1.1. COMO CONTAR HISTÓRIAS?
Neste conjunto das preposições aqui expressas,
responde a necessidade de referenciais aos quais o sistema educacional exige
que a escola se organize, a fim de garantir e respeitar as diversidades
culturais, regionais, étnicas, religiosas e políticas. Catalisando ações na
busca de uma melhoria da qualidade de educação brasileira, não que essas técnicas
resolvam todos os problemas que afetam a qualidade do ensino e da aprendizagem
no País. Pois, na busca da qualidade estas técnicas auxiliam e “você” professor
sendo criativo e qualificado desenvolverá vários projetos políticos-pedagógicos
dentro de sua sala de aula, adote essas técnicas de contar histórias como um
processo reflexivo e crítico sobre a prática educativa – você professor,
investir no seu desenvolvimento profissional e também investir sem suas reais
condições de trabalho, através de um processo dinâmico.
Caro professor, você aplicando o desenvolvimento das
técnicas de contar histórias, você irá desenvolver capacidades como as de
relação interpessoal, as cognitivas, as afetivas, as motoras, as éticas, as
estéticas de inserção social, torna-se possível mediante os processos que você
irá construir e reconstruir com os alunos, através dos conhecimentos prévios de
sua turma. Os conhecimentos que se
transmitem e se recriam na escola através das técnicas de contar histórias
ganham sentido quando são produtos de uma construção dinâmica que se
opera na interação constante entre o saber escolar e os demais saberes, entre
o que o aluno aprende na escola e o que ele traz para a escola, num processo
contínuo e permanente de aquisição, no qual interferem fatores políticos,
sociais, culturais e psicológicos e você professor com todas as riquezas
dessas técnicas que possibilitam adaptações de aplicações onde você colocando
em prática, estará ampliando a sua criatividade e aumentando seu conhecimento,
suas experiências, suas informações, que por sinal têm sido avassaladoras e
crescentes.
Mas queridos professores em relação à formação escolar
devem possibilitar aos seus alunos condições para desenvolver competência e
consciência profissional, mas não se restringir ao ensino de habilidades
imediatamente demandadas pelo mercado de trabalho, é imprescindível que você
discuta e construa seu projeto educativo e você tem aqui várias opções para o
seu projeto educativo, sendo base de diálogo e reflexão para toda a equipe
escolar.
Uma escola eficaz, segundo Mello (1993), apresenta um
clima e uma atmosfera de satisfação, há presença de liderança, apoio e
participação dos pais elevada expectativa em relação ao rendimento dos alunos.
A sala de aula deve utilizar recursos da multimídia, sem perder de vista a
dimensão afetiva (bom humor e alegria) e comportamentos éticos (solidariedade,
liberdade e convivência).
A ação do professor deve superar a rotina e
desenvolver uma prática reflexiva, utilizando as estratégias do diálogo e
problematizarão, estando o professor aberto para o novo e considerando o aluno
como pessoa, com desejos e sentimentos.
Pesquisas recentes têm desvelado as representações
sociais que os docentes carregam sobre os alunos desejáveis e indesejáveis.O
aluno desejável é obediente, disciplinado; entende a comunicação do professor,
é interessado, é assíduo, amoroso, sociável e fluente verbalmente;
enquanto que o aluno indesejável é sujo, calado, desinteressado,
indisciplinado, violento, insubmisso, que possui pouca inteligência (muitas
vezes é grosso, estúpido, sem educação, e quer aparentar saber muita coisa, mas
na verdade e carregado nas costas por amigos, professores ou qualquer outra
pessoa com muito maior conhecimento faça). – nestes casos e realmente conflitante
um relacionamento desta espécie, e nos professores temos que manter muita
calma, segurança, equilíbrio, determinação e muito cuidado com as palavras,
pois temos o “Estatuto da Criança e o Adolescente” que nos deixa de “mãos
atadas” quanto a certas situações que nos professores nos encontramos, e somos
obrigados a ser humilhados, ridicularizados, agredidos, ofendidos... Meu Deus! Estudamos tanto, temos tanto para incorporar na
construção do conhecimento da aprendizagem de seres como “esses”, mas tenho
convicção que o resultado que se espera é a possibilidade que os alunos
terão uma experiência escolar coerente e bem-sucedida.
Aprender e ensinar construir e interagir, hoje se sabe
que é necessário ressignificar a unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez
que, em última instância, sem aprendizagem o ensino não se realiza, é a busca
de um marco explicativo que permita essa ressignificação, além da criação de
novos instrumentos de manuseios como as técnicas de contar história,
fazendo análise das mesmas (uma forma sugestiva da arte), planejando e
conduzindo-as à ação educativa na sala de aula, dentro da perspectiva
construtivista e socioconstrutivista.
Pois, meu companheiro (a) de luta a atividade
“construtivista- sociocontrutivista”, física ou mental, permite interpretar a
realidade e construir significados, ao mesmo tempo que permite “construir”
novas possibilidades de ação e de conhecimento.
Professor na superação do erro, como nada mais é do
que algo inerente ao processo de aprendizagem e ajusta na intervenção
pedagógica para auxiliar o aluno supera-lo, através do processo de incorporação
de novas idéias e de transformação das
anteriores, utilize uma dessas técnicas e seja criativo, de maneira a dar conta
das contradições, levando a níveis superiores de conhecimento.
E cada professor, quanto ao objetivo de atingir uma
aprendizagem para seus alunos, deve
esquematizar 5 (cinco) estratégias com o mesmo objetivo- para que assim possa
atingir sua sala como um todo. Pois sua sala sendo homogenia, seria um método
eficaz para atingir seu objetivo proposto. Pois se esta percebendo que os
alunos não conseguem concluir a 1ª
estratégia proposta, dê a 2ª estratégia, se mesmo assim, ela sentir dificuldade
dê a 3ª estratégia e assim por diante, sempre a incentivando a esforçar-se a
pensar, refletir, analisar, isto tudo de uma forma amável, hospitaleira,
humana, calorosa e com aquela sublime paciência que só uma poderosa SUPERMÃE
tem... amor de Mãe é sublime é este amor devo todo a minha mãezona Sirlei
Adelaide Suzuki. Te amo mãe!
E estas estratégias, com certeza serão o resultado do seu trabalho complexo e
intrínseco no processo de modificações, reorganizações e construções,
utilizando incansavelmente para os
alunos “assimilarem” e “interpretarem” os conteúdos que quiser ministrar para a
sua melhor aprendizagem, mas lembre-se meu amigo professor, nada pode
substituir a atuação do próprio aluno, na tarefa de construir significados
sobre os conteúdos da aprendizagem (quer ensinar o encontro de vogais, deixe os
alunos produzirem seus encontros, encenarem uma ação que represente este
encontro). E ele (o aluno) quem modifica, enriquece e, portanto, constrói novos
e mais potentes instrumentos de ação e interpretação – sendo que esta situação
nunca e absoluta – a aprendizagem significativa implica sempre alguma ousadia.
O aluno com as técnicas e você professor com o conteúdo que quer alcançar,
necessariamente, precisa elaborar hipóteses e experimenta-las, se a
aprendizagem for uma experiência de sucesso, o aluno constrói uma representação
de si mesmo, como alguém capaz. Bem, do contrário, se for uma experiência de
fracasso, o ato de aprender tenderá a ser modificado, com novas técnicas e
novas metodologias, pelas possibilidades do aluno, que englobam tanto os níveis
de organização do pensamento como os conhecimentos e experiências prévias dele
mesmo.
Professor, este trabalho é árduo, mas gratificante...
o nível de desenvolvimento potencial é determinado pelo que o aluno pode fazer
ou aprender mediante a interação com outras pessoas, conforme as observa,
imitando muitas vezes, trocando idéias com elas, ouvindo suas explicações,
sendo desafiado por elas ou contrapondo-se a elas, sejam essas pessoas o
professor ou seus colegas. Existe uma zona de desenvolvimento próximo, dado pela
diferença existente.
Você amigo professor, deve ter propostas claras,
sobre o que, quando e como ensinar e avaliar, a fim de dispor o
planejamento das técnicas adequadas para
serem utilizadas ou mescladas entre elas. Dirigindo assim o ensino para a aprendizagem
de maneira coerente com seus objetivos, com sua programação, sua intervenção de
maneira a propor situações de aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas
dos alunos. Enfim, não é a aprendizagem que deve se ajustar ao ensino, mas sim
o ensino que deve potencializar a aprendizagem.
A democratização do ensino implica na qualidade de
ensino. Isto significa uma apropriação
ativa de conteúdos escolares. A escola deverá garantir que seus alunos
realmente aprendam.
Sabe professores, os fatores de permanência,
terminalidade e qualidade estão intimamente relacionadas à avaliação da
aprendizagem. Uma avaliação escolar conduzida de forma inadequada pode gerar
repetência e evasão. Uma avaliação adequada é fundamental para garantir a
qualidade da aprendizagem do aluno. Entendemos AVALIAÇÃO como JUÍZO de QUALIDADE sobre DADOS relevantes, tendo em vista uma tomada de
decisão. Analisando essa definição, vamos verificar o quanto a prática da
avaliação escolar é realizada de forma antidemocrática.
v
O juízo de qualidade: os professores não definem
com clareza qual o padrão de qualidade
que esperam da conduta do aluno.
v
Dados relevantes da realidade: muitas vezes, os
professores tomam dados, irrelevantes como se fossem relevantes e aprovam ou
reprovam os alunos por aquilo que não é essencial a aprendizagem escolar.
v
Tomada de decisão: no cotidiano escolar, a única
decisão que se tem tomado sobre o aluno tem sido classificá-lo. Exemplo: um
cliente: com febre e dores torácicas, vai ao
médico. Este o examina e constata: esta com pneumonia. Faz anotações e se
despede do “cliente”. O médico o classificou. O professor também age assim.
Aplica um teste, corrige-o e atribui-lhe uma menção, classificando. O professor
não encaminha para o crescimento.
v
Concluindo, a prática da avaliação é
antidemocrática. E ainda, a escola possui uma
prática de avaliação que necessita transformar a qualidade em quantidade
– transforma expressões verbais de avaliação em expressões numéricas. A escola
trabalha com média de notas e não com o mínimo necessário de conhecimentos.
Caros professores, isto quer dizer
que é preciso compreender o estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno,
para se tomar decisões no sentido do seu crescimento. A avaliação não será,
então, para a aprovação ou reprovação dos alunos, mas para um diagnóstico que
auxilie a definição de encaminhamentos visando à aprendizagem.
O professor, que defende a avaliação
diagnóstica busca a formação de pedagogia – a pedagogia/histórica/crítica.
Além disso, você professor deverá garantir
um certo rigor nas técnicas.Significa que não é qualquer instrumento que é
adequado, mas que cada instrumento deverá:
v
Medir resultados de aprendizagem claramente
definidos e em harmonia com os objetivos instrucionais;
v
Conter os tipos de itens que são mais adequados
para medir os resultados de aprendizagem do aluno;
v
Ser utilizado para melhorar a aprendizagem do
estudante;
v
Portanto professor, exige-se um planejamento
técnico dos instrumentos(nas técnicas e seus reais objetivos propostos) assim
como uma elaboração clara e objetiva das questões.
E para enriquecer para o aluno, que a avaliação fosse
participativa com possibilidade de entender o processo de aprendizagem que se
encontra o aluno, estaríamos superando o autoritarismo e construindo uma
avaliação mais democrática.
E ela deve estar articulada com o projeto pedagógico
da escola. O projeto educativo que defendemos visa o desenvolvimento dos
educando, a partir de uma assimilação ativa ao ligado cultural do
aproveitamento escolar. Os professores realizam três procedimentos:
v
A medida do aproveitamento escolar;
v
A transformação da medida em nota ou conceito;
v
A utilização dos resultados;
A utilização dos resultados: você professor poderá:
v
Simplesmente
registra-los nos diários;
v
Oferecer ao aluno uma oportunidade de melhorar a
nota ou conceito, fazendo nova aferição;
v
Atentar para as dificuldades dos alunos para
trabalhar com elas e, de fato, possibilitar a aprendizagem.
Sendo
a terceira opção a mais rara na escola. Ela exige que o professor esteja compromissado
à aprendizagem é desenvolvimento do aluno. E ai que entra a diversidade de
opções das técnicas de contar histórias.
Pois,
alguns alunos, devido às diferenças individuais, culturais e sociais,
ultrapassarão o mínimo. Porém, outros pelo menos, chegarão ao mínimo. Ensinar o
mínimo não significa não ir além dele. Devemos ir além do mínimo, mas garantir
que dominem o mínimo.
Vou lhes contarem uma verdade que dói no peito, mas é
real: o sistema social não demonstra estar interessado na educação dos
alunos. Investe se pouco, tanto financeiramente quanto pedagogicamente , tantos
professores querendo ser mestres, doutores... só querem... não por falta de
potencialidade, são capazes, mas não encontram oportunidades financeiras para
ingressarem,pois não encontra-se apoio político/ educacional / governamental...
Sendo que a maioria dos professores, pais e alunos
interessam-se mais pela aprovação ou reprovação
do que pelo desenvolvimento dos alunos. Mudar este triste quadro implica
constatar que a verificação é uma configuração dos resultados parciais e finais
e a avaliação exige mais do que isso, um
diagnóstico para a tomada de decisões, visando o desenvolvimento do aluno,
tendo uma prática docente crítica, levando os objetivos políticos, os
princípios científicos e metodológicos
que traduzem a visão política . Se assumirmos o compromisso político de “estar interessado em que o aluno aprenda e
se desenvolva”, devemos fazer mediação a transformação e assimilação ativa dos conteúdos, definindo
um ensino e uma aprendizagem sistemática com base na assimilação receptiva de
conhecimentos e metodologias criativas, bem como seu exercício e aplicação, chegando à inventividade de novos conhecimentos, afim que possamos
construir os resultados satisfatórios com o auxílio do planejamento, execução e
avaliação, auxiliando, o desenvolvimento do aluno, ao mesmo tempo que
processamos nosso auto-crescimento.
É
necessário a tomada de consciência e a reflexão a respeito desta compreensão
equivocada de avaliação.
Educar é fazer qualidade de sujeito, é problematizar
o mundo em que vivemos para superar contradições. Pensar como aluno pensa não é
tarefa costumeira do meu amigo professor.
E sabemos que os
alunos não aprendem da mesma maneira e nem no mesmo ritmo, podem
aprender em uma determinada fase depende de seu nível de amadurecimento, de
seus conhecimentos anteriores, de seu tipo de inteligência, mais verbal mais
lógica ou mais espacial – no cotidiano da sala de aula, convivemos pelo menos
três tipos de que têm “aproveitamento insuficiente” os imaturos, que precisam
de mais tempo para aprender, os que “têm dificuldade específica” em uma área do
conhecimento, é os que, por razões diversas, não se aplicam, não estudam,
embora tenham condições.
Para adquirir o que perdeu, é preciso sair à sua
procura e o quanto antes melhor, inventar estratégias de busca, refletir sobre
as causas, sobre o momento ou circunstâncias em que se deu a perda, pedir
ajuda, usar uma lanterna para iluminar melhor. Se a busca se restringir a dar
voltas no mesmo lugar, provavelmente não será bem sucedida.
O conhecimento é o resultado de um complexo processo
de modificação, de reorganização e de construção realizado pelo aluno, a partir
de propostas e intervenções pedagógicas adequadas.
O compromisso do professor não é somente com o
ensino, mas principalmente com a aprendizagem. O trabalho só termina quando
todos os recursos forem usados para que todos os alunos aprendam.
E lembra-se que tudo na vida vai do hábito, da
prática, se não iniciarmos nunca saberemos se seremos capazes.
É preciso resgatar a necessidade social do professor,
mas não em uma perspectiva saudosista.
Atualmente caros professores, vivem um paradoxo:
nunca se precisou tanto do professor, para ensinar, auxiliar no apoio
psicológico aos alunos e para desenvolver ações relativas a uma série de
questões, como sexualidade, prevenção às drogas, consciência ecológica,
educação para o trânsito e muito mais e nunca se deu tão pouco a ele – tanto do
ponto de vista da formação, quanto esta contradição de trabalho. É preciso
explorar esta contradição. A partir dela, o professor terá elementos para sua
afirmação diante da sociedade, à medida
mais do que nunca ele é necessário.
Necessitamos urgentemente de uma mudança de
paradigma, pois do ponto de vista da classe dominante, é contra-senso oferecer
um ensino popular de qualidade, pois, este ajuda as pessoas a compreenderem
melhor a realidade em que vivem, a desenvolver as relações, a se valorizarem, a
exigirem seus direitos. Isto significa que a escola para o “povo” só tem
sentido numa forma de organizar a sociedade. Não é possível fazer uma escola
para todos dentro de uma sociedade para alguns, ou seja, a democratização da
escola precisa ser acompanhada de um novo projeto social, que supere aos filhos
da burguesia ou comprometer-se com a educação democrática, no bojo de um novo
projeto de sociedade...
Meus amigos, a falta de perspectiva para as crianças
e jovens em relação à sociedade com um todo e, em particular à escola, é um dos
sérios problemas do ensino hoje, Com o desmonte do mito de ascensão social
motivação extrínseca que mobiliza alunos e pais, o educador não tem conseguido
articular um novo sentido para a escola, até porque eles próprios estão sem
perspectivas. Entendemos que o que vai dar a direção da superação para o
professor é também o que vai dar sentido, horizonte para o aluno – e a
esperança de poder construir uma realidade diferente e de que a escola possa
contribuir para a concretização desta sociedade mais humana. O mesmo movimento
que recupera o sentido do trabalho do professor é o que dá sentido ao estudo do
aluno. Estamos ao mesmo barco, daí a importância de ver no aluno – e na
comunidade – um aliado, e não um inimigo, como tem acontecido. Os alunos, desde
cedo, precisam ser ajudados a encontrar um sentido para o estudo; a nosso ver,
este sentido se encontra na tríplice articulação entre compreender o mundo em
que vivemos – viver num mundo que faça sentido, usufruir o patrimônio acumulado
pela humanidade – poder participar das conquistas histórico-culturais e
transformar este mundo, qual seja, colocar este conhecimento a serviço da
construção de uma realidade melhor, mais justa e solidária. É claro que esta
tarefa não é nada fácil no atual contexto social.
Este empenho do educador tema ver com o enfrentamento
da alienação: trata-se de uma luta de perspectivas, de sentidos para
conhecimento e para a vida.
Sendo a escola um espaço de humanização onde se pode
exercer o direito universal de acesso à cultura. Mas... Para que isto ocorra, não
basta o sujeito ter contato com a informação, é preciso ser ajudado no
conhecimento da realidade social contraditória em que vive, buscando
alternativas de superação. Esta função crítica se dá fundamentalmente na
relação com o outro: neste sentido, não existe conhecimento crítico “em si”, o
que vai criticamente ou não são as relações que o sujeito vai estabelecer, a
partir da provocação ao outro (e do meio). Daí o papel de mediação do professor
entre o educando, o objeto de conhecimento e a realidade. Nesta busca de
resgate da dignidade de seu trabalho é fundamental que o professor tenha
convicção de que sua proposta é significativa para os alunos, ou seja, deve
acreditar de maneira profunda naquilo que está propondo, querer de fato ensinar
e mais do que isto, querer realmente que o aluno
aprenda.Pois, caro professor, somos
averbados de várias informações, mas elas só tornam-se conhecimento se as
colocarmos em prática. Como diz: é como uma receita de bolo, esta e a informação
somente serão conhecimento, quando você o fizer e conseguir
come-lo, se não terá que usar outra estratégia para executar o bolo. Enquanto o
bolo não ficar bom você não adquiriu o conhecimento para faze-lo.
É lamentável, mas temos
relatos de professores que passam a dar aulas de acordo com o que ganham. O
professor não pode se igualar ao salário que recebe, precisa ter clareza que
aquilo que está recebendo faz parte de uma perversa lógica social, porém, o que
tem a propor dificilmente o aluno encontrará em outro lugar.
Ao assumir a postura de compromisso
e realizar as técnicas de contar histórias, sendo uma tarefa de
construir uma nova prática pedagógica e social, temos convicção de que o
professor estará resgatando seu papel histórico, sua própria cidadania,
estando, portanto, em condições de favorecer formação da autêntica cidadania
das novas gerações que lhe são confiadas.
“A nossa meta como Educadores não poderá ser outro senão a
de lutar para a construção de uma nova escola, uma escola de cara nova. Uma
escola que sendo séria, não seja chata; sendo rigorosa, não seja enfadonha; que
seja o lugar da autoridade, mas não do autoritarismo; que viva a liberdade, sem
ser licenciosa; que seja exigente, mas que provoque alegria”.[1] Mãos
à obra!
Os estímulos são o alimento das inteligências.Jamais
compare o progresso de uma criança com o de outra. Nunca confunda velocidade na
aprendizagem com inteligência. Andar mais cedo, resolver um problema mais
depressa, falar com maior fluência, sensibilizar-se pelo som de uma música
precocemente não é sinal de inteligência maior, reflete apenas heranças
genéticas diferentes. A história genética de cada um pode fazer com que o
efeito dos estímulos sobre a “abertura da janela” seja maior ou menor, produza
efeitos mais imediatos ou mais lentos.Existe uma janela para cada
inteligência.E os estímulos para abri-la, não atua diretamente sobre a janela,
mas, se aplicado adequadamente, desenvolve habilidades e estas sim, conduzem
aprendizagem significativa.
Com os estímulos das inteligências, as técnicas de
contar histórias, ambas as formas
saberemos escolher dentro de um repertório conhecido, qual história se
adapta aquele comportamento que desejamos ou precisamos abordar.
O treino, a pesquisa e o teste de uma história
à outra, vocês vão adquirindo habilidade e estarão aptos a fazerem adaptações
as técnicas desejadas ou mesmo criar novas estratégias, pois, dispomos de
diversas fontes: histórias de fadas, fábulas, lendas folclóricas, passagens
bíblicas, fatos históricos, fatos cotidianos, narrativas de aventuras, etc.
A história é sem dúvida uma das atividades
mais ricas e que mais agrada as crianças de qualquer idade, principalmente as
que estão entre os 3 (três) e 10 (dez) anos. Embora o gosto por diferentes
temas varie conforme a idade e o nível social das crianças. Alguns como, por
exemplo, as histórias de animais, são de interesse universal e devem ser dados
no início do ano letivo, até que o professor se familiarize com a preferência
das crianças. No entanto é preciso insistir que ao escolher uma história, é
importante que se leve em consideração à idade e o estágio de desenvolvimento
em que se encontra o grupo a que se destina.
Muitas das velhas histórias de fadas e contos
folclóricos que encantavam as crianças de gerações passadas são apreciadas até
hoje, há, no entanto, uma tendência salutar no sentido de se retirarem os
aspectos de “horror”, “tristeza”, dessas histórias. Ex. o lobo de “chapeuzinho
vermelho” escondeu a vovó dentro do armário em vez de devora-la. Qualquer idéia
que leva a criança de jardim à sensibilidade exagerada (medos, temores,
angústias) deve ser omitida da história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário