sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Noções de Morfologia. Substantivo próprio/comum; concreto/abstrato; simples/composto; primitivo/derivado; coletivo.CANTINHO BRASILEIRO


Noções de Morfologia. Substantivo próprio/comum; concreto/abstrato; simples/composto; primitivo/derivado; coletivo.




LIÇÕES DE PORTUGUÊS  

1 – TEMA: Noções de Morfologia. Classificação do substantivo: próprio/comum, concreto/abstrato, simples/composto, primitivo/derivado e coletivo.

2 – PRÉ-REQUISITO: Ler compreensivamente

3 – META: As atividades deste Roteiro foram organizadas com o objetivo de oferecer condições de compreensão sobre as características dos substantivos usados na Língua Portuguesa.

4 – PRÉ-AVALIAÇÃO: Se você já tem algum conhecimento a respeito do conteúdo deste Roteiro, responda à autoavaliação que se encontra no final deste livreto. Se você obtiver um mínimo de 80 pontos, parabéns! Você não precisa estudar esta lição. Caso contrário, aconselho-o a ler os textos, procurando entender as explicações dadas.

5 – ATIVIDADES DE ESTUDO: Ler com entendimento é fundamental para se aprender qualquer coisa através da leitura. Por isso, leia o texto do ANEXO A, para treinar sua interpretação. Embora a leitura dos anexos, em si, seja também interpretação de texto, ela é voltada para uma finalidade mais específica, que é a aprendizagem dos conceitos gramaticais. O texto do ANEXO A é mais genérico e serve de treinamento para a compreensão geral da língua. Portanto, faça o seguinte:

a) Tenha um dicionário de Português ao seu alcance, para consultá-lo sobre as palavras que você desconhece o significado.

b) Procure um lugar sossegado para ler os textos e fazer os exercícios. Leitura é uma atividade que necessita de concentração e ambiente adequado, sem barulho.

c) Leia primeiro o texto; faça, em seguida, os exercícios; compare suas respostas com o gabarito; veja o que errou e retorne ao texto para verificar o porquê do erro.

6 – PÓS-AVALIAÇÃO: Após realizar todas as atividades previstas e quando você tiver certeza de que aprendeu o conteúdo deste Roteiro, responda à autoavaliação. Você deverá obter, no mínimo, 80 pontos, para se considerar apto nesse assunto.

7 – ATIVIDADES SUPLEMENTARES: Se você não atingiu os padrões exigidos neste Roteiro, refaça a leitura e os exercícios até ter certeza de não haver mais dúvidas. Só então refaça a auto-avaliação.

                                 

ANEXO A – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

O texto que você vai ler é uma crônica de Carlos Drummond de Andrade, poeta e cronista mineiro, consagrado no Brasil e em todo o mundo. Sua obra está traduzida em várias línguas, entre elas o inglês, alemão e o espanhol. Seus trabalhos se destacam pela ternura, pelo senso de humor e pela qualidade da linguagem.

O texto está com seus parágrafos numerados para se localizar melhor as palavras e expressões utilizadas nos exercícios.

CASO DE CANÁRIO

1.          Casara-se havia duas semanas. Por isso, em casa dos sogros, a família resolveu que ele é que daria cabo do canário:

2.          – Você compreende. Nenhum de nós teria coragem de sacrificar o pobrezinho, que nos deu tanta alegria. Todos somos muito ligados a ele, seria uma barbaridade. Você é diferente, ainda não teve tempo de afeiçoar-se ao bichinho. Vai ver que nem reparou nele, durante o noivado.

3.          – Mas eu também tenho coração, era essa.Como é que vou matar um pássaro só porque o conheço há menos tempo do que vocês?

4.         – Porque não tem cura, o médico já disse.Pensa que não tentamos tudo? É para ele não sofrer mais e não aumentar o nosso sofrimento. Seja bom, vá.

5.         O sogro, a sogra apelaram no mesmo tom. Os olhos claros de sua mulher pediram-lhe com doçura:

6.         – Vai, meu bem.

7.         Com repugnância pela obra de misericórdia que ia praticar, ele aproximou-se da gaiola. O canário nem sequer abriu o olho. Jazia a um canto, arrepiado, morto-vivo. É, esse está mesmo na última lona e dói ver a lenta agonia de um ser tão precioso, que viveu para cantar.

8.         – Primeiro me tragam um vidro de éter e algodão. Assim ele não sentirá o horror da coisa.

9.          Embebeu de éter a bolinha de algodão, tirou o canário para fora com infinita delicadeza, aconchegou-o na palma da mão esquerda e, olhando para outro lado, aplicou-lhe a bolinha no bico. Sempre sem olhar para a vitima, deu-lhe uma torcida rápida e leve, com dois dedos no pescoço.

10.          E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado, achando a condição humana uma droga. As pessoas da casa não quiseram aproximar-se do cadáver. Coube à cozinheira recolher a gaiola, para que sua vista não despertasse saudade e remorso em ninguém.Não havendo jardim para sepultar o corpo, depositou-o na lata de lixo.

11.          Chegou a hora de jantar, mas quem é que tinha fome naquela casa enlutada? O sacrificador, esse, ficara rodando por aí, e seu desejo seria não voltar para casa nem para dentro de si mesmo.

12.          No dia seguinte, pela manhã, a cozinheira foi ajeitar a lata de lixo para o caminhão, e recebeu uma bicada voraz no dedo.

13.          – Ui!

14.        Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia vivinho da silva, com uma fome danada?

15.          – Ele estava precisando mesmo era de éter – concluiu o estrangulador, que se sentiu ressuscitar, por sua vez.



I. Assinale a alternativa correta para cada item.

1. A expressão: “… daria cabo do canário…” (par. 1) significa:

a.(   ) dar o canário a alguém

b.(   ) soltar o canário da gaiola

c.(   ) matar o canário

d.(   ) prender o canário na gaiola

2. Na frase: “Você ainda não teve tempo de afeiçoar-se ao bichinho” (par. 2), a palavra em destaque pode ser substituída por:

a.(   ) apegar-se

b.(   ) enfurecer-se

c.(   ) desencantar-se

d.(   ) preocupar-se

3. Na frase: “Com repugnância pela obra de misericórdia que ia praticar…” (par. 7), a palavra em destaque pode ser substituída por:

a.(   ) escrúpulo       b.(   ) tédio      c.(   ) ansiedade     d.(   ) raiva

4. Na frase: “O canário …. jazia a um canto…” (par. 7), a palavra em destaque pode ser substituída por:

a.(   ) cantava       b.(   ) arrepiava-se            c.(   ) estava deitado           d.(   ) saltitava

5. Na frase: “Tirou o canário com infinita delicadeza…” (par. 9), a palavra em destaque pode ser substituída por:

a.(   ) arrogante      b.(   ) enorme     c.(   ) desajeitado    d.(  ) espontânea

6. Nas frases abaixo, aparecem em destaque,  expressões da fala coloquial. Relacione as duas colunas, de acordo com o significado dessas expressões:

1. “…esse está mesmo na última lona…” (par. 7)

2. “…achando a condição humana uma droga…” (par. 10)

3. “O canário reluzia vivinho da silva…” (par. 14)

4. “ O canário estava com uma fome danada.” (par. 14)

a. (   ) uma coisa muito ruim

b. (   ) muito grande, fora do comum

c. (   ) no fim

d. (   ) vivo, sem nenhuma dúvida

II – Responda com base no texto.

7. Por que os sogros e a esposa escolheram o rapaz para sacrificar o canário? ______________________________________________________

8. O que o genro quis dizer com a frase: “Mas eu também tenho coração.”? (par. 3) ____________________________________________

9. Por que a família decidiu matar o canário de estimação? ___________________________________________________

10. Por que o jovem marido considerou o sacrifício do canário como uma obra de misericórdia?

____________________________________________________________

11. Como procedeu ele para matar o canário?

____________________________________________________________

12. Transcreva do texto a frase que mostra o estado de espírito do personagem depois que executou o passarinho.

____________________________________________________________

13. As expressões sepultar (par. 10) e enlutada (par. 11) referem-se normalmente à morte de pessoas. Por que o narrador as empregou referindo-se ao canário?

____________________________________________________________

14. Como você entende a expressão “voltar para dentro de si mesmo” (par. 11)?

____________________________________________________________

15. Na crônica, não aparece o nome do personagem escolhido para matar o canário. Retire do texto as palavras empregadas para se referir a ele.

____________________________________________________________

16. Como se explica o fato de o canário estar vivo?

____________________________________________________________

17. Por que o personagem, no final, também se sentiu ressuscitado?

____________________________________________________________

18. Na crônica, o canário aparece em duas situações diferentes. Primeiro, ele está muito mal, semimorto. Depois, ele aparece curado, bem vivo. Transcreva as frases que mostrem o canário nessas duas situações.

1a. ___________________________________________________________

2a. ___________________________________________________________

Prof Dr Aldry Suzuki 

GABARITO Noções de Morfologia. Substantivo próprio/comum; concreto/abstrato; simples/composto; primitivo/derivado; coletivo.


1. c      2. A      3. A      4. C      5. B      6.  A(2)   b.(4)     c.(1)     d.(3)

7. Porque ele, sendo novo na família, ainda não tivera tempo de se apegar ao canário.

8. Ele quis dizer que também era sensível e que tinha pena do bichinho.

9. Porque o médico afirmara que ele estava muito doente, não tinha cura.

10. Porque seria um ato de caridade abreviar o sofrimento do canário.

11. Deu-lhe éter para cheirar e depois torceu-lhe de leve o pescoço.

12. “E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado, achando a condição humana uma droga.”

13. O canário era como uma pessoa da família. Todos lhe queriam bem, como a uma criatura humana.

14. A expressão significa parar para pensar, para meditar.

15. As palavras usadas para se referir ao personagem são sacrificador e estrangulador.

16. Na verdade, o canário não tinha morrido. A torcida rápida e leve no pescoço não foi suficiente para matá-lo.

17. O personagem estava desolado com a morte do canário. Ao saber que ele estava vivo, sentiu grande alivio e felicidade.

18. 1a. – Jazia a um canto, arrepiado, morto-vivo. (par. 7)

2a. – Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia vivinho da silva com uma fome danada? (par. 14)

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