domingo, 9 de setembro de 2012

42 Técnicas de Contar Histórias - IV COMO CONTAR HISTÓRIAS







1.1. COMO CONTAR HISTÓRIAS?

Neste conjunto das preposições aqui expressas, responde a necessidade de referenciais aos quais o sistema educacional exige que a escola se organize, a fim de garantir e respeitar as diversidades culturais, regionais, étnicas, religiosas e políticas. Catalisando ações na busca de uma melhoria da qualidade de educação brasileira, não que essas técnicas resolvam todos os problemas que afetam a qualidade do ensino e da aprendizagem no País. Pois, na busca da qualidade estas técnicas auxiliam e “você” professor sendo criativo e qualificado desenvolverá vários projetos políticos-pedagógicos dentro de sua sala de aula, adote essas técnicas de contar histórias como um processo reflexivo e crítico sobre a prática educativa – você professor, investir no seu desenvolvimento profissional e também investir sem suas reais condições de trabalho, através de um processo dinâmico.

Caro professor, você aplicando o desenvolvimento das técnicas de contar histórias, você irá desenvolver capacidades como as de relação interpessoal, as cognitivas, as afetivas, as motoras, as éticas, as estéticas de inserção social, torna-se possível mediante os processos que você irá construir e reconstruir com os alunos, através dos conhecimentos prévios de sua turma.  Os conhecimentos que se transmitem e se recriam na escola através das técnicas de contar histórias ganham sentido quando são produtos de uma construção dinâmica que se opera na interação constante entre o saber escolar e os demais saberes, entre o que o aluno aprende na escola e o que ele traz para a escola, num processo contínuo e permanente de aquisição, no qual interferem fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos e você professor com todas as riquezas dessas técnicas que possibilitam adaptações de aplicações onde você colocando em prática, estará ampliando a sua criatividade e aumentando seu conhecimento, suas experiências, suas informações, que por sinal têm sido avassaladoras e crescentes.

Mas queridos professores em relação à formação escolar devem possibilitar aos seus alunos condições para desenvolver competência e consciência profissional, mas não se restringir ao ensino de habilidades imediatamente demandadas pelo mercado de trabalho, é imprescindível que você discuta e construa seu projeto educativo e você tem aqui várias opções para o seu projeto educativo, sendo base de diálogo e reflexão para toda a equipe escolar.

Uma escola eficaz, segundo Mello (1993), apresenta um clima e uma atmosfera de satisfação, há presença de liderança, apoio e participação dos pais elevada expectativa em relação ao rendimento dos alunos. A sala de aula deve utilizar recursos da multimídia, sem perder de vista a dimensão afetiva (bom humor e alegria) e comportamentos éticos (solidariedade, liberdade e convivência).

A ação do professor deve superar a rotina e desenvolver uma prática reflexiva, utilizando as estratégias do diálogo e problematizarão, estando o professor aberto para o novo e considerando o aluno como pessoa, com desejos e sentimentos.

Pesquisas recentes têm desvelado as representações sociais que os docentes carregam sobre os alunos desejáveis e indesejáveis.O aluno desejável é obediente, disciplinado; entende a comunicação do professor, é interessado, é assíduo, amoroso, sociável e fluente verbalmente; enquanto que o aluno indesejável é sujo, calado, desinteressado, indisciplinado, violento, insubmisso, que possui pouca inteligência (muitas vezes é grosso, estúpido, sem educação, e quer aparentar saber muita coisa, mas na verdade e carregado nas costas por amigos, professores ou qualquer outra pessoa com muito maior conhecimento faça). – nestes casos e realmente conflitante um relacionamento desta espécie, e nos professores temos que manter muita calma, segurança, equilíbrio, determinação e muito cuidado com as palavras, pois temos o “Estatuto da Criança e o Adolescente” que nos deixa de “mãos atadas” quanto a certas situações que nos professores nos encontramos, e somos obrigados a ser humilhados, ridicularizados, agredidos, ofendidos... Meu Deus! Estudamos tanto, temos tanto para incorporar na construção do conhecimento da aprendizagem de seres como “esses”, mas tenho convicção que o resultado que se espera é a possibilidade que os alunos terão uma experiência escolar coerente e bem-sucedida.

Aprender e ensinar construir e interagir, hoje se sabe que é necessário ressignificar a unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez que, em última instância, sem aprendizagem o ensino não se realiza, é a busca de um marco explicativo que permita essa ressignificação, além da criação de novos instrumentos de manuseios como as técnicas de contar história, fazendo análise das mesmas (uma forma sugestiva da arte), planejando e conduzindo-as à ação educativa na sala de aula, dentro da perspectiva construtivista e socioconstrutivista.

Pois, meu companheiro (a) de luta a atividade “construtivista- sociocontrutivista”, física ou mental, permite interpretar a realidade e construir significados, ao mesmo tempo que permite “construir” novas possibilidades de ação e de conhecimento.

Professor na superação do erro, como nada mais é do que algo inerente ao processo de aprendizagem e ajusta na intervenção pedagógica para auxiliar o aluno supera-lo, através do processo de incorporação de novas idéias e de transformação  das anteriores, utilize uma dessas técnicas e seja criativo, de maneira a dar conta das contradições, levando a níveis superiores de conhecimento.

E cada professor, quanto ao objetivo de atingir uma aprendizagem  para seus alunos, deve esquematizar 5 (cinco) estratégias com o mesmo objetivo- para que assim possa atingir sua sala como um todo. Pois sua sala sendo homogenia, seria um método eficaz para atingir seu objetivo proposto. Pois se esta percebendo que os alunos não conseguem concluir  a 1ª estratégia proposta, dê a 2ª estratégia, se mesmo assim, ela sentir dificuldade dê a 3ª estratégia e assim por diante, sempre a incentivando a esforçar-se a pensar, refletir, analisar, isto tudo de uma forma amável, hospitaleira, humana, calorosa e com aquela sublime paciência que só uma poderosa SUPERMÃE tem...  amor de Mãe é sublime é  este amor devo todo a minha mãezona Sirlei Adelaide Suzuki. Te amo mãe!

E estas estratégias, com certeza serão o  resultado do seu trabalho complexo e intrínseco no processo de modificações, reorganizações e construções, utilizando incansavelmente  para os alunos “assimilarem” e “interpretarem” os conteúdos que quiser ministrar para a sua melhor aprendizagem, mas lembre-se meu amigo professor, nada pode substituir a atuação do próprio aluno, na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem (quer ensinar o encontro de vogais, deixe os alunos produzirem seus encontros, encenarem uma ação que represente este encontro). E ele (o aluno) quem modifica, enriquece e, portanto, constrói novos e mais potentes instrumentos de ação e interpretação – sendo que esta situação nunca e absoluta – a aprendizagem significativa implica sempre alguma ousadia. O aluno com as técnicas e você professor com o conteúdo que quer alcançar, necessariamente, precisa elaborar hipóteses e experimenta-las, se a aprendizagem for uma experiência de sucesso, o aluno constrói uma representação de si mesmo, como alguém capaz. Bem, do contrário, se for uma experiência de fracasso, o ato de aprender tenderá a ser modificado, com novas técnicas e novas metodologias, pelas possibilidades do aluno, que englobam tanto os níveis de organização do pensamento como os conhecimentos e experiências prévias dele mesmo.

Professor, este trabalho é árduo, mas gratificante... o nível de desenvolvimento potencial é determinado pelo que o aluno pode fazer ou aprender mediante a interação com outras pessoas, conforme as observa, imitando muitas vezes, trocando idéias com elas, ouvindo suas explicações, sendo desafiado por elas ou contrapondo-se a elas, sejam essas pessoas o professor ou seus colegas. Existe uma zona de desenvolvimento próximo, dado pela diferença existente.

Você amigo professor, deve ter propostas claras, sobre o que, quando e como ensinar e avaliar, a fim de dispor o planejamento das técnicas  adequadas para serem utilizadas ou mescladas entre elas. Dirigindo assim o ensino para a aprendizagem de maneira coerente com seus objetivos, com sua programação, sua intervenção de maneira a propor situações de aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos. Enfim, não é a aprendizagem que deve se ajustar ao ensino, mas sim o ensino que deve potencializar a aprendizagem.

A democratização do ensino implica na qualidade de ensino. Isto  significa uma apropriação ativa de conteúdos escolares. A escola deverá garantir que seus alunos realmente aprendam.

Sabe professores, os fatores de permanência, terminalidade e qualidade estão intimamente relacionadas à avaliação da aprendizagem. Uma avaliação escolar conduzida de forma inadequada pode gerar repetência e evasão. Uma avaliação adequada é fundamental para garantir a qualidade da aprendizagem do aluno. Entendemos AVALIAÇÃO como JUÍZO  de QUALIDADE sobre DADOS  relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão. Analisando essa definição, vamos verificar o quanto a prática da avaliação escolar é realizada de forma antidemocrática.

v  O juízo de qualidade: os professores não definem com clareza qual o padrão de  qualidade que esperam da conduta do aluno.

v  Dados relevantes da realidade: muitas vezes, os professores tomam dados, irrelevantes como se fossem relevantes e aprovam ou reprovam os alunos por aquilo que não é essencial a aprendizagem escolar.

v  Tomada de decisão: no cotidiano escolar, a única decisão que se tem tomado sobre o aluno tem sido classificá-lo. Exemplo: um cliente: com febre e dores torácicas, vai ao médico. Este o examina e constata: esta com pneumonia. Faz anotações e se despede do “cliente”. O médico o classificou. O professor também age assim. Aplica um teste, corrige-o e atribui-lhe uma menção, classificando. O professor não encaminha para o crescimento.

v  Concluindo, a prática da avaliação é antidemocrática. E ainda, a escola possui uma  prática de avaliação que necessita transformar a qualidade em quantidade – transforma expressões verbais de avaliação em expressões numéricas. A escola trabalha com média de notas e não com o mínimo necessário de conhecimentos.

            Caros professores, isto quer dizer que é preciso compreender o estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, para se tomar decisões no sentido do seu crescimento. A avaliação não será, então, para a aprovação ou reprovação dos alunos, mas para um diagnóstico que auxilie a definição de encaminhamentos visando à aprendizagem.

            O professor, que defende a avaliação diagnóstica busca a formação de pedagogia – a pedagogia/histórica/crítica.

            Além disso, você professor deverá garantir um certo rigor nas técnicas.Significa que não é qualquer instrumento que é adequado, mas que cada instrumento deverá:

v  Medir resultados de aprendizagem claramente definidos e em harmonia com os objetivos instrucionais;

v  Conter os tipos de itens que são mais adequados para medir os resultados de aprendizagem do aluno;

v  Ser utilizado para melhorar a aprendizagem do estudante;

v  Portanto professor, exige-se um planejamento técnico dos instrumentos(nas técnicas e seus reais objetivos propostos) assim como uma elaboração clara e objetiva das questões.

E para enriquecer para o aluno, que a avaliação fosse participativa com possibilidade de entender o processo de aprendizagem que se encontra o aluno, estaríamos superando o autoritarismo e construindo uma avaliação mais democrática.

E ela deve estar articulada com o projeto pedagógico da escola. O projeto educativo que defendemos visa o desenvolvimento dos educando, a partir de uma assimilação ativa ao ligado cultural do aproveitamento escolar. Os professores realizam três procedimentos:

v  A medida do aproveitamento escolar;

v  A transformação da medida em nota ou conceito;

v  A utilização dos resultados;

            A utilização dos resultados: você professor poderá:

v  Simplesmente  registra-los nos diários;

v  Oferecer ao aluno uma oportunidade de melhorar a nota ou conceito, fazendo nova aferição;

v  Atentar para as dificuldades dos alunos para trabalhar com elas e, de fato, possibilitar a aprendizagem.

            Sendo a terceira opção a mais rara na escola. Ela exige que o professor esteja compromissado à aprendizagem é desenvolvimento do aluno. E ai que entra a diversidade de opções das técnicas de contar histórias.

            Pois, alguns alunos, devido às diferenças individuais, culturais e sociais, ultrapassarão o mínimo. Porém, outros pelo menos, chegarão ao mínimo. Ensinar o mínimo não significa não ir além dele. Devemos ir além do mínimo, mas garantir que dominem o mínimo.

Vou lhes contarem uma verdade que dói no peito, mas é real: o sistema social não demonstra estar interessado na educação dos alunos. Investe se pouco, tanto financeiramente quanto pedagogicamente , tantos professores querendo ser mestres, doutores... só querem... não por falta de potencialidade, são capazes, mas não encontram oportunidades financeiras para ingressarem,pois não encontra-se apoio político/ educacional / governamental...

Sendo que a maioria dos professores, pais e alunos interessam-se mais pela aprovação ou reprovação do que pelo desenvolvimento dos alunos. Mudar este triste quadro implica constatar que a verificação é uma configuração dos resultados parciais e finais e a avaliação exige  mais do que isso, um diagnóstico para a tomada de decisões, visando o desenvolvimento do aluno, tendo uma prática docente crítica, levando os objetivos políticos, os princípios científicos  e metodológicos que traduzem a visão política . Se assumirmos o compromisso político de  “estar interessado em que o aluno aprenda e se desenvolva”, devemos fazer mediação a transformação  e assimilação ativa dos conteúdos, definindo um ensino e uma aprendizagem sistemática com base na assimilação receptiva de conhecimentos e metodologias criativas, bem como seu exercício  e aplicação, chegando à inventividade  de novos conhecimentos, afim que possamos construir os resultados satisfatórios com o auxílio do planejamento, execução e avaliação, auxiliando, o desenvolvimento do aluno, ao mesmo tempo que processamos nosso auto-crescimento.

            É necessário a tomada de consciência e a reflexão a respeito desta compreensão equivocada de avaliação.

Educar é fazer qualidade de sujeito, é problematizar o mundo em que vivemos para superar contradições. Pensar como aluno pensa não é tarefa costumeira do meu amigo professor.

E sabemos que os  alunos não aprendem da mesma maneira e nem no mesmo ritmo, podem aprender em uma determinada fase depende de seu nível de amadurecimento, de seus conhecimentos anteriores, de seu tipo de inteligência, mais verbal mais lógica ou mais espacial – no cotidiano da sala de aula, convivemos pelo menos três tipos de que têm “aproveitamento insuficiente” os imaturos, que precisam de mais tempo para aprender, os que “têm dificuldade específica” em uma área do conhecimento, é os que, por razões diversas, não se aplicam, não estudam, embora tenham condições.

Para adquirir o que perdeu, é preciso sair à sua procura e o quanto antes melhor, inventar estratégias de busca, refletir sobre as causas, sobre o momento ou circunstâncias em que se deu a perda, pedir ajuda, usar uma lanterna para iluminar melhor. Se a busca se restringir a dar voltas no mesmo lugar, provavelmente não será bem sucedida.

O conhecimento é o resultado de um complexo processo de modificação, de reorganização e de construção realizado pelo aluno, a partir de propostas e intervenções pedagógicas adequadas.

O compromisso do professor não é somente com o ensino, mas principalmente com a aprendizagem. O trabalho só termina quando todos os recursos forem usados para que todos os alunos aprendam.

E lembra-se que tudo na vida vai do hábito, da prática, se não iniciarmos nunca saberemos se seremos capazes.

É preciso resgatar a necessidade social do professor, mas não em uma perspectiva saudosista.

Atualmente caros professores, vivem um paradoxo: nunca se precisou tanto do professor, para ensinar, auxiliar no apoio psicológico aos alunos e para desenvolver ações relativas a uma série de questões, como sexualidade, prevenção às drogas, consciência ecológica, educação para o trânsito e muito mais e nunca se deu tão pouco a ele – tanto do ponto de vista da formação, quanto esta contradição de trabalho. É preciso explorar esta contradição. A partir dela, o professor terá elementos para sua afirmação diante da sociedade, à medida  mais do que nunca ele é necessário.

Necessitamos urgentemente de uma mudança de paradigma, pois do ponto de vista da classe dominante, é contra-senso oferecer um ensino popular de qualidade, pois, este ajuda as pessoas a compreenderem melhor a realidade em que vivem, a desenvolver as relações, a se valorizarem, a exigirem seus direitos. Isto significa que a escola para o “povo” só tem sentido numa forma de organizar a sociedade. Não é possível fazer uma escola para todos dentro de uma sociedade para alguns, ou seja, a democratização da escola precisa ser acompanhada de um novo projeto social, que supere aos filhos da burguesia ou comprometer-se com a educação democrática, no bojo de um novo projeto de sociedade...

Meus amigos, a falta de perspectiva para as crianças e jovens em relação à sociedade com um todo e, em particular à escola, é um dos sérios problemas do ensino hoje, Com o desmonte do mito de ascensão social motivação extrínseca que mobiliza alunos e pais, o educador não tem conseguido articular um novo sentido para a escola, até porque eles próprios estão sem perspectivas. Entendemos que o que vai dar a direção da superação para o professor é também o que vai dar sentido, horizonte para o aluno – e a esperança de poder construir uma realidade diferente e de que a escola possa contribuir para a concretização desta sociedade mais humana. O mesmo movimento que recupera o sentido do trabalho do professor é o que dá sentido ao estudo do aluno. Estamos ao mesmo barco, daí a importância de ver no aluno – e na comunidade – um aliado, e não um inimigo, como tem acontecido. Os alunos, desde cedo, precisam ser ajudados a encontrar um sentido para o estudo; a nosso ver, este sentido se encontra na tríplice articulação entre compreender o mundo em que vivemos – viver num mundo que faça sentido, usufruir o patrimônio acumulado pela humanidade – poder participar das conquistas histórico-culturais e transformar este mundo, qual seja, colocar este conhecimento a serviço da construção de uma realidade melhor, mais justa e solidária. É claro que esta tarefa não é nada fácil no atual contexto social.

Este empenho do educador tema ver com o enfrentamento da alienação: trata-se de uma luta de perspectivas, de sentidos para conhecimento e para a vida.

Sendo a escola um espaço de humanização onde se pode exercer o direito universal de acesso à cultura. Mas... Para que isto ocorra, não basta o sujeito ter contato com a informação, é preciso ser ajudado no conhecimento da realidade social contraditória em que vive, buscando alternativas de superação. Esta função crítica se dá fundamentalmente na relação com o outro: neste sentido, não existe conhecimento crítico “em si”, o que vai criticamente ou não são as relações que o sujeito vai estabelecer, a partir da provocação ao outro (e do meio). Daí o papel de mediação do professor entre o educando, o objeto de conhecimento e a realidade. Nesta busca de resgate da dignidade de seu trabalho é fundamental que o professor tenha convicção de que sua proposta é significativa para os alunos, ou seja, deve acreditar de maneira profunda naquilo que está propondo, querer de fato ensinar e mais do que isto, querer realmente que o aluno aprenda.Pois, caro professor, somos averbados de várias informações, mas elas só tornam-se conhecimento se as colocarmos em prática. Como diz: é como uma receita de bolo, esta e a informação somente serão conhecimento, quando você o fizer e conseguir come-lo, se não terá que usar outra estratégia para executar o bolo. Enquanto o bolo não ficar bom você não adquiriu o conhecimento para faze-lo.

É lamentável, mas temos relatos de professores que passam a dar aulas de acordo com o que ganham. O professor não pode se igualar ao salário que recebe, precisa ter clareza que aquilo que está recebendo faz parte de uma perversa lógica social, porém, o que tem a propor dificilmente o aluno encontrará em outro lugar.

Ao assumir a postura de compromisso e realizar as técnicas de contar histórias, sendo uma tarefa de construir uma nova prática pedagógica e social, temos convicção de que o professor estará resgatando seu papel histórico, sua própria cidadania, estando, portanto, em condições de favorecer formação da autêntica cidadania das novas gerações que lhe são confiadas.

A nossa meta como Educadores não poderá ser outro senão a de lutar para a construção de uma nova escola, uma escola de cara nova. Uma escola que sendo séria, não seja chata; sendo rigorosa, não seja enfadonha; que seja o lugar da autoridade, mas não do autoritarismo; que viva a liberdade, sem ser licenciosa; que seja exigente, mas que provoque alegria”.[1] Mãos à obra!


Os estímulos são o alimento das inteligências.Jamais compare o progresso de uma criança com o de outra. Nunca confunda velocidade na aprendizagem com inteligência. Andar mais cedo, resolver um problema mais depressa, falar com maior fluência, sensibilizar-se pelo som de uma música precocemente não é sinal de inteligência maior, reflete apenas heranças genéticas diferentes. A história genética de cada um pode fazer com que o efeito dos estímulos sobre a “abertura da janela” seja maior ou menor, produza efeitos mais imediatos ou mais lentos.Existe uma janela para cada inteligência.E os estímulos para abri-la, não atua diretamente sobre a janela, mas, se aplicado adequadamente, desenvolve habilidades e estas sim, conduzem aprendizagem significativa.

Com os estímulos das inteligências, as técnicas de contar histórias, ambas as formas  saberemos escolher dentro de um repertório conhecido, qual história se adapta aquele comportamento que desejamos ou precisamos abordar.

O treino, a pesquisa e o teste de uma história à outra, vocês vão adquirindo habilidade e estarão aptos a fazerem adaptações as técnicas desejadas ou mesmo criar novas estratégias, pois, dispomos de diversas fontes: histórias de fadas, fábulas, lendas folclóricas, passagens bíblicas, fatos históricos, fatos cotidianos, narrativas de aventuras, etc.

              A história é sem dúvida uma das atividades mais ricas e que mais agrada as crianças de qualquer idade, principalmente as que estão entre os 3 (três) e 10 (dez) anos. Embora o gosto por diferentes temas varie conforme a idade e o nível social das crianças. Alguns como, por exemplo, as histórias de animais, são de interesse universal e devem ser dados no início do ano letivo, até que o professor se familiarize com a preferência das crianças. No entanto é preciso insistir que ao escolher uma história, é importante que se leve em consideração à idade e o estágio de desenvolvimento em que se encontra o grupo a que se destina.

Muitas das velhas histórias de fadas e contos folclóricos que encantavam as crianças de gerações passadas são apreciadas até hoje, há, no entanto, uma tendência salutar no sentido de se retirarem os aspectos de “horror”, “tristeza”, dessas histórias. Ex. o lobo de “chapeuzinho vermelho” escondeu a vovó dentro do armário em vez de devora-la. Qualquer idéia que leva a criança de jardim à sensibilidade exagerada (medos, temores, angústias) deve ser omitida da história.












[1] Paulo Freire, 1989

Nenhum comentário:

Postar um comentário