja acessível. Presente em grandes pintores é típica do cartunista cujos personagens “falam” por suas expressões não verbais.

              A escola deve valorizar as diferentes habilidades dos alunos e não apenas a lógico-matemática e a lingüística, como é mais comum.

               Um alerta para que as diversas inteligências sejam desenvolvidas, a criança tem de ser mais que uma mera executora de tarefas. É preciso que ela seja levada a resolver problemas. É importante que o professor favoreça essas múltiplas inteligências. Por isso, todos os estudantes passeiam pela diferentes estações. (Elaine Moura ).

A inteligência Existencial: Como é uma inteligência transcendental, ela desenvolve através da maturação, interesse e evolução de cada ser humano. Pois inclui o processo emocional, psicológico, social, político, educacional e nada mais e nada menos que sua própria existência neste mundo de obtenção.

A Inteligência Pictórica: fase de 2 a 5 anos, não possui referências explícitas – são símbolos de risco e rabiscos que a criança desenvolve  conforme sua maturação.












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