domingo, 9 de setembro de 2012

Dificuldades e Distúrbios na Aprendizagem XV CONCLUSÃO DO LIVRO




autora Aldry Suzuki

VII- CONCLUSÃO


            Foi minha intenção, ao elaborar esta apostila, esclarecer a respeito dos distúrbios das aprendizagens infantis. Procurei dar uma forma de cunho didático e acessível, a fim de que a mensagem fosse recebida como um todo integrado, e não um somatório de partes, conceitos, etc...

            Acredito que muitas transformações no ensino do sistema educacional são necessárias, pois por mais esclarecidos e bem intencionados que possam ser nossos educadores, ainda constatamos posturas extremamente conservadoras e tradicionalistas de relacionamento com nossas crianças, gerando conflitos com o mundo externo dinamizado, no dia-a-dia, o mundo externo limitante das escolas e o mundo interno, de si própria ,quando é fundamental que esses três mundos possam estar integrados, ou que pelo menos não sejam extremamente contraditórios, para que a criança não sofra com choque de valores mutantes temporo-espaciais.

            Educar não pode significar violentação. Educação deve ser encarada como transformação, permissão, crescimento e liberdade consciente de opção.

            Aprender é descobrir que algo é possível de ser trabalhado despertando a consciência de que estamos crescendo,podendo interferir de alguma forma no processo, mesmo que ele não esteja muito claro diante de nossa cognitude.

            A criança, como um ser dinâmico, sensível e descompromissada das necessidades do adulto esta mais aberta para assimilar as informações recentes e extrapola-las de forma progressiva.

            Qualquer sintoma de regressão é sinal de que algo não esta indo bem, pois para que haja saúde é necessário um equilíbrio estruturado na coordenação das funções que atuam no ser humano.

            Como profissional coerente, não devemos trabalhar com crianças através de tutelas, nem permitir que ela seja o “bode expiatório” da família. Temos de admitir que nossa função é de ajustar a criança a si própria, enfocando-a como um ser capaz de ter consciência de suas dificuldades, na medida em que se descobre.

            Ultimamente, meu maior questionamento esta objetivado em relação à escola, a família e a muitos profissionais da área de saúde que, desconhecendo o trabalho terapêutico de um fonoaudiólogo, insistem em rotular, bloquear e dificultar o tratamento, de forma indireta.

            Nos dias de hoje ainda existem testagens tradicionais  e rótulos indiscriminados onde agridem aos profissionais da área terapêutica e fonoaudióloga  que sentem-se prejudicados e com isto o maior prejudicado e a CRIANÇA.

            Finalmente, acredito que a construção de uma sociedade mais justa, mais livre e mais “humanizada”, só poderá vir a ser cogitada quando os homens forem mais autênticos, mais assumidos e mais verdadeiros, tal qual nossas crianças:  disse o mais sábio de todos os filósofos.

            “Para refletir:A qualidade da presença do educador”.

  Não é o número de horas que passamos com nossos filhos, nossos amigos, nosso esposo, nossos pais, que conta. Mas é a qualidade dessa presença que conta.

O tempo passa. É irreversível, não volta atrás. Tudo o que acontece, acontece para sempre. Cada acontecimento é irreplegível, irreproduzível. Aquele instante, nós o vivemos apenas uma vez. O instante que passa jamais voltará. Mas, apesar de toda essa dramaticidade, o tempo pode ser uma imensa rotina. Vamos vivendo, às vezes sem perceber realidades profundas, deixando que a vida se gaste num terrível monotonia de acontecimentos aparentemente iguais. Só existe rotina para quem não valoriza o tempo.  ... gente que gasta o tempo, perde o tempo, foge do tempo – deixando escapar sua própria realidade profunda.

            Ora, o tempo não se valoriza pela quantidade, mas pela qualidade. É a qualidade dos nossos atos que valoriza o tempo. É essa presença – qualidade que deve ser a marca do Educador. Presença que é compromisso e atuação, com sua tríplice dimensão de passado, presente e futuro.

  PASSADO: que é assumido integralmente( e jamais negado ou fantasiado)

  PRESENTE: que é questionado com clareza.

  FUTURO: que deve ser dinamizado com ousadia.” (CND, Curitiba, Paraná, 1999)

            Aqui vai um dizer de Paulo Freire que o sito sempre: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da morte, da eqüidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, não temos outro caminho senão viver plenamente assim a distância entre o que dizemos e o que fazemos.”

            Por amor a educação encontro-me aqui.

Prof Dr Master Reikiana Aldry  Suzuki !





























VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ANTUNES, Celso, Jogos para estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis, RJ:Vozes, 1998.

CND, Curitiba, Paraná, 2003.

COLLARES, Cecília ªL., MOYSÉS, M. Aparecida ª preconceitos no cotidiano escolar: ensino e medicalização. São Paulo: Cortez, 1996.

ESTRELA, Maria Tereza. Relação pedagógica, disciplina e indisciplina na aula. 2.ed.Porto:Porto,1994

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 2.ed.Rio de Janeiro:Graal, 1981.

MARTINS, Márcia Lígia. Preconceito sobre os educandos, A sala de aula: espaço físico e pedagógico, pg 41-45.

MATTOS, Carlos., DRUMMOND, Regina B. Dificuldades de Aprendizagem. Curitiba, Paraná , 1988.

PERRENOUD, Philippe. Ofício de aluno e sentido do trabalho escolar. Porto:Porto, 1995.

REVISTA NOVA ESCOLA, nº 132 – Maio de 200, pg. 30 à 32.            

VASCONCELOS, Celso S. Disciplina: construção   da  disciplina   consciente  e interativa em sala de                    

           Aula e na escola. 7. ed. São Paulo: Libertad, 1996.

-------------. Para onde vai o professor: resgate do professor como sujeito de transformação. 3.ed. São Pau

           lo:Libertad, 1996.

-------------. Disciplina consciente e interativa:notas introdutórias . Associação dos Orientadores Educacionais do R.G.do Sul, 1996. mimeo.



Profr Dr Master Reikiana Aldry Suzuki

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